Ricardo Salles está por um fio no Ministério do Meio
Ambiente. Bolsonaro até gosta dele, principalmente de suas bravatas ideológicas.
Mas, nesta semana, ele cutucou onça com vara curta. Ao saber pelo general Braga
Netto (Casa Civil) que Guedes havia bloqueado R$ 60 milhões das verbas de seu
ministério para o combate ao desmatamento e aos incêndios na Amazônia e no
Pantanal, Salles foi para a imprensa e anunciou que iria suspender todas as
ações contra a destruição do meio ambiente. Ameaçou paralisar o trabalho de
centenas de brigadistas do Ibama que ainda restaram. Mais um descalabro
bolsonarista se avizinhava, quando entrou em cena o general Hamilton Mourão.
Ele conseguiu desbloquear o dinheiro e ainda deu um pito em Salles:
“precipitou-se”, bateu o general.
Estrago
Ao saber que Mourão liberou o dinheiro, Salles divulgou uma
nota voltando atrás, mas o estrago já estava feito. Ele ficou mal com os
generais Mourão e Braga Netto, além de Guedes. Os generais entenderam que antes
de Salles sair atirando contra medidas do próprio governo ele deveria ter
conversado com o presidente. Salles deu um tiro no pé.
Inábil
Faltou a Salles habilidade para contornar a crise. Que o
governo não toma medidas efetivas para salvar a Amazônia já se sabe há muito
tempo. Afinal, a destruição de suas florestas cresce a olhos vistos. De agosto
de 2019 a julho deste ano, o desmatamento aumentou 34%, segundo o Inpe.
Inexplicável por que Salles ainda se mantém no cargo.
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