Justiça suspende show de Maiara e Maraisa em Governador
Nunes Freire, após pedido do Ministério Público
O show seria realizado no próximo sábado (8), durante as
comemorações do aniversário do município de Governador Nunes Freire, a cerca de
370 km de São Luís.
A Justiça do Maranhão suspendeu o show da dupla sertaneja
Maiara e Maraisa, que seria realizado no próximo sábado (8) durante as
comemorações do aniversário do município de Governador
Nunes Freire, a cerca de 370 km de São Luís.
A decisão foi tomada nesta quarta-feira (5) pelo juiz Bruno
Chaves de Oliveira, após pedido do Ministério Público do Maranhão (MP-MA). O
evento custaria R$ 654 mil aos cofres públicos, incluindo gastos com palco,
iluminação, som, hospedagem, recepção, abastecimento de veículos e equipe de
apoio.
Segundo o MPMA, o município enfrenta pendências salariais
com servidores, que ainda não receberam férias referentes a 2023 e 2024, além
de outras vantagens funcionais. As mensalidades sindicais descontadas em folha
também não foram repassadas ao sindicato.
A decisão atende a uma Ação Civil Pública movida pela
promotora de Justiça Rita de Cássia Pereira Souza, que responde temporariamente
pela comarca.
A Justiça determinou que a prefeitura publique, em até 24
horas, um aviso de cancelamento do show na página principal do seu portal.
Também proibiu o pagamento de valores ou transferências ligadas ao contrato com
a dupla, assim como a contratação de outra atração de porte semelhante.
Em caso de descumprimento, o prefeito Luis Fernando de
Castro Braga poderá pagar multa pessoal de R$ 70 mil por dia, que será
destinada ao Fundo Estadual dos Direitos Difusos.
Recomendação ignorada
Em setembro, o MP-MA havia instaurado um procedimento
administrativo para fiscalizar o uso dos recursos na festa do aniversário da
cidade. Na ocasião, o órgão recomendou que a prefeitura não utilizasse verbas
públicas para promover eventos festivos ou shows.
Mesmo assim, após receber a recomendação, a administração
municipal passou a divulgar a apresentação de Maiara e Maraisa.
A prefeitura informou ao MP que usaria recursos próprios da
Secretaria de Cultura, previstos no orçamento municipal, mas não apresentou
comprovação das receitas. Também encaminhou um processo de inexigibilidade de
licitação, iniciado em 16 de setembro, para a contratação da dupla.
Antes disso, em fevereiro, o Ministério Público já havia
aberto outro procedimento para acompanhar as medidas do município em relação ao
pagamento das vantagens atrasadas dos servidores.


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