Artigo de Caio Rocha, professor de História, via Facebook
Por desconhecimento histórico ou conformismo com a própria
ignorância, há quem defenda o comunismo como a redentora alternativa para
edificação de uma sociedade humana justa e fraterna. Ora, onde pretensamente os
comunistas chegaram ao poder (Rússia bolchevique, China maoísta e Cuba
guevarista), não se criaram sociedades justas e tampouco fraternas.
Os expurgos stalinistas testemunham a tirania vermelhóide,
que nada mais foi do que a tirania do proletariado sobre o proletariado. E,
para tirar esta culpa de suas costas, os esquerdistas afirmam "deturparam
o pensamento de Marx". Mas o que me impressiona mesmo é a adesão de parte
da elite intelectual do Brasil aos ditames marxistas. Usam da pobreza como uma
plataforma de obtenção de vantagens políticas e status, não é à toa que muitos
deles recebem financiamento estatal para escreverem em blogs e sites.
Em seus artigos, vociferam contra a economia de mercado e
chamam de nazifascistas todos aqueles que vão contra suas linhas de pensamento
débeis. Vamos aos fatos: nenhum sistema econômico beneficiou mais os pobres que
o capitalismo. Foi na transição da economia agrária para a economia de mercado
que os grupos outrora marginalizados passaram a brigar por direitos iguais e
uma série de benesses. E os obtiveram.
Na Alemanha do chanceler Bismarck, por exemplo, se instituiu
um sistema de previdência estatal. À medida em que a sociedade de saberes foi
se consolidando e as estruturas econômicas ganhando maior pujança, houve uma
notória valorização dos rendimentos do trabalhador, que passaram a ter melhores
condições de vida.
Outra conquista foi a redução do tempo de trabalho.
Atualmente, nas democracias ocidentais, é regulamentado em 40 horas semanais e
8 horas por dia, ou seja, os trabalhadores de hoje dispõem de melhores
condições do que os de seus predecessores históricos. Os trabalhadores se
beneficiaram ainda da mobilidade social que a economia liberal consagrava. Como
explicar John D. Rockefeller? Andrew Carneggie? Ambos eram de origem humilde.
Ou trazendo para o Brasil, como explicar um Silvio Santos, que de simples
camelô se tornou um dos maiores empresários do país?
Os esquerdistas, investidos da mediocridade que lhes é
facultada, enxergam a tutela do Estado como meio de tirar os mais pobres da
pobreza. Ou na prática as esquerdas tentam descredibilizar os pobres de que
eles são capazes de melhorarem de vida? As cúpulas sindicais ou de partidos de
esquerda ultraradicais possuem modo de vida muito diferente da base. Gostam
mesmo é das benesses que somente a sociedade capitalista pode oferecer.
O desenvolvimento do capitalismo levou fatalmente às
discussões dos direitos dos indivíduos e suas liberdades. À princípio, de como
dispor de seus bens, evoluindo para questões mais profundas como o direito de
liberdade de expressão.
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