O apresentador de TV e potencial candidato à Presidência em
2022 Luciano
Huck afirmou que o Brasil precisa “restaurar” e “renovar” suas
lideranças políticas do “topo para a base” em artigo publicado no site do Fórum
Econômico Mundial nesta quarta-feira, 15. “Lideranças e políticas
públicas responsáveis e representativas são fundamentais para revitalizar o
contrato social. Isso não vai acontecer espontaneamente. Requer um esforço
consciente para investir em talentos e atraí-los”, afirmou Huck.
O apresentador é visto como possível candidato de uma frente de centro na próxima eleição
em 2022 e é ligado a movimentos de renovação política, como
o RenovaBR e o Agora!. Ele estará presente no
encontro do fórum em Davos, na Suíça, que ocorrerá entre os dias 21 e 24 de
janeiro. No artigo, Huck lista três “desafios” do Brasil e do mundo para o
futuro: as queimadas e o desmatamento na Amazônia, a redução da
desigualdade e a renovação das lideranças políticas.
“Em 2017, entrei no Agora!, um dos vários movimentos
cívicos dinâmicos que investem em uma nova geração de líderes comprometidos com
um Brasil mais inclusivo e sustentável. E em 2018, co-fundei a RenovaBR,
atraindo mais de 4.600 inscrições de pessoas que nunca haviam se envolvido em
política para treinamento em governança e ética. Dos 120 candidatos aprovados,
17 foram eleitos para o cargo federal naquele ano”, disse, se colocando como
parte da renovação.
Huck afirma no texto que o Brasil terá um “papel de
liderança” no desenrolar da próxima década, em razão de seus “imensos
recursos naturais” e também por seu “estoque impressionante de recursos
humanos”. “Mas (o País) também é convulsionado pela alta desigualdade
e pela pobreza crescente. Para complicar, estamos enfrentando uma crise de
liderança política e esquivando de nossas responsabilidades internacionais”,
analisou o apresentador.
Apresentador critica política ambiental do governo
Bolsonaro
No artigo, Huck teceu críticas à política ambiental do governo brasileiro. “Apesar dos esforços das autoridades brasileiras para ocultar o problema, os dados de satélite do próprio Ministério da Ciência mostraram que as taxas de desmatamento atingiram os níveis mais altos em duas décadas”, escreveu Huck.
No artigo, Huck teceu críticas à política ambiental do governo brasileiro. “Apesar dos esforços das autoridades brasileiras para ocultar o problema, os dados de satélite do próprio Ministério da Ciência mostraram que as taxas de desmatamento atingiram os níveis mais altos em duas décadas”, escreveu Huck.
Para ele, é necessário um “novo e radical paradigma” para
garantir a administração sustentável da biodiversidade do País. “Deve
haver tolerância zero ao desmatamento e um foco conjunto na melhoria da
produtividade das áreas onde as florestas já foram cortadas. Aproximadamente
90% do desmatamento na Amazônia é ilegal e pelo menos dois terços dos 80
milhões de hectares de terras desmatadas são subutilizados, degradados e
abandonados”, afirmou, ressaltando que “tão importante quanto o agronegócio
sustentável, são a expansão do ecoturismo, o investimento em pesquisas em
biotecnologia e o desenvolvimento de produtos da floresta tropical
comercializados de maneira justa.”
País tem de colocar redução de desigualdade na agenda,
diz Huck
Huck também afirmou que Brasil precisa colocar a redução da desigualdade no “topo” de sua agenda nacional em 2020. “O aprofundamento da desigualdade social e econômica nos países está reconfigurando fundamentalmente as políticas doméstica e internacional”, disse. Ele considera que o governo brasileiro adota “dinâmica” de outros governos que estão se retirando da cooperação multilateral e voltando ao “nacionalismo e protecionismo reacionários”. O apresentador ainda aponta que nos últimos anos a renda per capita caiu e a diferença entre ricos e pobres começou a aumentar, “acabando com muitos ganhos sociais das três décadas anteriores”.
Huck também afirmou que Brasil precisa colocar a redução da desigualdade no “topo” de sua agenda nacional em 2020. “O aprofundamento da desigualdade social e econômica nos países está reconfigurando fundamentalmente as políticas doméstica e internacional”, disse. Ele considera que o governo brasileiro adota “dinâmica” de outros governos que estão se retirando da cooperação multilateral e voltando ao “nacionalismo e protecionismo reacionários”. O apresentador ainda aponta que nos últimos anos a renda per capita caiu e a diferença entre ricos e pobres começou a aumentar, “acabando com muitos ganhos sociais das três décadas anteriores”.
Embora nunca tenha se colocado publicamente como possível
candidato à Presidência em 2022, o nome do apresentador tem aparecido com
frequência nas articulações em torno de uma candidatura de centro,
promovidas por figuras como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-presidente do Banco
Central Armínio Fraga e o ex-governador do Espírito Santo Paulo
Hartung. Tido como um candidato capaz de “herdar”o eleitorado do
ex-presidente Lula no Nordeste, recentemente Huck também se encontrou com o governador do
Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
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