O troféu é a prefeitura do Rio
A eleição para prefeito do Rio no próximo ano poderá mais
uma vez pôr em rota de colisão dois dos garotos do presidente Jair Bolsonaro –
Carlos, o 02, e o mais ligado ao pai, e Flávio, o 01.
Carlos é vereador no Rio pela quarta vez consecutiva. Flávio
se elegeu senador no ano passado. Antes se elegera quatro vezes seguidas deputado
estadual.
É o vereador que quer ser candidato a prefeito. É o senador
que poderá acabar sendo. Naturalmente, caberá ao pai decidir o destino de cada
um. Tem sido assim, mas nem sempre.
Carlos foi candidato a vereador pela primeira vez porque
Flávio se recusou a ser. Bolsonaro decidira impedir a reeleição da vereadora
Rogéria, sua ex-mulher, mãe do 01, 02 e 03.
Rogéria era vereadora há oito anos, eleita com o apoio de
Bolsonaro. Mas se tornara independente demais para o gosto dele. Flávio
recusou-se a enfrentar a mãe. Carlos topou.
Como tinha apenas 17 anos, o pai teve de emancipá-lo para
que pudesse concorrer. O plano de Bolsonaro foi bem-sucedido. Carlos derrotou a
própria mãe em 2000.
Em 2016, Carlos quis ser candidato a prefeito do Rio.
Bolsonaro preferiu que fosse Flávio, que ficou em quarto lugar. Estava em meio
a mais um mandato de deputado. Não ficaria assim sem mandato.
O pai estava certo. Apesar da derrota, Flávio ajudou Carlos
a se reeleger vereador. Foi o vereador mais votado naquele ano. No ano passado,
Carlos dedicou-se a ajudar o pai a se eleger presidente.
Esperava como compensação um cargo de ministro do governo,
ou pelo menos de assessor especial. O próprio Bolsonaro, mais de uma vez, disse
que Carlos tinha tudo para ser ministro.
Não foi porque trombou com Gustavo Bebianno. Carlos queria o
lugar dele de ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Aí intrigou o pai
com Bebianno, que acabou demitido pelo Twitter.
Só que Bebianno deu o troco e saiu atirando nele e no pai. O
barraco desgastou pai e filho e barrou a pretensão de Carlos. Ele espera que
sua vez chegue com a eleição para prefeito do Rio.
Caso Flávio escape do escândalo desatado por seu ex-assessor
Queiroz, o candidato a prefeito poderá ser ele. Com oito anos de mandato como
senador, não ficará sem nada se perder. Carlos ficaria.
Enquanto isso, Eduardo, o 03, deputado federal reeleito em
São Paulo, navega em mar de almirante. À sombra do pai, é de fato seu ministro
das Relações Exteriores, e cada vez mais influente.
A razão da fúria
Confiança abalada
O que irritou mesmo o presidente Jair Bolsonaro quando soube do aumento do diesel não foi o percentual de 5,47%, mas a coincidência do anúncio do reajuste com a comemoração dos cem dias de governo.
O que irritou mesmo o presidente Jair Bolsonaro quando soube do aumento do diesel não foi o percentual de 5,47%, mas a coincidência do anúncio do reajuste com a comemoração dos cem dias de governo.
A aposta na Esplanada dos Ministérios é que hoje ou amanhã
Bolsonaro concorde com o aumento. A informação é da TAG REPORT, das jornalistas
Helena Chagas (@helenachagas) e Lydia Medeiros (@lydiamed).
A suspensão do reajuste fez a Petrobras perder R$ 32 bilhões
em valor de mercado. E abalou a confiança dos investidores no governo.
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