Por Guilherme Dearo, revista Exame
São Paulo – Estocolmo, na Suécia, decidiu acabar de vez com
a possibilidade de ser sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022.
Em votação entre os partidos políticos na semana passada,
com apoio até do prefeito da cidade, os suecos optaram por não se candidatar à
disputa para receber o evento.
Os argumentos? A cidade tem prioridades mais importantes, a
conta para organizar os jogos seria alta demais e um eventual prejuízo teria de
ser coberto com dinheiro público.
Para os partidos, aceitar os jogos seriam “especular com o
dinheiro do contribuinte”. O primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt também se
mostrou contra.
"Não posso recomendar à Assembleia Municipal que dê
prioridade à realização de um evento olímpico. Temos outras necessidades, como
a construção de mais moradias", disse o prefeito Sten Nordin, em
declarações publicadas pelo jornal Dagens Nyheter e reproduzidas pela BBC.
No jornal Dagens Nyheter, o secretário municipal de Meio
Ambiente de Estocolmo, Per Ankersjö, escreveu um artigo defendendo a decisão.
“Os cidadãos que pagam impostos exigem de seus políticos
mais do que previsões otimistas e boas intuições [sobre o orçamento]. Não é
possível conciliar um projeto de sediar os Jogos Olímpicos com as prioridades
de Estocolmo em termos de habitação, desenvolvimento e providência
social", disse.
A cidade tinha apresentado seu plano em novembro de 2013. Em
fevereiro, a cidade russa de Sochi receberá os jogos desse ano. Os de 2018 será
em Pyeongchang, na Coreia do Sul.
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