Jair Bolsonaro comunicou ao PL, partido a que se filiou no fim do ano passado, que seu filho Carlos Bolsonaro será o responsável pelo marketing da campanha de reeleição.
A escolha ocorreu devido ao desempenho de Carlos na campanha de 2018. A família Bolsonaro credita ao vereador o sucesso da comunicação de 2018, quando a campanha espalhou massivamente fake news para atacar adversários e foi acusada de ter feito disparos em massa de mensagens – o que é ilegal.
O anúncio feito por Bolsonaro tem preocupado a cúpula dos partidos. A avaliação no Republicanos, por exemplo, é que Bolsonaro ainda não entendeu que não está mais em 2018.
Não existe, em 2022, o mesmo clima que havia naquele ano, de ódio ao PT e negação da política, nem houve episódios que foram fundamentais naquele momento para ajudar o presidente, como a facada e, por consequência dela, a ausência de Bolsonaro nos debates eleitorais.
Partidos aliados avaliam que Bolsonaro deveria escolher uma comunicação qualificada, feita por profissionais especializados em marketing.
Apesar de tudo, Bolsonaro segue tentando apaziguar a relação da família.
Considerado o mais radical dos filhos do presidente, Carlos é suspeito de ser um dos líderes do chamado gabinete do ódio – grupo que comandaria a milícia digital que ataca adversários do presidente nas redes sociais, espalha conteúdo falso, destrói reputações e ameaça pessoas e instituições, como o STF.
Carlos também é investigado por suspeita de peculato (roubo praticado por servidor público) no Ministério Público do Rio de Janeiro, por supostamente ter comandado um esquema de devolução de salário dos servidores em seu gabinete de vereador.
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