quinta-feira, 20 de março de 2008

CPI DO CEMITÉRIO

Brasil, o país da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga - ou deixa de investigar - desde privatizações de multinacionais até a compra de uma tapioca, acaba de aprovar mais uma, a CPI do Cemitério. Em Brasília a Câmara Legislativa Distrital quer apurar as privatizações dos cemitérios da capital do país. O deputado distrital José Antonio Reguffe (PDT) decidiu protocolar o pedido de instalação da CPI em novembro de 2007, mas só agora será instalada.

A CPI do Cemitério irá investigar um único consorcio de empresas (Contil - dona da Campo da Esperança Ltda), as acusações são de revenda de túmulos, desaparecimento de ossadas e sepultamento que é de deixar qualquer um morto; o mais barato não sai por menos de R$ 2 mil. Para aqueles que não podem pagar esse valor exorbitante, resta uma única alternativa, os cemitérios das cidades vizinhas.

Em 2002 os cemitérios que eram administrados pelo governo do distrito federal, foram privatizados pelo governador Joaquim Roriz (PMDB). A empresa que administra os cemitérios do Distrito Federal também é responsável pelo crematório que fica em Valparaiso, município do entorno. Mas segundo informações, a Contil também administra cemitérios em São Paulo, Ceará e Amazonas.

É fato que as CPIs no Brasil não chegam a lugar algum, mas esclarecer algum ponto obscuro que há nas licitações do consórcio dos cemitérios é fundamental. É preciso que haja pelo menos respeito aqueles os corpos daqueles que descansam eternamente.
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