Brasília – Depois que a Comissão Municipal da Verdade de São
Paulo retomou o debate sobre a morte de Juscelino Kubitschek e divulgou um
documento, em dezembro do ano passado, “declarando o assassinato do
ex-presidente, vítima de conspiração, complô e atentado político na RodoviaPresidente Dutra, em 22 de agosto de 1976”, agora será a vez de a Comissão
Nacional da Verdade (CNV) se pronunciar oficialmente. E, para surpresa dos
vereadores paulistanos, os integrantes da CNV deverão se manifestar contra a
conclusão dos colegas.
De acordo com o perito Sérgio de Souza Leite, responsável
pelos trabalhos técnicos do acidente nos anos 1970, a presidência da CNV
emitirá a opinião dela em breve. Os dois peritos da Comissão Nacional da
Verdade Mauro Yared e Pedro Cunha se encontraram com Leite para informar a
decisão que será anunciada pelo grupo.
“Fui procurado aqui no Rio de Janeiro pelos peritos da
presidência da comissão e eles mostraram que já estavam com tudo a favor da
gente (da perícia oficial do caso). Eles fizeram algumas perguntas adicionais e
disseram que a comissão vai soltar um parecer”, contou Leite, acusado pelos vereadores
de São Paulo de ter fraudado os trabalhos periciais. Em resposta, o perito
entrará com uma ação criminal na Justiça contra os parlamentares da capital
paulista.
Leite e o ex-diretor do Instituto Carlos Éboli, da
Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, Roberto de Freitas
Villarinho deverão prestar depoimento na CNV confirmando os trabalhos que
fizeram apontando que a morte de JK foi resultado de um acidente
automobilístico. O médico legista Márcio Alberto Cardoso, um dos responsáveis
pela exumação do corpo do motorista de JK Geraldo Ribeiro em 1996, também
deverá ser convidado a falar.
Com conteúdo do jornal Diário de Pernambuco
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