sábado, 11 de julho de 2020

PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA CAMPOS

João Perassolo, Folha de S.Paulo

SÃO PAULO Morreu nesta sexta (10), aos 67 anos, o diplomata Paulo César de Oliveira Campos, em São Paulo.

A causa da morte foi câncer de pulmão, embora ele não fumasse, segundo o jornalista Ricardo Kotscho, ex-secretário de imprensa de Lula que conviveu por dois anos com o diplomata e que o tinha como amigo.

O enterro ocorre neste sábado (11), no cemitério Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro, cidade natal do diplomata.

POC, como era conhecido, estava em tratamento no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele ocupava desde 2019 o cargo de cônsul-geral em San Francisco, na Califórnia, após servir como embaixador em Paris por quatro anos.

O diplomata, que ingressou no serviço exterior brasileiro em 1975, serviu nos Estados Unidos, Japão e Alemanha, foi cônsul-geral em Londres e embaixador na Espanha e na França.

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Ele ficou conhecido por seu trabalho como chefe de cerimonial do ex-presidente Lula, posição que ocupou por mais de seis anos.

Kotscho conta que o diplomata estava sempre de bem com a vida e era "muito engraçado", além de ser bem relacionado no mundo inteiro em função de sua extensa carreira. "Ele era como o nosso Google, em uma época em que a gente nem usava muito o Google."

“O Brasil naquela época era muito bem visto, inclusive o Lula. O POC é uma lembrança de um país feliz, de um Brasil respeitado, admirado. Essa é a lembrança que ele deixa como diplomata”, afirma Kotscho.

O Itamaraty divulgou nota de pesar, expressando solidariedade aos familiares e amigos e reconhecendo a carreira de 45 anos do servidor.

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