Senadora do PSL cassada por caixa 2 é condecorada por
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) condecorou com a medalha da Ordem do Rio Branco a
senadora Selma Arruda (PSL-MT). Ela recebeu a honraria nesta sexta-feira
(03/05/2019) das mãos do próprio chefe do Executivo, em cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, sede do
Ministério das Relações Exteriores (MRE).
A homenagem tem cinco graus: Grã-Cruz, Grande Oficial,
Comendador, Oficial e Cavaleiro, além de uma medalha anexa à Ordem. A
ex-senadora foi agraciada com o título de Grande Oficial, a segunda mais alta.
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Selma, menos de um mês antes de receber maior
honraria concedida pelo governo brasileiro, foi
cassada pelo Tribunal Eleitoral do Mato Grosso (TRE-MT) no dia
10 de abril por por abuso de poder econômico e caixa 2. A decisão foi unânime
(7 a 0). O processo é de autoria do terceiro colocado nas eleições de 2018, o
ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD-MT).
Selma e o primeiro suplente, Gilberto Possamai
(PSL), foram declarados inelegíveis pelos próximos oito anos. Cabe
recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Receber essa honraria é uma orgulho para mim e para todos
que foram homenageados. Também vejo como uma grande representação de Mato Grosso,
sendo a única representante do estado a receber”, comentou a senadora.
Selma Arruda exerceu o mandato por pouco mais de dois meses,
antes de ser cassada pelo TRE-MT.De acordo com a decisão, ela teria omitido da
Justiça despesas de R$ 1,2 milhão da campanha eleitoral de 2018.
Além da senadora, o vice-presidente, Hamilton
Mourão (PRTB), os filhos Flávio e Eduardo, além do escritor Olavo de Carvalho,
também foram condecorados na mesma cerimônia.
Histórico
A ex-juíza Selma Arruda ficou conhecida em Mato Grosso ao julgar ações que levaram à cadeia figuras como o ex-governador Silval Barbosa (MDB) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa do estado, José Geraldo Riva. Na época, ela ficou conhecida como “Moro de saias”, em referência ao também ex-juiz Sergio Moro pela sua atuação em casos envolvendo corrupção.
A ex-juíza Selma Arruda ficou conhecida em Mato Grosso ao julgar ações que levaram à cadeia figuras como o ex-governador Silval Barbosa (MDB) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa do estado, José Geraldo Riva. Na época, ela ficou conhecida como “Moro de saias”, em referência ao também ex-juiz Sergio Moro pela sua atuação em casos envolvendo corrupção.
Após concluir o julgamento de Silval, a então juíza se
aposentou e, na sequência, filiou-se ao PSL, de Jair Bolsonaro. Ela
contratou o publicitário Júnior Brasa que, após ser desligado da campanha,
tornou-se testemunha da acusação contra a ex-juíza. Ela teria contratado a sua
agência por R$ 1,8 milhão.
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