‘Não há futuro com Trump’, diz Jeffrey Sachs
“A desigualdade é uma das razões pelas quais não
funcionamos direito como país. É por isso que temos que voltar a uma maior
normalidade na política”, diz Jeffrey Sachs
SÃO PAULO – “Vigarista”, “irresponsável”, “trapaceiro”,
“desequilibrado mental”, “fraudulento”, “mentiroso”, “despreparado”. Quase não
faltam adjetivos no vocabulário do economista Jeffrey Sachs, Ph.D. em Harvard,
para dedicar ao presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump.
Diretor do Centro para o Desenvolvimento Sustentável na Universidade Columbia,
Sachs considera difícil pensar em qualquer futuro para o planeta, antes que o
presidente americano deixe o poder.
Conselheiro de Bernie Sanders, que disputou a indicação à
Presidência pelo Partido Democrata, Sachs, de 65 anos, atribui a classificação
de extremista do senador ao exagero dos meios de comunicação que apoiam Trump,
“que querem meter medo nas pessoas, divulgam mentiras e incitam o ódio”.
Para o economista, consultor-sênior desde 2001 do
secretariado-geral da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável, as eleições de novembro são cruciais porque “os Estados Unidos são
um país muito importante e também muito perigoso, em termos dos efeitos para o
resto do mundo”.
O fracasso no combate à pandemia, tanto nos Estados Unidos
quanto no Brasil se deve, segundo Sachs, à desigualdade: “Temos várias
subnações e, quando um líder é divisionista, joga um grupo contra outro”.
Na entrevista a seguir, o economista que já foi qualificado
como um dos três mais influentes do mundo pela revista “The Economist”, autor
de livros como “O Fim da Pobreza” e “A Era do Desenvolvimento Sustentável”,
traça outros paralelos entre os Estados Unidos e o Brasil.
Valor: O senhor imagina que o mundo possa ter alguma
mudança depois da pandemia?
Jeffrey Sachs: Pode, porque há mais gente
decente do que vigaristas neste mundo. Assim, Trump, por exemplo, que é uma
pessoa absolutamente horrível e tem um comportamento horroroso, mentiroso, um
trapaceiro, uma fraude, tem o apoio de um terço do eleitorado americano. Isso é
muito triste. É gente muito ingênua. E Trump tenta apelar para o ódio deles.
Especialmente contra os negros. Mas ele não tem a maioria o apoiando. Por outro
lado, ele é um tipo traiçoeiro, que se envolve em fraudes e trapaças. Não é
fácil tirá-lo do poder. Vamos ter uma grande eleição dentro de pouco tempo, em
novembro. Muito crítica, crucial. Muitos já disseram nos últimos dias, e é
importante pensar nisso, que a democracia nos Estados Unidos está em risco.
Valor: É possível imaginar um futuro antes de passar pela
eleição de novembro?
Sachs: É difícil imaginar ir para frente com esse homem
ainda na Casa Branca. Porque é uma posição muito poderosa. Provavelmente mais
ainda do que no Brasil. Trump governa por decretos. Eu não sei em quantos
lugares na nossa legislação há essa regra que permite essas medidas de
emergência. É um tipo de ditadura entre eleições. Porque Trump assina seguidas
“executive orders” [equivalentes a decretos], que não submete ao Congresso.
Isso é realmente chocante: tanto poder concentrado num homem só. É como se os
Estados Unidos fossem um império, e o poder imperial fosse para uma só pessoa.
Valor: Isso é uma brecha na Constituição americana?
Sachs: Se eu fosse reescrever a nossa Constituição, iria
para o parlamentarismo. Não para o presidencialismo. Porque um
primeiro-ministro, como Trump ou Bolsonaro, já teria sido afastado por voto de
desconfiança do Parlamento há muito tempo. Como presidentes, eles têm mais
poderes. Mas acho que Trump tem mais poder do que Bolsonaro. Porque Bolsonaro
ainda tem que ir ao Congresso algumas vezes. Enquanto Trump só assina
“executive orders”. É um sistema terrível. Presidencialismo é um sistema ruim
de início.
Valor: A desigualdade social é uma semelhança entre os
dois países. O número de óbitos em relação à população na pandemia também é bem
próximo. O senhor relaciona um fato ao outro?
Sachs: Sim, uma das principais razões pelas quais Brasil e
Estados Unidos foram tão horrivelmente no combate à pandemia foi que os dois
países são muito desiguais. Brasil, um dos mais desiguais no mundo, e Estados
Unidos, o mais desigual entre os países ricos. Há tantas subnações diferentes
dentro dos Estados Unidos e no Brasil. Quando tem um homem de ódio no poder,
isso cria maiores divisões entre os grupos. A desigualdade é uma das razões
pelas quais não funcionamos direito como país. É por isso que temos que voltar
a uma maior normalidade na política. Com uma sociedade menos desigual, nossa
sociedade vai funcionar melhor e as divisões poderão ser reduzidas.
Valor: A troca de gerações pode ajudar?
Sachs: Há uma promissora mudança geracional, pelo menos nos
Estados Unidos. Os mais jovens tendem a ser menos racistas, mais tolerantes,
mais comprometidos com a responsabilidade social do que as pessoas mais velhas.
A maior base política de Trump é de pessoas brancas mais velhas que sentam
diante da televisão e assistem à Fox News contando mentiras para elas. Quando tivemos
os protestos neste verão, tivemos jovens brancos ao lado de jovens negros
protestando contra o racismo da polícia. Eles protestaram juntos. A mudança
geracional pode ser um fator impulsionador, porque os jovens já cresceram numa
sociedade multirracial. Isso pode ser de grande ajuda.
Valor: Essa fragmentação de reivindicações, por gênero,
raça, sexo, que foi importante para a derrota da ex-senadora Hillary Clinton em
2016, pode atrapalhar os planos dos democratas?
Sachs: Não acho que essa divisão pode ser um problema. A
oposição vai ficar unida. Trump não vai conseguir puxar esse eleitorado para
seu lado. A grande questão nos Estados Unidos é se essas pessoas vão votar.
Muitos dos que não gostam de Trump não acreditam que a eleição possa mudar
alguma coisa. Além disso, o governo Trump está tentando impedir os votos de
muitos eleitores. Está procurando ativamente afastar muitos eleitores,
bloqueando os votos pelo correio. Está tentando trapacear para ficar no poder.
Valor: Até agora, a pandemia não parece ter favorecido
grandes mudanças no sistema econômico…
Sachs: Na verdade, esta pandemia piorou a acumulação de
riquezas e renda dramaticamente, especialmente porque as pessoas que trabalham
nas lojas, nas ruas, perderam seus empregos. As pessoas que têm seus negócios
on-line viram sua riqueza aumentar. Então os ricos ficaram mais ricos. Os
pobres ficaram mais pobres. Jeff Bezos, dono da Amazon, só neste ano aumentou
sua fortuna em US$ 8 bilhões. Só uma pessoa, só neste ano, nesta crise. Total
da sua fortuna hoje é em torno de US$ 190 bilhões. Ninguém ouviu dele nenhuma
palavra sobre o que pretende fazer com esse dinheiro. Falou-se que ele podia ir
para Marte, porque não presta muita atenção sobre o que acontece com as pobres
pessoas aqui na Terra.
Valor: Esperava-se uma mudança de consciência maior em
relação ao ser humano?
Sachs: Essa é uma grande a questão – até agora, a crise
piorou as coisas -, se as pessoas vão se conscientizar que num mundo de riqueza
não há necessidade de haver tanto sofrimento. Mas as pessoas que possuem as
riquezas precisam compartilhá-las. Essa é a questão básica que vai ser o eixo
da luta política mais para frente. Tenho certeza de que estaremos no meio desse
debate nos próximos anos, num profundo debate, possivelmente até numa disputa
política.
Valor: O senhor acha que a lógica do mercado financeiro,
concentrado em poucas pessoas e instituições, esteja para mudar?
Sachs: Os mundos das finanças e da alta tecnologia não vão
mudar por eles mesmos. Eu conheço Wall Street porque vivo em Nova York e
conheço os principais líderes de Wall Street. Não pensam sobre a sociedade.
Pensam na riqueza deles. Isso não vai mudar em qualquer momento próximo. A
indústria “high-tech” da Califórnia é o que chamamos politicamente de
“libertarians”, o que no Brasil se chama neoliberal. Eles agem como se
dissessem “É nosso dinheiro, venha pegar, fazemos o que queremos com ele”. A
reforma não virá de dentro. Virá quando as pessoas e a sociedade chegarem à
conclusão de que essa não é uma boa maneira de se organizar a sociedade. Para
poucas pessoas acumularem centenas de bilhões de dólares de riqueza e dezenas
de milhões de pessoas no mundo não ficarem com qualquer dinheiro ou ainda estar
devendo. Mas é o que temos atualmente nos EUA, o mesmo é verdade no Brasil.
Valor: Por que os presidentes dos Estados Unidos e do
Brasil mantêm bases fiéis de apoio?
Sachs: Essa é realmente uma realidade muito intricada. Temos
nos Estados Unidos e no Brasil presidentes com problemas mentais,
irresponsáveis, que têm algum apoio entre as pessoas que precisam de ajuda, os
mais pobres. Trump de alguma maneira tem algum apoio em trabalhadores que
sofrem muito. Eu não entendo direito a mentalidade dessas pessoas. Pode ser
porque Trump é racista, se os apoiadores dele são brancos, pobres,
trabalhadores de classe média. Isso explicaria o ódio contra os
afro-americanos. Se são evangélicos, os pastores dizem: “Deem 10% dos seus
salários, e Jesus vai salvá-lo”. E eles dizem que Trump vai defender Jesus. É
inacreditável. É um tipo de fraude. É muito triste. Difícil entender essa
mentalidade. Mas é verdade. Ao mesmo tempo, é uma minoria da população. Assim,
se a maioria que pensa que Trump é horrível e for votar, usar seu poder
politicamente e a democracia for defendida, então a gente pode estar logo numa
situação diferente.
Valor: Mas não vão resolver todos os problemas de uma
hora para outra…
Sachs: Claro que, se Trump perder, há grandes interesses
financeiros poderosos que apoiam a outra parte. Ainda haverá muita disputa, mas
não será tão louca como atualmente. Porque Trump é o pior presidente que já
tivemos. Provavelmente Bolsonaro é um dos piores da história do Brasil. Mas é
bem interessante, porque no Brasil parece que as pessoas não ligam Bolsonaro
com a epidemia, mesmo que ele tenha assumido tanta responsabilidade por todas
as mortes. Mas as pessoas continuam apoiando mesmo assim, ignorando tantas
mentiras. Isso é nossa experiência também com Trump. Por isso é um problema tão
intrigante, quando as pessoas não se dão conta de seus interesses muito
claramente. [Procurado pela reportagem, o Planalto não comentou as
declarações.]
Valor: No Brasil também há uma grande base de evangélicos
em apoio a Bolsonaro. Como essa parcela da sociedade agiu durante a pandemia
nos Estados Unidos?
Sachs: Temos experiência com os evangélicos brancos aqui nos
Estados Unidos. Os pastores disseram em suas igrejas: “Não usem máscaras,
venham para os cultos, não façam distanciamento social”. Depois que os fiéis
compareceram aos cultos e ficaram doentes, os pastores continuaram rindo
daqueles que usam máscaras, dizendo que eram esquerdistas. É uma mentalidade
muito louca e realmente antissocial. Na verdade é o oposto de Jesus, não tem
nada a ver com cristianismo. É só um tipo de corrupção. É atordoante.
Valor: Nessas eleições ouvimos falar muito do crescimento
dos socialistas como Bernie Sanders e Alexandria Ocasio-Lopez, a mais jovem
deputada da história, eleita com 29 anos. Que tipo de socialismo estão propondo
para os EUA?
Sachs: Conheço muito bem esse assunto, porque fui
conselheiro do senador Bernie Sanders. É o socialismo do tipo que existe nas
sociais-democracias dos países do norte europeu, como Dinamarca, Suécia,
Noruega, Finlândia e Islândia. Esses são os modelos para os Estados Unidos.
Naqueles países, a ideia é que todas as pessoas na sociedade devem ter
assistência de saúde, educação de qualidade, trabalhos decentes, direito a
férias. Em outras palavras, todas as coisas boas da vida, básicas, devem ser
para todos. Não importa que sua diferença de riqueza vá influenciar na escola
que você vai frequentar, a assistência de saúde que vai receber, porque isso
são direitos humanos, não algo que a riqueza de cada um deva influenciar. São
coisas que os países do norte europeu proveem a seus cidadãos. E isso pode
funcionar de forma muito eficiente em economias de mercado. São países de alto
nível de vida e muito eficientes como economia. Já nos Estados Unidos não temos
nem sequer o básico. Em família com crianças, uma entre cinco dessas famílias
tem fome atualmente – e isso aqui, um dos países mais ricos do mundo. Temos
muita riqueza, mas se uma pessoa tem bilhões de dólares e dezenas de milhões
não tem nada, a gente acaba numa sociedade perversa. Isso é o que Bernie
Sanders defende.
Valor: Bernie Sanders, porém, é descrito como um radical
socialista.
Sachs: Claro que a mídia corporativa tenta caracterizá-lo
como extremista. Não é extremista. Mas a mídia corporativa também está cheia de
propaganda. Se você diz que todos devem ter assistência médica nos Estados
Unidos, você é chamado, por essa mídia, de comunista. Se você diz que todos
devem ter educação de qualidade, é chamado de extremo-socialista. É um jogo
para assustar as pessoas. E é basicamente o que acontece neste país.
Valor: O que chama de mídia corporativa?
Sachs: A pior pessoa na mídia nos países de língua inglesa é
Rupert Murdoch, magnata australiano. Nos Estados Unidos, ele é proprietário do
“Wall Street Journal” e da Fox News. E tem também tabloides no Reino Unido e na
Austrália. Ele é uma pessoa repugnante. É uma força muito, muito destrutiva,
nos países de língua inglesa. Controla muitos meios de comunicação, que enchem
os leitores de mentiras diariamente. Eu sei porque eu leio o “Wall Street
Journal” diariamente, tenho que ler para meu trabalho. As páginas de opinião
são muito repulsivas, pelas mentiras que contam. Mas isso é como as coisas
estão funcionando hoje em dia. Os seguidores do Trump assistem às notícias da
Fox News. Ele capturou aquelas pessoas brancas, mais velhas, evangélicas, que
recebem essas notícias cheias de ódio, na estação que pertence a Rupert
Murdoch. Essa é uma parte importante de sua base política. É um fenômeno
impressionante. É uma coisa tão perversa, que o filho de Murdoch, James,
demitiu-se da cadeia de comunicação do pai, tão contrariado que estava. Deixou
o comando das empresas recentemente porque considera que seu pai não faz nada
além de divulgar propaganda de mentiras e ódio, só para ganhar dinheiro. [Até o
fechamento desta edição, a Newscorp não havia se manifestado.]
Valor: Qual será o futuro se Trump ganhar, por exemplo,
as eleições?
Sachs: O futuro é o seguinte. Primeiro a gente se livra do
Trump. Porque até que ele esteja fora do poder político, vamos estar numa
situação maluca. Teremos uma eleição em novembro. É extremamente importante que
Trump seja derrotado por Joe Biden e pela senadora Kamala Harris [candidatos a
presidente e vice pelo Partido Democrata]. Se ele for derrotado, o que acho que
há uma grande chance que ocorra, isso pode iniciar um processo para que
tenhamos um país mais normal de novo. Onde possamos não mais ficar ouvindo
mentiras e mensagens de ódio do presidente todo dia. Depois disso, a gente vai
ter muitos desafios nos Estados Unidos: recorde de desigualdade, pandemia,
economia baseada no petróleo em vez de energia renovável, mudança climática –
muitos problemas. Mas não podemos resolver esses problemas com mentiras e ódio
na Casa Branca. Primeiro estamos numa crise política. Segundo, numa crise
moral. Precisamos entender que a ética do egoísmo e da ganância deixou os EUA
de joelhos. Precisamos de um princípio ético diferente, de uma sociedade mais
partilhada, em que o bem comum seja defendido. Se a gente resolver o problema
político e abordar a questão da crise moral, há soluções práticas que são muito
razoáveis: para sistema de energia mais sustentável; gastos na cobertura da
assistência médica; a taxação dos mais ricos. São medidas práticas que podemos
tomar se tivermos oportunidade para isso. É realmente uma luta, primeiro
política e depois ética.
Valor: O senhor vai estar envolvido num governo
democrata, se vitorioso?
Sachs: Não vou estar dentro do governo. Certamente estarei
presente com sugestões, ideias e discussões o tempo inteiro. Trabalho tanto com
tantos governos ao redor do mundo e quero contribuir para uma solução global,
não a de um só país. Mas quero que os Estados Unidos fiquem melhor. São o meu
país, onde moro com minha mulher, onde estão meus filhos. É muito importante e
também um país perigoso, em termos dos efeitos para o resto do mundo. Se temos
um líder ruim, como Donald Trump, ele cria um grande sofrimento em outras
partes do mundo. Gostaria que os Estados Unidos parassem de criar tantos danos
em outros países.
Valor: O senhor faz uma campanha desde 2005 para que os
países ricos doem parte do seu Produto Interno Bruto aos países pobres. O que
aconteceu desde lá?
Sachs: Venho implorando há anos aos países ricos por uma
pequena parcela de sua riqueza para os pobres e famintos. Infelizmente, os
países ricos, especialmente, têm ficado cada vez mais e mais gananciosos. Mais
corruptos, mais egoístas. Os Estados Unidos, atualmente, repartem menos do que
há dez anos. Se é que doa realmente alguma coisa. Trump teve como lema “America
First”. Mas isso significa realmente Trump em primeiro lugar. Ele é tão
nojento, vulgar e corrupto, que não liga o mínimo para o resto do mundo. É
interessante que uma das ligações entre Trump e Bolsonaro, o empresário e
estrategista político Steve Bannon, foi preso por fraude, porque estava
levantando recursos e roubando o dinheiro. Esse é o tipo de gente que estamos
lidando: vigaristas, vagabundos, gente suja. Um ser humano pode implorar ajuda,
mas vão simplesmente rir na cara deles.
Valor: Qual era a percentagem do PIB dos ricos que o
senhor pedia?
Sachs: Apenas 0,1% do PIB dos países ricos seria suficiente
para garantir saúde básica para todas as crianças pobres do mundo, já
asseguraria que todas fossem para a escola básica. Um pouco mais, 0,7%, seria
suficiente para atingir todas as Metas de Desenvolvimento do Milênio daquele
tempo. E agora seria o suficiente para alcançar as Metas Sustentáveis do
Milênio. Mas posso garantir, porque tenho feito isso por um longo tempo, que
implorar por uma fração de 1% da renda de países que são mais ricos do que o
imaginável é tremendamente difícil. Porque a política está nas mãos dos mais
egoístas oligarcas, e tudo que eles fazem é se preocupar com eles mesmos. Eles
são egoístas e corruptos. E isso é uma combinação muito ruim.
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