Artigo de Caio Rocha, professor de História, via Facebook
Boa parte das mazelas sociais que vivemos na atualidade são
resultantes da falta de um adequado planejamento dos espaços urbanos das
cidades brasileiras. À medida em que
elas cresceram em população, as administrações públicas pouco ou nada se
esforçaram em adotar medidas disciplinadoras como esquadrinhar ruas, fiscalizar
e orientar a ocupação de terrenos baldios com um eficiente plano diretor ou
dotar recursos para criar sistemas de drenagem de águas da chuva e esgoto.
Resultado: por ano, milhões de pessoas sobrecarregam financeiramente o SUS e o
bolso dos contribuintes devido à doenças relacionadas às doenças advindas de
condições de habitação insalubres.
O crescimento de ocupações desordenadas, muitas vezes em
áreas de risco, favorece a omissão do Estado na tutela das pessoas que nelas
residem. As favelas refletem a falta de uma política habitacional. A
desorganização e a existência de ruelas tortas permitem muitas vezes a criação
de redutos de narcotraficantes e bandidos de toda sorte, já que muitas vezes o
carro da polícia sequer consegue entrar nelas, para garantir a segurança das
pessoas que residem nestas comunidades desassistidas.
E por trás de toda esta desorganização, a corrupção, que
toma do contribuinte brasileiro compulsoriamente bilhões de reais.
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