A ex-deputada federal e ex-vereadora de Santos, no litoral
de São Paulo, Mariângela Duarte, morreu aos 74 anos nesta quinta-feira (21).
Ela lutava contra um câncer e faleceu em sua residência, em Santos.
Mariângela foi professora universitária e teve extenso
contato com a cultura, incluindo música, artes plásticas e história da arte. Na
política, foi membro do Diretório Municipal do PT em 1989, da executiva do
partido de 1989 a 1994, entre outras funções dentro do partido.
Foi vereadora de Santos por dois mandatos (1988-94),
deputada estadual também por duas vezes (1994-2002) e federal eleita para o
mandato em 2003. Ao fim de seu mandato, em 2007, ela se filiou ao PSB.
No âmbito educacional da região, foi fundamental para
diversas conquistas importantes. Mariângela trouxe a Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp) para Santos e foi decisiva para a instalação do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, em Cubatão, onde foi
patrona da primeira turma de formandos.
Ainda não há definição sobre velório ou local de
sepultamento.
Repercussão
Após a morte da ex-parlamentar, políticos da região se
manifestaram por meio de vídeos e prestaram homenagens. A deputada federal
Rosana Valle (PSB-SP) disse estar muito abalada com a partida de Mariângela e
relembrou sua luta pelas causas sociais na Baixada Santista.
“Ela lutou como ninguém pela educação e pelas outras boas
causas da nossa região. Mariângela foi uma das principais incentivadoras da
minha entrada na política. Lembro como ela vibrou na minha posse. Aprendi muito
com ela e com a filha dela, Ana Luisa, que hoje trabalha comigo. Todos nós
perdemos com a morte da Mariângela. Tenho certeza que o legado que ela deixou
vai estar sempre conosco, inspirando mulheres e homens que buscam a justiça social
e um mundo melhor. Mariângela, obrigada por tudo”, disse Rosana.
A vereadora de Santos Thelma de Souza (PT) destacou o amor
da amiga pela literatura, e falou, emocionada, sobre a política combativa e
representativa da ex-deputada federal.
“Ela sempre foi uma guerreira. Impulsiva, combativa. Seu amor pela literatura, ela era professora de literatura na universidade, também era algo incomum. Sempre nos citava autores de peso e com substância. Era muito fã de Adélia Prado e sempre nos lembrava de uma frase que a poeta diz em uma de suas obras: 'Mulher é desdobrável'. Eu, ela e Maria Lúcia Prandi éramos um trio de mulheres em um momento em que era difícil a presença da mulher em espaços de decisão, especialmente na política, como ainda é hoje. É por isso que eu estou aqui, para mandar um grande abraço à amiga, à família. Para reverenciá-la. Poucas são como ela”, finaliza Thelma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário