Às vésperas do impeachment de Dilma Rousseff, dirigentes do
PP pediram as chaves do Ministério da Saúde. O governo hesitou, mas topou a
jogada em troca de votos para evitar a queda da presidente. Pouco depois de
deixar o Planalto, o deputado Ricardo Barros foi à casa de Michel Temer. O vice
cobriu a oferta: o PP ajudou a derrubar a petista, e Barros virou ministro.
Na próxima semana, o parlamentar assume oficialmente o posto
de líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara. Depois de açoitar os velhos
partidos, o presidente decidiu contratar profissionais com experiência no ramo
para se proteger no cargo.
A palavra impeachment dita os lances de Bolsonaro há alguns
meses. Faz sentido, já que a hipótese é citada com desinibição –tanto por
aqueles que gostariam de derrubar o presidente quanto por sua tropa de choque e
pelos omissos que não veem “nenhum tipo de crime”.
O último a falar no assunto tem assento na Esplanada dos
Ministérios. Paulo Guedes disse na terça (11) que as pressões para furar o teto
de gastos públicos levariam o presidente à “zona do impeachment”. Ele mencionou
conselheiros de Bolsonaro, mas o alvo era um chefe acometido pela comichão da
gastança.
O presidente abriu dois movimentos para se esquivar desse
tormento. Nesta quarta (12), ele fez uma declaração insossa em defesa do limite
de despesas e confirmou a escolha de Barros para a liderança do governo.
O deputado é um especialista. Ainda no ano passado, ele
peitou um ministro do governo ao cobrar a liberação de cargos e disse: “Se
precisar demitir o presidente, nós demitimos. Ele não pode demitir o Congresso.
A palavra final é nossa”.
Além de instalar uma operação política no governo, a nova
aliança de Bolsonaro com o centrão representa um pacto de sobrevivência. O novo
líder carrega esse espírito. No início do governo, Barros afirmava que não
cabia ao Congresso investigar o caso Fabrício Queiroz. “Agora vamos ficar
votando CPI em vez de votar reforma?”, perguntou.
Em pacto de sobrevivência, presidente entrega operação
política do governo ao centrão
Às vésperas do impeachment de Dilma Rousseff, dirigentes do
PP pediram as chaves do Ministério da Saúde. O governo hesitou, mas topou a
jogada em troca de votos para evitar a queda da presidente. Pouco depois de
deixar o Planalto, o deputado Ricardo Barros foi à casa de Michel Temer. O vice
cobriu a oferta: o PP ajudou a derrubar a petista, e Barros virou ministro.
Na próxima semana, o parlamentar assume oficialmente o posto
de líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara. Depois de açoitar os velhos
partidos, o presidente decidiu contratar profissionais com experiência no ramo
para se proteger no cargo.
A palavra impeachment dita os lances de Bolsonaro há alguns
meses. Faz sentido, já que a hipótese é citada com desinibição –tanto por
aqueles que gostariam de derrubar o presidente quanto por sua tropa de choque e
pelos omissos que não veem “nenhum tipo de crime”.
O último a falar no assunto tem assento na Esplanada dos
Ministérios. Paulo Guedes disse na terça (11) que as pressões para furar o teto
de gastos públicos levariam o presidente à “zona do impeachment”. Ele mencionou
conselheiros de Bolsonaro, mas o alvo era um chefe acometido pela comichão da
gastança.
O presidente abriu dois movimentos para se esquivar desse
tormento. Nesta quarta (12), ele fez uma declaração insossa em defesa do limite
de despesas e confirmou a escolha de Barros para a liderança do governo.
O deputado é um especialista. Ainda no ano passado, ele
peitou um ministro do governo ao cobrar a liberação de cargos e disse: “Se
precisar demitir o presidente, nós demitimos. Ele não pode demitir o Congresso.
A palavra final é nossa”.
Além de instalar uma operação política no governo, a nova
aliança de Bolsonaro com o centrão representa um pacto de sobrevivência. O novo
líder carrega esse espírito. No início do governo, Barros afirmava que não
cabia ao Congresso investigar o caso Fabrício Queiroz. “Agora vamos ficar
votando CPI em vez de votar reforma?”, perguntou.
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