Presidente faz a China parecer um dos países mais
compromissados com a questão ambiental
Entre todas as atrocidades já ditas e cometidas por Donald Trump,
salta aos olhos o retrocesso absoluto com o meio ambiente.
O presidente americano anuncia ao mundo, no auge de sua postura arrogante e
ditatorial, que os Estados
Unidos sairão do Acordo de
Paris, que o governo ampliará o consumo de combustíveis fósseis, que
cortará incentivos a carros elétricos.
Em uma "declaração de emergência energética",
Trump decide que vai aumentar a produção doméstica de petróleo e
gás, enquanto assina uma ordem para interromper a concessão de licenças a
projetos de energia eólica, tanto em terra quanto no mar.
O mundo assiste a maior economia do mundo
dizendo que não está nem aí para o mundo. Ao iniciar a sua cruzada rumo ao seja
lá o que for, Trump faz a China parecer
um dos países mais compromissados do planeta com a questão ambiental.
Se os chineses são donos da matriz elétrica mais suja do
globo, com 60% de suas lâmpadas acendendo todos os dias a partir da queima de
carvão mineral, ao menos já sinalizaram que querem trabalhar para mudar esse
cenário. O conceito de "civilização ecológica" foi parar na
Constituição da China, com metas e compromissos ambientais.
Enquanto Trump rasga tratados internacionais, Xi Jinping diz
que a China caminha para que o país asiático chegue à neutralidade de carbono
até 2060. É um futuro distante, mas já sinaliza um compromisso de quem comanda
o maior emissor de gases de efeito estufa do planeta desde 2007, em números
absolutos.
No caso dos Estados Unidos –que são um dos maiores emissores
per capita– o acordo chancelado por Trump é com o abismo. O presidente
americano já disse que vai desmantelar o "Green New Deal", plano que
reúne um conjunto de políticas para promover a transição dos EUA a uma economia
de baixo carbono, com incentivo ao uso de energias limpas. O clima piorou, e
muito.
De costas para o planeta, Donald Trump leva a cabo a agenda
eleitoral que o colocou de volta na Casa Branca. É fato. A maioria dos
americanos pensa como ele, quer isso mesmo. Como um menino mimado, o presidente
americano avisa a todos os amiguinhos da rua que a bola é dele. E que, se ele
quiser, fura a bola, e fim de jogo.
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