sexta-feira, 30 de setembro de 2022

A PAUTA É UMA ARMA DE COMBATE

Da Arquipélago Editorial 

Aliando sensibilidade, análise e engajamento, a premiada jornalista Fabiana Moraes articula críticas, propostas e reflexões sobre as relações discursivas do jornalismo com grupos sociais historicamente oprimidos. 

A autora dá lugar central à pauta, a coluna vertebral da notícia, que reflete e produz olhares sobre as coisas do mundo, situada em um contexto atravessado por hierarquias de gênero, raça, classe social e origem geográfica. 

Reconhecendo o campo jornalístico como partícipe de narrativas que transformam diferenças em desigualdades, Fabiana investiga caminhos de ruptura com os modos colonizados pelos quais o jornalismo atua desde o século 19; e defende o jornalismo de subjetividade, propondo uma prática reflexiva que possibilite melhores encontros com as alteridades e que jogue luz sobre violências naturalizadas como o racismo, a misoginia e as muitas formas de outrofobia. 

Em um esforço para aproximar teoria e prática, o livro apresenta três reportagens de Fabiana publicadas no Jornal do Commercio do Recife: A vida é Nelson (2012); Ave Maria (2013); e Casa grande e senzala (2013). 

A autora se propõe a analisar os trabalhos uma década após sua publicação original, fazendo uma autocrítica e narrando com proximidade afetiva os bastidores dessas reportagens.

Sobre a autora:

Fabiana Moraes é recifense, nascida no Alto José Bonifácio, mãe de Mateus e professora do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco. É jornalista com mestrado em Comunicação e doutorado em Sociologia, ambos pela UFPE. Pesquisa mídia, imprensa, poder, raça, hierarquização social, imagem e arte. É vencedora de três prêmios Esso com as reportagens A vida mambembe (2007), Os sertões (2009) e O nascimento de Joicy (2011). Recebeu ainda o Prêmio Petrobras de Jornalismo, o Prêmio Imprensa Embratel e o Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo. Lançou cinco livros: Os sertões (Cepe, 2010), Nabuco em pretos e brancos (Massangana, 2012), No país do racismo institucional (Ministério Público de Pernambuco, 2013), O nascimento de Joicy (Arquipélago, 2015) e Jomard Muniz de Britto: professor em transe (Cepe, 2017).

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