Brincadeira ideológica atrapalha a cautela dos militares com
a Venezuela
Quando a crise na
Venezuela começava a transbordar, o general Hamilton Mourão se apressou para
empurrar as inquietações para outras fronteiras. “Do lado mais complicado, que
é o lado colombiano, acho que vai ficar nessa situação de impasse”, afirmou o
vice à BBC.
Enquanto isso, do lado mais complicado, o chanceler Ernesto
Araújo resolveu posar sorridente com o autoproclamado presidente interino, Juan
Guaidó. O ministro decidiu confraternizar com o opositor de Nicolás Maduro
justamente na hora em que os venezuelanos chegavam a uma encruzilhada.
O núcleo militar do governo tem reagido com cautela à
escalada de tensões na região, mas a ala ideológica do bolsonarismo insiste
numjogo político perigoso.
Generais do Planalto trabalharam nos últimos dias para
delimitar claramente o envolvimento brasileiro na crise venezuelana. Embora não
tenha se recusado a enviar ajuda humanitária ao país, o grupo conseguiu reduzir
a marcha dessa ação.
Além de circunscrever a participação de tropas brasileiras,
os militares também barraram a presença de soldados americanos em território
nacional —ideia que havia sido alimentada pelo Itamaraty em conversas com
autoridades dos EUA.
Araújo mergulhou numa guerra de provocações que, agora,
interessa somente a Maduro, aos colombianos e a Donald Trump. Enquanto os
militares tentavam baixar a temperatura para evitar uma matança, o chanceler
brincava de fazer diplomacia.
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Um assessor de Flávio Bolsonaro contou que repassava dois terços de seu salário a Fabrício Queiroz. Ele transferia R$ 4.000 ao ex-motorista do senador e recebia de volta R$ 4.700. O rendimento de 17,5% causaria inveja no mercado financeiro.
Um assessor de Flávio Bolsonaro contou que repassava dois terços de seu salário a Fabrício Queiroz. Ele transferia R$ 4.000 ao ex-motorista do senador e recebia de volta R$ 4.700. O rendimento de 17,5% causaria inveja no mercado financeiro.
Flávio deveria incluir o nome de Queiroz no banco de
talentos criado pelo governo para disfarçar nomeações políticas. Com essa
habilidade para fazer dinheiro, ele seria contratado na hora por Paulo Guedes.
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