O capitão desqualificado louvar e bater palmas para a tortura e torturadores não me surpreende. Por ofício, conheço os passos do genocida desde quase sempre. Só não conhecia o gosto dele pela zoofilia, praticada na adolescência.
Mas, retomando o rumo da prosa, tentar minimizar a tortura é de uma escrotidão sem fim. A pitada de maior sordidez é a maneira como a coisa é feita. Na frente de uma plateia de abestados, filtrada pela segurança que o protege de embates diretos, disse querer provas de que a ex-presidente Dilma foi torturada. É um traço do caráter covarde que carrega. Não enfrenta nada. Quando confrontado com homens, recua, coloca o galho dentro, busca uma rota de fuga. Armado pelo Estado, treinado e atleta, foi assaltado no Rio de Janeiro, entregou tudo, a arma e uma moto. Não agiu como um cidadão de bem, que, segundo ele próprio, reagiria e cancelaria o CPF do bandido.
Fazer chacota com tortura é seguramente coisa de desequilibrado, mas o capitão não liga pra isso, gargalha expondo toda a indignidade de uma alma que não possui. Um desalmado. O alvo, como sempre, é uma mulher. Uma senhora – não mais aquela jovem barbaramente machucada por gorilas a serviço de uma ditadura cruel, sanguinária, desumana. Dilma tinha apenas 22 anos quando foi presa e levada para as masmorras.
Até hoje, o tipo enaltece figuras abjetas como o coronel e torturador Brilhante Ustra. Mas continua combatendo apenas as mulheres, como fez com a deputada petista Maria do Rosário. Para quem não se lembra, esse sujeito, para o qual não cabem mais adjetivos publicáveis, disse que a deputada não merecia ser estuprada por ser feia.
Definitivamente, é covarde. Não enfrenta um homem, a não ser quando está cercado de seguranças armados. Então, nada do que ele faz traz qualquer marco civilizatório. Mas é, acima de tudo, nefasto. E carrega com ele a família, milicianos, escrotos e outras figuras desumanas, tão nefastas quanto ele. Este país jogou pedra no santo do futuro.
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