Aviso: Esta coluna foi escrita por alunos do quinto ano do ensino fundamental. A Folha não se responsabiliza pela qualidade das piadas e dos trocadilhos.
ROLÂNDIA – As Forças Armadas aprovaram a compra de mais de 35 mil cápsulas de um medicamento usado para disfunção erétil, popularmente conhecido como Viagra. O Exército ainda teria gasto R$ 3,5 milhões em próteses penianas infláveis, também usadas para impotência sexual.
Agentes oficiais se defenderam, alegando que as pílulas azuis seriam usadas para o tratamento de outras doenças.
"O medicamento será usado para tratar síndrome de hipertesão, digo, hipertensão", diz o Tenente Davi Agra, responsável pelas negociações. "Trata-se de uma doença que afeta a circulação palmonar, digo, pulmonar."
Outros oficiais defendem que a aquisição ajudaria a manter as Forças Armadas. "Precisamos cuidar dos membros do Exército, todos os membros", afirma o General Décio Pinto. "Um bom soldado precisa ter aptidões básicas como conseguir, em qualquer circunstância, hastear a bandeira e armar barraca."
"Depois de pintarem tantos meios-fios de calçadas, os oficiais precisaram resolver o problema das meias-bombas", alegou o cabo Armando Poko, enquanto almoçava uma picanha ao alho. "Foram inúmeras transações fracassadas. Precisávamos de algo de alta penetração", completou o oficial, que batalha para subir a patente.
"O que queremos é promover o bate-bola para colocar a cabeça dos soldados no lugar. As duas cabeças", defende o coronel Balan Sarrola. "Tem que trabalhar duro e ser pau para toda obra."
A compra é defendida até por eleitores de Bolsonaro. "Uma coisa é o cidadão morrer de Covid. A outra é o Exército apresentar baixa entre os membros", diz o contador Oscar Aglio. "Vocês acham que defendemos a ditadura, quando, na verdade, o que queremos é a volta da picadura."
"Só assim para o governo aprovar uma grande compra da Pfizer", comemora o tenente Davi Agra. "A transação do Exército seria aprovada até pelo general Pauzuerio, digo, Pazuello", corrige.
Após ser questionado sobre a falta de medicamentos nas unidades de saúde, o tenente rebateu: "Tô sem saco para continuar a entrevista".
Ainda não há dados sobre o resultado do tratamento. Até a conclusão desta coluna, dura só permanece a vida do cidadão brasileiro.
Flávia Boggio Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.
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