Morre, aos 95 anos, escritor Benito Barreto, membro da
AML
Nascido em Guanhães, autor ficou conhecido por romances
históricos
Morreu hoje (17/3), aos 95 anos, o escritor Benito Barreto.
Titular da cadeira número 2 da Academia Mineira de Letras, ficou conhecido por
romances históricos. Nascido em 17 de abril de 1929 em Guanhães, chegou a Belo
Horizonte ainda na adolescência, onde teve contato com a poesia moderna de
Carlos Drummond de Andrade.
Sobrinho do escritor, historiador e político Abílio Barreto
e avô de Luisa Barreto, atual presidente da Codemge, Benito estreou na
literatura com “Plataforma vazia” (1962). O romance, que ganhou o prêmio Cidade
de Belo Horizonte, inaugurou a tetralogia “Os Guaianãs”, saga de uma guerrilha
nos sertões da Bahia e de Minas Gerais.
Ele conheceu muito bem a região que escreveu. Barreto teve
franca atuação política. Na juventude, militou no Partido Comunista Brasileiro
(PCB). Viveu na clandestinidade entre 1947 e 1950, justamente no sertão baiano.
Na época, tentava estabeleceu a luta armada na região.
Sem abandonar a militância política, no retorno a BH, na
década de 1950, também abraçou o jornalismo. Fez parte da mesma geração de
autores como Roberto Drummond, Wander Piroli, Murilo Rubião, Oswaldo França
Júnior, Manoel Lobato e Rui Mourão.
De 2009 a 2012, depois de frenético processo de criação,
Barreto publicou nova tetralogia, “Saga do caminho novo”, na qual recriou de
maneira ficcional a história da Inconfidência Mineira. Com essa obra, por três
vezes consecutivas, em 2010, 2011 e 2012, recebeu o prêmio de melhor romance
histórico do ano, concedido pela União Brasileira de Escritores, seção Rio de
Janeiro.
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