quinta-feira, 30 de julho de 2020

DIÁRIO DA CRISE

Do Blog do Gabeira

DIÁRIO DA CRISE CXXXIII
A economia americana caiu 32,9%  no segundo trimestre, uma queda histórica.
Trump percebeu que isto é um grande obstáculo à sua reeleição. E sugeriu que as eleições podem ser fraudadas e, por causa disso, deveriam ser adiadas.
Dificilmente sua tese será aceita. Mas demonstra como se prepara também para questionar os resultados, que, desde agora, já parecem negativos para ele.
Bolsonaro foi ao Piauí e se portou como se estivesse em campanha política. Montou um cavalo, vestiu chapéu de vaqueiro, tirou a máscara para provocar a imprensa, enfim todo o repertório sem apenas a tradicional buchada de bode.
Ele perebeu também como será difícil a campanha de reeleição num contexto de coronavírus sem controle, como o brasileiro.
Hoje fiquei impressionado e até falei na tevê sobre uma estatística assombrosa: 77 por cento das grávidas que morreram com Covi19 no mundo são brasileiras.
É espantosa a relação de 200 mortes para 1800 casos. Dizem que o governo reconheceu que a gravidez era um fator de risco, em abril.
Mas entre reconhecer e tomar todas as medidas necessárias vai uma enorme distância. Muitas dessas mulheres morreram precisando de respiradores.
Era preciso um alerta nacional e um dispositivo próprio para inclusive transportá-las a tempo. O acompanhamento pré natal é um dos principais indicativos sobre a qualidade de um sistema de saúde.
Lembro-me que quando deputado tinha estudado o exemplo da Noruega onde levam muito a sério a saúde da gestante e do bebê.
O alarme soou. Perdemos tempo. Mas ainda há possibilidade de agir.
Muitas cidades receberam dinheiro para combater o coronavírus. Quando não podem tratar, pelo menos deveriam transportar as grávidas com segurança para centros maiores.
Os sistemas municipais deveriam receber essa alerta, mapear as grávidas da cidade e monitorá-las.
Faz falta um mecanismo de entrevistas coletivas de um ministro que oriente as cidades em cada nova situação. O Ministério da Saúde parece não ter nenhuma disposição para isso.
Só querem saber de cloroquina.
É dificil botar gente no mundo num país com um governo insensível
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