Da ISTOÉ
Catorze horas e dezesseis minutos do dia 30 de novembro.
Nesse horário e nessa data, o processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, que tramita em segunda instância no TRF-4, em Porto Alegre, foi entregue
pelo relator, desembargador João Pedro Gebran Neto, ao seu colega revisor,
Leandro Paulsen.
Lula fechou o ano, assim, com motivos de sobra para não ter
o que brindar. O ato do relator significa que seu voto, mantendo ou não a
condenação de nove anos e seis meses imposta por Sergio Moro no dia 12 de
julho, está pronto.
Primeiro motivo para Lula não estourar champanhe: o TRF-4
marcou o julgamento para 24 de janeiro. Segunda razão que lhe azeda o
réveillon: o tribunal, na maioria das vezes, tem mantido as condenações de Moro
e dobrado as penas. Se reafirmada a decisão, Lula se torna ficha suja e dá
adeus à uma possível candidatura ao Planalto.
O processo trata de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
(total de R$ 2,25 milhões) envolvendo o tríplex que o ex-presidente teria ganho
de propina da OAS, no litoral paulista. Lula se tornou em 2017 o primeiro
ex-presidente condenado criminalmente no País sob o regime democrático.
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