quarta-feira, 15 de maio de 2024

MORRE WASHINGTON OLIVEIRA, O APOLINHO

Redação do ge — Rio de Janeiro

Morre o Apolinho Washington Rodrigues, jornalista e ex-técnico do Flamengo

Apaixonado pelo Rubro-Negro, Apolinho, que foi treinador do clube em 1995, tinha 87 anos

Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu nesta quarta-feira, aos 87 anos. Além de consagrado jornalista que marcou gerações com seus comentários nas rádios Globo e Tupi, Washington era um apaixonado pelo Flamengo. Em 1995, a convite do então presidente Kleber Leite, assumiu a tarefa de treinar o Rubro-Negro.

Apolinho morreu durante a partida entre Flamengo e Bolívar, nesta quarta-feira, pela Libertadores.

Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu nesta quarta-feira, aos 87 anos. Além de consagrado jornalista que marcou gerações com seus comentários nas rádios Globo e Tupi, Washington era um apaixonado pelo Flamengo. Em 1995, a convite do então presidente Kleber Leite, assumiu a tarefa de treinar o Rubro-Negro.

Apolinho morreu durante a partida entre Flamengo e Bolívar, nesta quarta-feira, pela Libertadores.

Criador de diversos bordões com uma linguagem popular que conquistou ouvintes no rádio carioca ao longo de décadas, o comentarista Washington Rodrigues fez dupla marcante com o narrador José Carlos Araújo, o Garotinho, na Rádio Globo.

Ele também ficou marcado por uma "previsão" feita durante a transmissão da Super Rádio Tupi da final do Campeonato Carioca de 2001, em 27 de maio daquele ano. Antes de Petkovic cobrar a falta e marcar o golaço que garantiu o tricampeonato do Flamengo sobre o Vasco, Apolinho afirmou:

- E acaba de chegar São Judas Tadeu.

A aventura no comando do Flamengo é a passagem mais marcante de Washington Rodrigues longe do jornalismo. Ele contou ao UOL em 2015 como virou treinador:

- Estava jantando com o Vanderlei Luxemburgo, e o Kleber Leite me convidou para encontrá-lo em um restaurante. Imaginei que queria conselhos sobre o momento do time e fui preparado para sugerir a contratação do Telê Santana. Ninguém queria pegar o Flamengo. O papo varou a madrugada. Até que por volta das 3h30 havia um prato virado na mesa e sem uso.

- O Kleber me disse que tinha um nome e pediu para que virasse o prato. Quando vi que era o meu tomei um susto e perguntei se ele estava brincando. Pensei rápido e aceitei, já que o Flamengo é uma convocação. Foi uma correria. Tinha que me desligar da rádio, TV, jornal. Tudo para evitar conflito.

Foram 26 partidas, 11 vitórias, oito empates e sete derrotas. O time do Ataque dos Sonhos de Sávio, Romário e Edmundo não reagiu no Campeonato Brasileiro e terminou no 21º lugar. Na Supercopa dos Campeões da Libertadores, entretanto, a campanha foi boa. O Flamengo venceu sete dos oito jogos disputados, mas acabou derrotado na decisão em duas partidas com o Independiente.

Além da aventura à frente do Flamengo em 1995, Washington, novamente "convocado" por Kleber Leite, voltou ao clube três anos depois para assumir o cargo de diretor de futebol.

Washington Carlos Nunes Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro em, no dia 1º de setembro de 1936. Desde cedo, virou um amante do futebol e sempre se orgulhou em dizer que organizava saídas da escola para frequentar o Maracanã. Foi bancário na juventude.

O apelido Apolinho foi dado para o seu microfone pelo locutor Celso Garcia, em alusão aos equipamentos usados pelos astronautas da missão à Lua Apollo 11. Não demorou para virar a sua marca.

Apolinho trabalhava na Super Rádio Tupi. No último mês de fevereiro, o Show do Apolinho completou 25 anos.

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