O nome do empresário Eike Batista foi incluído na difusão
vermelha da Interpol (Polícia Internacional) – índex dos mais procurados em
todo o mundo. A Polícia Federal não encontrou Eike na manhã desta quinta-feira,
26, em sua residência, no Rio. O empresário é formalmente declarado foragido.
Seu advogado, Fernando Martins, contudo, informou que negocia com as
autoridades o retorno do empresário ao Brasil.
A Interpol funciona, na prática, como uma rede que mantém
conexão com as polícias de quase 200 países. Os nomes dos procurados abastecem
o cadastro da Interpol.
A ordem de prisão contra Eike foi decretada pelo juiz
Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, no âmbito da Operação Eficiência –
desdobramento da Calicute e da Lava Jato que mira o ex-governador Sérgio Cabral
(PMDB).
Com base nas delações premiadas de dois operadores do
mercado financeiro, Renato e Marcelo Chebar, a Polícia Federal e a Procuradoria
da República descobriram remessas de US$ 100 milhões para o exterior em favor
do peemedebista. Eike foi o ‘autor intelectual’ da transferência de US$ 16,5 milhões,
transação que envolveu conta do empresário no Panamá e remessa final para o
Uruguai.
A prisão de Eike foi decretada no dia 13. A PF acredita que
o empresário pode ter saído do País usando passaporte alemão. O delegado Tacio
Muzzi, da PF, disse que não trabalha com a hipótese de que houve vazamento da
Operação Eficiência, abrindo caminho para a fuga de Eike.
A defesa do empresário informou que ele ficou ‘surpreso’ com
a ordem de prisão. A defesa disse que Eike vai se apresentar, mas não disse
quando isso vai ocorrer.


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