O Carnaval acabou.
Os partidos vão agora botar os blocos na rua para as
eleições de outubro, mas o cenário não anda nada bem para o governador Agnelo
Queiroz, que teve seu nome referendado pelo diretório regional do PT para
disputar a reeleição.
Com certeza, o quesito simpatia não é o forte do candidato
petista junto ao eleitorado. Seu governo preserva índices elevados de
reprovação. Esta foi um marca permanente da administração PT/PMDB, em Brasíia.
Tentaram de tudo. A secretaria de Comunicação teve três titulares, o atual foi
assessor do ex-governor Jose Roberto Arruda,
e a verba de publicidade em 2013 chegou a R$ 200 milhões. Mesmo assim a
população não mudou a forma de apreciar o GDF de Agnelo.
A sete meses das eleições, praticamente, dois, em cada três
brasilienses (61,4%), consideram o governo Agnelo/Filippelli “péssimo” ou
“ruim”. Apenas 9,9% o analisam “bom” ou “ótimo”. A situação ainda é pior dentre
o eleitorado feminino: 63,7% das mulheres rejeitam seu governo.
Isso é o que revela pesquisa realizada pela empresa Dados,
no período de 10 a 17 de fevereiro com 3.000 eleitores do Distrito Federal. A
margem de erro da pesquisa é de 1,8% e ela está depositada na Justiça
Eleitoral.
Em termos de faixa de renda, a rejeição é maior entre os que
ganham de três a quatro salários mínimos, onde 62%, em média, desaprovam a
administração PT/PMDB.
Não convidem Agnelo para passear no Riacho Fundo I. Lá,
95,1% dos moradores reprovaram o governo dele, segundo a pesquisa. Planaltina
(77,4%), São Sebastião, (70%), Ceilândia (67,2%) e Sudoeste/Octogonal (65,9%)
são as demais cidades que lideram a rejeição ao governo.
Terceiro:
Quando perguntado em quem vai votar, na modalidade voto
espontâneo (sem a apresentação de cartela com nomes de candidatos), a pesquisa
revela que Agnelo tem a metade da preferência obtida pela presidente da
República Dilma Roussef.
Em Brasília, a presidente lidera com 12,4% das intenções de
voto, enquanto Agnelo aparece em terceiro lugar com 6% dos votos. Na frente de
Agnelo, Arruda e Roriz, que poderão somar forças para o pleito.
As performances de Dilma e Agnelo revelam, contudo, que
Brasília não é mais aquele reduto do voto petista, que garantia uma fatia de
pelo menos 30% para qualquer candidato do partido de Lula.
O próprio ex-presidente parece estar perdendo seu poder de
influência sobre os rumos do GDF. Se do lado do Palácio do Planalto, a opção de
voto a Dilma Roussef cresce de 12,4% para 21,5% no caso de um apoio explicito
de Lula ao nome de Dilma, no caso de Agnelo, a variação é de 6% para 12,1%.
Reguffe lidera para o Senado com uma vatagem, pelo menos,
cinco vezes maior do que o segundo colocado, Geraldo Magela.
Quem parece ter um futuro tranqüilo nas eleições de outubro
é o deputado Reguffe, do PDT. Isso, se ele optar pelo Senado Federal.
Segundo a pesquisa, em votos espontâneos, Reguffe lidera com
3,3%. Um patamar, pelo menos, cinco vezes maior do que seu oponente mais
próximo.
Magela, do PT, é o segundo, mas aparece na pesquisa com
0,7%; seguido de Gim Argello – PTB, 0,6%; Alirio – PSDB, 0,3%; e Fraga – DEM,
0,3%.
Reguffe tem ainda a vantagem de liderar em quase todas as
regiões administrativas. Perde apenas no Itapoá e em São Sebastião, que não são
os maiores colégios eleitorais do Distrito Federal.
Na corrida ao Senado, apesar dos esforços, Magela tem os
maiores índices de rejeição.
Além disso, leva a vantagem de ter baixo nível de rejeição.
Neste quesito, Geraldo Magela, com 17,7%, é o campeão, seguido de Gim Argello,
13,4%; e Eliana Pedrosa, 10,9%.
Indecisos
Mas erra quem acha que o cenário está definido. Mais da
metade dos eleitores do DF, 55,3%, ainda não sabe em quem votar para governador
e 19,3% afirmam que votarão em branco ou anularão seus votos. Isso significa
dizer que as preferências acima se referem apenas a um em cada quatro eleitores
da capital.
Do Blog do Odir Ribeiro, com informações do Blog do ChicoSant´Anna
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