Jair Bolsonaro insiste na narrativa de que não tem nada a
ver com as mortes causadas pela Covid-19. Vai que cola. “E daí? Lamento. Quer
que eu faça o quê?”, ele pergunta. Obrigada por ter perguntado, presidente.
Aqui vão algumas sugestões do que fazer, visto que o senhor parece meio sem
ideia.
Uma medida urgente é que você pare de brincar de roleta
russa com a vida do brasileiro. O Imperial College diz que o Brasil tem a maior
taxa de contágio do coranavírus do mundo e prevê mais de 5.000 mortes, na
próxima semana. Diferentemente do que você disse, se insistir em abrir o comércio,
quem corre risco é o povo. O único risco a que você se expõe é ser tachado de
genocida. Mas e daí?
O que eu quero, Bolsonaro? Que você peça desculpas por ter
dito que é gripezinha, histeria, fantasia. Que o vírus está indo embora, que
está superdimensionado, que brasileiro pula em esgoto e não pega nada, que todo
mundo vai morrer um dia.
O que mais eu quero? Que você pare de tentar interferir nas
investigações da Polícia Federal para proteger seus filhos, que mostre os
resultados de todos os seus exames para Covid-19, que trate jornalistas sem
parecer um cavalo, que não cumprimente as pessoas com a mão cheia de
perdigotos, que desista de estimular e de participar de atos golpistas.
Entenda, você até “manda”, mas não é dono do país.
Por fim, deixe que os governadores façam o que você não tem
feito, tentar preservar vidas. Já dizia qualquer avó: se não for para ajudar,
não atrapalhe. Aproveite e demita o incompetente do Weintraub e também o
Ricardo Salles, antes que não sobre uma árvore em pé na Amazônia. Antes que eu
me esqueça, conta pra gente, cadê o Queiroz?
Se nada disso for possível, tenho uma sugestão muito mais
simples. Renuncie. E, por favor, leve junto para o inferno os zeros à esquerda
dos seus filhos. Se Deus realmente existe, é para lá que vocês vão.
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