O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) negou, nesta
segunda-feira (10), ter qualquer relação com os dois manifestantes envolvidos
na morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um explosivo em
protesto, na quinta-feira (6), contra o aumento da passagem de ônibus urbano.
Freixo afirmou que vai pedir à Polícia Civil que apure a denúncia, veiculada no
domingo (9), que o relaciona ao suspeito de ter atirado o rojão.
"A acusação que paira é que tenho ligação com uma
pessoa que ninguém sabe quem é, nem eu", disse o deputado em entrevista
coletiva em seu gabinete. A Polícia do Rio prendeu, no domingo, o estudante e
tatuador Fábio Raposo, indiciado como coautor da explosão que atingiu o
cinegrafista.
Nesta segunda, o advogado de Raposo, Jonas Tadeu Nunes,
informou conhecer a identidade do manifestante que acendeu o rojão, mas que só revelaria
o nome para a polícia. "Mesmo que tivesse [ligação], jamais isso poderia
ser associado a uma concordância minha com sua atitude [de ter atirado o
rojão]", disse.
O estagiário do advogado que defende Raposo, Marcelo Matoso,
assinou um termo de declaração em que afirma ter recebido da ativista Elisa
Quadros --conhecida como Sininho--, uma ligação na qual ela teria dito que o
homem que disparou o rojão é ligado ao deputado Marcelo Freixo.
Freixo criticou a postura da imprensa ao veicular sua
suposta ligação com a pessoa não identificada que atirou o rojão.
De acordo com ele, o advogado Jonas Tadeu defendeu o
ex-deputado estadual Natalino Guimarães, acusado de relações com as milícias do
Rio de Janeiro, durante a CPI das Milícias, em 2008.
A comissão foi presidida por Freixo na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
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