segunda-feira, 17 de março de 2025

MORRE BENITO BARRETO

Do Estado de Minas

Morre, aos 95 anos, escritor Benito Barreto, membro da AML

Nascido em Guanhães, autor ficou conhecido por romances históricos

Morreu hoje (17/3), aos 95 anos, o escritor Benito Barreto. Titular da cadeira número 2 da Academia Mineira de Letras, ficou conhecido por romances históricos. Nascido em 17 de abril de 1929 em Guanhães, chegou a Belo Horizonte ainda na adolescência, onde teve contato com a poesia moderna de Carlos Drummond de Andrade.

Sobrinho do escritor, historiador e político Abílio Barreto e avô de Luisa Barreto, atual presidente da Codemge, Benito estreou na literatura com “Plataforma vazia” (1962). O romance, que ganhou o prêmio Cidade de Belo Horizonte, inaugurou a tetralogia “Os Guaianãs”, saga de uma guerrilha nos sertões da Bahia e de Minas Gerais.

Ele conheceu muito bem a região que escreveu. Barreto teve franca atuação política. Na juventude, militou no Partido Comunista Brasileiro (PCB). Viveu na clandestinidade entre 1947 e 1950, justamente no sertão baiano. Na época, tentava estabeleceu a luta armada na região.

Sem abandonar a militância política, no retorno a BH, na década de 1950, também abraçou o jornalismo. Fez parte da mesma geração de autores como Roberto Drummond, Wander Piroli, Murilo Rubião, Oswaldo França Júnior, Manoel Lobato e Rui Mourão.

De 2009 a 2012, depois de frenético processo de criação, Barreto publicou nova tetralogia, “Saga do caminho novo”, na qual recriou de maneira ficcional a história da Inconfidência Mineira. Com essa obra, por três vezes consecutivas, em 2010, 2011 e 2012, recebeu o prêmio de melhor romance histórico do ano, concedido pela União Brasileira de Escritores, seção Rio de Janeiro.

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