Ela é guerreira e sempre combateu a desigualdade racial, a
violência, a injustiça social – na adolescência foi vítima de estupro – e
qualquer forma de preconceito neste país.
Benedita é protagonista de uma saga de dar inveja a
roteirista de cinema. Filha de lavadeira, sua família de quinze irmãos, dos
quais conheceu oito. Benedita trabalhou como engraxate, camelô, doméstica e
vendedora de pastel.
Viúva duas vezes, teve quatro filhos, dois morreram, um
deles foi enterrado como indigente. Apesar de hoje ser o principal nome do PT
no Rio de Janeiro, sabe que seu maior feito foi ter sobrevivido a um destino
que tinha sinais de fracasso. Atualmente é casada com o ator Antônio Pitanga.
Fadada ao destino reservado a muitas mulheres negras e
faveladas desse país, Benedita da Silva enfrentou as adversidades da vida e
contornou todas como as águas de um rio diante de obstáculos.
A menina da favela, negra e pobre jamais tinha chegado perto
do poder, o lugar mais próximo tinha sido a porta dos fundos do apartamento de
Juscelino Kubitschek, onde entregava as roupas da família do ex-presidente,
lavadas pela mãe.
Em 1982, Benedita da Silva é eleita vereadora no Rio de
Janeiro e começa a trajetória singular na história da política brasileira. De
lá para cá, Benedita subiu mais patamares na carreira política.
Foi deputado federal, senadora, vice-governadora, governadora,
ministra da Promoção e Ação Social no governo Lula, secretária de Ação Social e
Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro no governo Sérgio Cabral e
atualmente está deputada federal em seu terceiro mandato.
Viva a Benedita da Silva! Viva o Dia da Consciência Negra!
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