quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O TORTURADOR SAI DE CENA

Morreu na madrugada desta quinta-feira (15), em Brasília, o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, de 83 anos, que foi chefe do DOI-Codi do II Exército, em São Paulo, órgão de repressão política durante a ditadura militar. Ele havia sido internado no Hospital Santa Helena para tratamento de um câncer. A família informou que ele fazia quimioterapia e estava com a imunidade baixa.
Durante o período em que Ustra chefiou o DOI-Codi, de 29 de setembro de 1970 a 23 de janeiro de 1974, foram registradas ao menos 45 mortes e desaparecimentos forçados, de acordo com relatório elaborado pela Comissão Nacional da Verdade, que apurou casos de tortura e sumiço de presos políticos durante os governos militares.
Ustra foi o primeiro militar brasileiro a responder por um processo de tortura durante a ditadura (1964-1985). Na ação, os ex-presos políticos César Augusto Teles, Maria Amélia de Almeida Teles, Janaína de Almeida Teles, Edson Luis de Almeida Teles e Criméia Alice Schmidt de Almeida acusavam o coronel de exercitar violência e crueldade contra prisioneiros ao longo da década de 70.
Morte
De acordo com boletim divulgado pelo hospital, o coronel teve falência múltipla de órgãos, provocada por uma pneumonia. Em 23 de abril, ele foi encaminhado à UTI do Hospital das Forças Armadas (HFA) com suspeita de infarto, após um mal-estar. O horário e local do velório e do enterro ou cremação do corpo não foram divulgados.
Do G1, Brasília. 
Bookmark and Share

Nenhum comentário:

Postar um comentário