A uma plateia de empresários e investidores, Eduardo
Leite reforça sua eventual candidatura presidencial no próximo ano
Cotado como possível candidato à Presidência em 2026, o
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reafirmou na
quarta-feira (14) que deve concorrer à reeleição no Estado.
Depois de falar a uma plateia de investidores e empresários
na 2ª edição do Summit Brazil-USA, realizado pelo Valor em
Nova York, Tarcísio foi questionado se a decisão sobre candidatura ficará para
abril de 2026, mês em que teria que renunciar ao governo de São Paulo se
decidir disputar o Planalto. “Não tem [decisão]. Eu vou ficar em São Paulo.”
O governador é visto como potencial
sucessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível mas tem dito
que tentará registrar a candidatura em 2026. Sempre que questionado, Tarcísio
sinaliza apoio à candidatura de Bolsonaro, seu padrinho político.
No mesmo horário em que Tarcísio participou do evento,
Bolsonaro disse, em entrevista ao UOL, que vai “até o último segundo” com a
candidatura ao Planalto, e pediu o apoio dos governadores de direita cotados
para concorrer contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O futuro da direita em 2026 voltou ao debate público nesta
semana após o ex-presidente Michel Temer (MDB) propor, em entrevista, uma
aliança entre os governadores de direita em torno de um projeto conjunto para
2026. O grupo envolveria, além de Tarcísio, os governadores do Rio Grande do
Sul, Eduardo Leite (PSD); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); de Goiás, Ronaldo
Caiado (União); e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Na segunda-feira (12), Tarcísio foi questionado a respeito e
declarou que “não existe direita sem Bolsonaro”.
À plateia de investidores, o governador do Rio Grande do Sul
voltou a indicar sua eventual candidatura presidencial. Leite defendeu a
importância de construir um “projeto de país” e de focar no planejamento das
políticas públicas, e se colocou disponível para o que chamou de “empreitada”.
Com a filiação ao PSD na semana passada, após deixar o PSDB,
o governador tem demonstrado disposição para a corrida presidencial em 2026. “É
muito importante que a gente consiga construir um projeto de país e não apenas
ter o projeto do que será feito, mas o ‘como’ se deve fazer. [O como] é tão
importante quanto, porque se não tivermos cuidado com a forma, o mal planejado
será mal executado e frustrará expectativas.”


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