Os vírus são capazes de infectar todos os seres vivos de
todos os domínios e representam a maior diversidade biológica do planeta, sendo
mais diversos que bactérias, plantas, fungos e animais juntos. Desde o século
XIX, cientistas travam uma batalha silenciosa contra os vírus, iniciada por
Louis Pasteur, com a teoria microbiana das doenças, que teve um grande avanço
quando o microbiologista Charles Chamberland, em 1884, conseguiu filtrar as
bactérias. Coube ao microbiologista Martinus Beijerinck, em 1898, identificar
pela primeira vez um contagium vivum fluidum (fluido vivo contagioso).Ele
introduziu o termo ‘vírus’ para indicar que o agente causal da doença do
mosaico do tabaco não tinha uma natureza bacteriana, e sua descoberta é
considerada como o marco inicial da virologia.
A partir daí vieram as grandes descobertas: Em 1898, o vírus
da febre aftosa (Aphtovirus; em 1901, Walter Reed identificou o primeiro vírus
humano, o vírus da febre amarela (Flavivirus). Em 1908, Vilhelm Ellerman e Olaf
Bang demonstraram o vírus da leucose aviária. E em 1911, Peyton Rous transmitiu
o vírus do sarcoma de Rous de uma galinha para outra. Em 1915, o
bacteriologista Frederick William Twort observou que as colônias morriam e que
o agente dessa transformação era infeccioso. Em 1937, Max Theiler cultivou o
vírus da febre amarela em ovos de galinha e desenvolveu uma vacina a partir de
uma estirpe do vírus atenuado.
Em 1949, John Franklin Enders, Thomas Weller e Frederick
Robbins cultivaram o vírus da poliomielite em culturas de células embrionárias
humanas, o primeiro vírus a ser cultivado sem a utilização de tecido animal
sólido ou ovos Este método permitiu a Jonas Salk desenvolver uma vacina eficaz
contra a poliomielite.Mas somente após a segunda metade do século XX. a luta
contra os vírus ganhou escala: foram reconhecidas mais de 2000 novas espécies
de vírus de animais, plantas e bactérias. Em 1957, descobriu-se o arterivírus
equino e o vírus da diarreia bovina (um pestivírus). Em 1963, Baruch Blumberg
descobriu o vírus da hepatite B, e em 1965, Howard Temin descreveu o primeiro
retrovírus. A transcriptase reversa, que é a enzima fundamental dos retrovírus,
foi descrita em 1970, por Howard Martin Temin e David Baltimore. Em 1983, a
equipe de Luc Montagnier do Instituto Pasteur, na França, isolou pela primeira
vez o retrovírus que hoje conhecemos por HIV, ou seja, o vírus da AIDS.
Economia
Bolsonaro é um “criacionista”, não está nem aí para os mistérios da biologia, o mundo dos darwinistas, onde se trava essa guerra sem fim. Sua grande preocupação durante o dia de ontem não era com os infectados pelo coronavírus, que fez a sua primeira vítima em São Paulo. Já são 346 casos em 17 estados, com 8.819 casos suspeitos, 1.890 casos descartados e 18 pessoas hospitalizadas em estado grave (7% do total). Era não prejudicar a economia: “Olha, a economia estava indo bem, fizemos algumas reformas, os números bem demonstravam taxa de juros lá embaixo, o risco, a confiança no Brasil, a questão de risco Brasil também. Então, estava indo bem. Esse vírus trouxe uma certa histeria”, disse. “Tem alguns governadores, no meu entender, eu posso até estar errado, mas estão tomando medidas que vão prejudicar em muito a nossa economia”, completou.
Bolsonaro é um “criacionista”, não está nem aí para os mistérios da biologia, o mundo dos darwinistas, onde se trava essa guerra sem fim. Sua grande preocupação durante o dia de ontem não era com os infectados pelo coronavírus, que fez a sua primeira vítima em São Paulo. Já são 346 casos em 17 estados, com 8.819 casos suspeitos, 1.890 casos descartados e 18 pessoas hospitalizadas em estado grave (7% do total). Era não prejudicar a economia: “Olha, a economia estava indo bem, fizemos algumas reformas, os números bem demonstravam taxa de juros lá embaixo, o risco, a confiança no Brasil, a questão de risco Brasil também. Então, estava indo bem. Esse vírus trouxe uma certa histeria”, disse. “Tem alguns governadores, no meu entender, eu posso até estar errado, mas estão tomando medidas que vão prejudicar em muito a nossa economia”, completou.
A entrevista de Bolsonaro à Rádio líder dos Diários
Associados reiterou dois comportamentos recorrentes do presidente da República
nesta crise: primeiro, a subestimação da doença em si, em que pese os exemplos
dos demais chefes de Estado em todo o mundo, inclusive seu aliado principal, o
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; segundo, se eximir da
responsabilidade e culpar os governadores pelo que vier o ocorrer na economia,
no caso, a recessão, que será inevitável. Essa postura somente aumentou o seu isolamento,
além de reforçar uma avaliação quase generalizada nos meios políticos, e
crescente na opinião pública, de que está despreparado para os desafios do
cargo que ocupa, além de não respeitar sua liturgia.
Na segunda-feira, Bolsonaro criticou o ministro da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta, que vem se destacando no combate à epidemia e lidera os
sanitaristas do país na mobilização dos serviços do SUS. Não gostou da
participação de Mandetta numa reunião com os chefes dos demais poderes, os
presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vem criticando as atitudes de
Bolsonaro; do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal
(STF), ministro Dias Toffoli, que procura atuar como algodão entre os cristais.
A nomeação do ministro da Casa Civil, general Braga Neto,
para comandar o comitê de crise que vai gerenciar o combate à epidemia foi
vista, erroneamente, como uma maneira de esvaziar a atuação de Mandetta. Não é
o caso, pois alguém tem que coordenar todo o governo, mas a “fritura” de Mandetta
pela ala mais sectária do Palácio do Planalto estava de vento em popa.
Bolsonaro não esconde seu desacordo com as medidas de “distanciamento social”
adotadas pelo Ministério da Saúde para evitar a rápida propagação do
coronavírus, mas, no final do dia, pressionado pelo ministro da Economia, Paulo
Guedes, e pelos militares que o assessoram, declarou o país em “estado de
calamidade pública”, para poder fazer gastos sem romper a “responsabilidade
fiscal”., o que ainda depende de autorização do Congresso.
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