Treta. A CPMI das Fake News foi palco de mais um embate
entre bolsonaristas e a ala bivarista do PSL. O depoimento da ex-líder do
governo no Congresso Joice Hasselmann foi marcado por acusações sobre a
participação de Eduardo Bolsonaro na organização das milícias virtuais
bolsonaristas. Ela disse que o chamado “gabinete do ódio” é financiado com
dinheiro público, pois haveria funcionários de gabinetes e do governo na
organização dos linchamentos a inimigos e ex-aliados.
Pressa. O dia foi agitado no Congresso. A presidente da CCJ
do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), contrariou a orientação do presidente da
Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e pautou para a semana que vem a votação de
relatório de projeto de lei que altera o Código de Processo Penal para permitir
a prisão após condenação em segunda instância. Ela atendeu a requerimento assinado
por 43 senadores, e disse que só poderia segurar uma matéria na comissão se
essa fosse a decisão da maioria dos integrantes do colegiado, ou decisão
unânime dos líderes partidários. Alcolumbre, por sua vez, anunciou sessões do
Congresso Nacional para a próxima semana, colocando em risco o funcionamento da
comissão.
Time do Moro. Com isso, Tebet se alinha à pressão feita pelo
ministro Sérgio Moro (Justiça) para acelerar a discussão da mudança. Moro
participou de debate em que voltou a defender a medida. Em entrevista à Jovem
Pan, o ministro disse que, da forma atual, as penas são cumpridas apenas no
“dia de São Nunca”. Ele negou que pretenda ser vice de Bolsonaro nas eleições
de 2022 e afirmou que a melhor solução seria repetir a chapa com Mourão.
Militares. Na liquidação de fim de ano do Congresso, o
Senado aprovou o projeto que altera a Previdência dos militares, que agora
segue para sanção presidencial. Como a proposta reestrutura a carreira militar,
a princípio ela levará a uma elevação de gastos, em vez de gerar economia. No
cômputo final, a economia em dez anos será de apenas R$ 10 bilhões.
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