Fundador da Academia Brasileira de Letras (ABL), advogado
autodidata que defendeu mais de 500 escravos e o líder do movimento em favor
das liberdades civis dos negros nos Estados Unidos. Os legados de heróis negros
como Machado de Assis, Luís Gama e Martin Luther King, respectivamente, merecem
ser lembrados neste Dia da Consciência Negra.
Eles e tantas outras personalidades negras continuam a
inspirar quem busca se superar, à revelia do preconceito social e de raça.
Confira a história resumida de homens e mulheres negras considerados como
exemplos na cultura, na política e até na geografia.
Patrono da cadeira nº 15 da Academia Paulista de Letras,
Luís Gama (1830-1882) atuou como poeta, advogado e jornalista. Filho de Luiza
Mahin, uma das principais figuras da Revolta dos Malês, com um fidalgo branco
de origem portuguesa, foi vendido como escravo pelo próprio pai, aos 10 anos.
Em 1848, Gama fugiu, pois sabia que sua situação era ilegal, já que era filho
de mãe livre. Autodidata, tornou-se advogado e iniciou suas atividades contra a
escravidão, conseguindo libertar mais de 500 escravos.
Foi o grande líder do quilombo dos Palmares, comunidade
livre formada por escravos fugitivos, localizado na serra da Barriga (AL). O
quilombo dos Palmares foi defendido no século 17 durante anos por Zumbi
(1665-1695) contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros
fugidos novamente para a escravidão. Em 2003, a data da morte de Zumbi dos
Palmares, 20 de novembro, foi escolhida para ser o Dia da Consciência Negra.
Rosa Parks (1913-2005) foi símbolo do movimento dos direitos
civis dos negros nos Estados Unidos. Em 1º de dezembro de 1955, a costureira
americana se negou a ceder seu lugar a um homem branco em um ônibus em
Montgomery (Alabama), onde regiam leis de segregação racial.
Nelson Mandela (1918-2013) foi um líder rebelde e,
posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Seu nome verdadeiro
é Rolihlahla Madiba Mandela. Principal representante do movimento contra o
apartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido
pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na
cadeia. Mandela e o Frederik de Klerk, que também foi presidente da África do
Sul, dividiram o Prêmio Nobel da Paz, em 1993.
"Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados
pelo caráter, e não pela cor da pele." Este é um trecho do famoso discurso
de Martin Luther King (1929-1968) em Washington (EUA), pronunciado em 28 de
agosto de 1963. Das manifestações contra a segregação racial, lideradas por
King, nasceram a Lei dos Direitos Civis, de 1964, e a Lei dos Direitos de Voto,
de 1965. Ganhador do Prêmio Nobel da Paz, o pastor seguia a linha de Mahatma
Gandhi de defender os direitos civis por vias pacíficas. Em abril de 1968, foi
assassinado a tiros por um opositor.
Político norte-americano, Barack Hussein Obama Jr., eleito
presidente dos Estados Unidos em novembro de 2008, é o primeiro negro a
conquistar o comando do país. Obama, 55, termina o segundo mandato neste ano
com atos marcantes como a retomada das relações diplomáticas com Cuba, a
reforma do sistema de saúde nos EUA e a legalização do casamento gay.
Nenhum comentário:
Postar um comentário