quinta-feira, 3 de novembro de 2022

LULA LÁ E CÁ

José Fonseca Filho, OS DIVERGENTES

Consagrado pela maioria do povo brasileiro como presidente da República pela terceira vez, Lula teve imediato reconhecimento internacional, como se a expectativa pelo resultado favorável não interessasse diretamente apenas aos brasileiros. Tornou-se uma questão mundial.

O “Lula lá” rompeu fronteiras e se espalhou pelos dirigentes de  vários  países, em especial os do chamado mundo desenvolvido, nos quais o político brasileiro, há anos, desfruta de grande prestígio. Graças às suas propostas de combate à pobreza, que o tornou mundialmente  reconhecido. O slogan do “Lula lá” tornou-se apreciado e repetido  pela população brasileira, e desta vez voltou com ainda mais força, pela grande rejeição ao atual mandatário do País.

Assim como o maior jogador de futebol de todos os tempos, Pelé, Lula também é de de origem humilde. E ambos possuem grande prestígio internacional. Talvez as duas maiores personalidades masculinas de renome internacional. A diferença é que Pelé não tinha adversários políticos, apenas admiradores pelos seus feitos nos campos de futebol mundo a fora. Tal como Lula, Pelé era recebidos pelo grandes líderes mundiais, não havia personalidade de qualquer setor que não quisesse conhecê-lo, até o Papa.

Lula é hoje um dos políticos brasileiros de maior prestígio mundial. Deve-se, talvez, pelos bons resultados apresentados em seus dois mandatos anteriores por causa da implementação de programas sociais visando combater à pobreza e a fome, assim como avanços na educação e na habitação popular. Ao voltar ao poder pela terceira vez, reinicia mais uma batalha contra a pobreza e pela dignidade e respeito das classes realmente necessitadas. Continua com grande disposição e coragem e sabe que não pode falhar em sua nova missão.

O desprezo pelo atual mandatário e sua trupe de radicais antidemocráticos e fascistóides fez crescer ainda mais a imagem de Lula perante os líderes dos países democráticos. Cordial e pacifista, tendo o combate à pobreza e a preservação da natureza e extinção da fome como objetivos principais, são fatores que trazem ao mundo a certeza de que o Brasil voltará aos trilhos da civilização.

Para se ter ideia do prestígio, poucas horas depois de anunciada a vitória de Lula para a presidência do Brasil o presidente da maior potência mundial, os Estados Unidos, Joe Biden, telefonou para parabenizá-lo. Lula também recebeu o reconhecimento de sua vitória por   Emmanuel Macron, presidente da França,  Alberto Fernandez, da Argentina, veio ao Brasil para cumprimentá-lo pessoalmente.

Demonstrações de afeto e respeito de estadistas da atualidade tornam-se ainda mais significativos, se comparados ao tratamento dado ao atual mandatário. Ao longo dos 4 anos em que esteve à frente da presidência da República, Jair Bolsonaro colecionou desavenças e grosserias. Como não cumprimentar Alberto Fernandes por sua vitória ou fazer comentários misóginos em relação à primeira-dama francesa, Brigitte Macron, uma vergonha para todos os brasileiros.

Das grandes potências apenas o russo Vladimir Putin só telefonou para cumprimentar Lula no dia seguinte, mesmo assim, reconheceu sua vitória, deixando Bolsonaro isolado.

Desta vez Lula terá outras responsabilidades e será mais exigido pelos seus eleitores. Atordoado, Bolsonaro desapareceu por quase três dias e, em seu pronunciamento, não reconheceu a derrota e nem parabenizou o oponente, como manda a boa educação. Nem o golpe que ele preparou com seus asseclas e caminhoneiros conseguiu realizar.

José Fonseca Filho é jornalista   

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