Netanyahu é indiciado por corrupção, fraude e abuso de
poder
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi
denunciado formalmente nesta quinta-feira (21) pelos crimes de corrupção,
fraude e abuso de poder.
A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral do Estado,
Avichai Mandelblit, após uma investigação que durou mais de dois anos. Ao todo,
Netanyahu foi incriminado em três casos. O primeiro diz respeito à suspeita de
ter recebido presentes de empresários em troca de favores.
No segundo, o premier é acusado de beneficiar o jornal
Yediot Ahronot para obter uma cobertura positiva. Já o terceiro investigou se a
companhia de telecomunicações Bezeq, dona do site Walla, fez uma cobertura
jornalística benéfica a Netanyahu em troca de favores no governo.
Nos dois primeiros, ele é acusado de fraude e abuso de
poder; no último, desses dois crimes e também de corrupção. É a primeira vez na
história de Israel que um chefe de governo no poder é denunciado formalmente por
corrupção.
Netanyahu nega ter cometido qualquer crime e diz ser vítima
de uma “caça às bruxas”. O líder conservador não é obrigado a renunciar, mas as
denúncias devem aumentar a pressão da oposição por sua saída.
Ele está no poder desde 2009, mas não conseguiu formar um
novo governo depois das eleições de abril e setembro deste ano. Como seu
principal rival, o centrista Benny Gantz, também não foi capaz de construir uma
aliança, o país deve voltar às urnas em breve.
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