sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A POLÍTICA DA GASTANÇA

Por Silas Colombo, da Veja São Paulo
Quem chega ao saguão de entrada do Palácio Anchieta, no centro, dá de frente para dois televisores que transmitem a agenda do dia, a previsão do tempo e dicas de saúde. As imagens também são vistas em outros 245 aparelhos e mais 31 projetores e telões espalhados nos corredores dos doze andares e em todos os 55 gabinetes do prédio. O parque multimídia deve ganhar um reforço nesta semana com a chegada de 22 aparelhos de 55 e 70 polegadas com tecnologia LED, encomendados em janeirostança ao custo de cerca de 50 000 reais. Às vésperas da Copa do Mundo, muitos funcionários do local já comemoram a chance de ver o escrete nacional em alta definição. Os vereadores parecem mais indiferentes ao negócio. “Nos jogos importantes, duvido que alguém fique por aqui”, afirma um deles, com a condição de permanecer no anonimato.
Com as novas aquisições, o prédio terá um total de 300 equipamentos do tipo, o que dá uma média de cinco por parlamentar. O Congresso Nacional, que está longe de ser um modelo de austeridade, possui 827 televisores para 594 políticos (aproximadamente um per capita). “Não tem onde pôr mais TV aqui”, critica o vereador José Police Neto (PSD), que comandou a Casa entre 2011 e 2012, quando afirma ter trocado todos os monitores por modelos “modernos e finos”. Procurado por VEJA SÃO PAULO, o atual presidente, José Américo (PT), não quis dar entrevista sobre o assunto. Por meio de nota, negou que os aparelhos tenham sido adquiridos para o Mundial. Segundo o comunicado, o novo lote teria sido comprado para substituir modelos antigos e melhorar a visualização das sessões no plenário.
A Câmara Municipal de São Paulo tem o maior orçamento entre as casas legislativas municipais. Seus gastos aumentaram 150% nos últimos dez anos. Para 2014, o orçamento previsto é de 538 milhões de reais, mais que o de uma cidade como Presidente Prudente, de 220 000 habitantes. Dá um gasto de 10 milhões por vereador — no Rio, a média é de 8 milhões de reais. Os salários de funcionários e parlamentares por aqui representam quase 40% do orçamento. Despesas de manutenção e compra de materiais consomem o restante do dinheiro.
A compra de TVs é apenas o item mais recente de uma série de contratos polêmicos. Em 2011, por exemplo, uma equipe de onze programadores concursados começou a desenvolver um software para dar suporte às bases de dados e plataformas digitais do Legislativo. Antes de terminarem a tarefa, foram atropelados por uma mudança de planos. No meio do ano passado, um sistema pronto para a mesma finalidade foi comprado por 57 milhões de reais pela presidência. E o que fazem hoje aqueles especialistas? Limitam-se a trabalhos burocráticos, como a digitação de processos.
Decisões como essa são tomadas em reuniões veiculadas na internet em vídeos, que, até novembro, eram gravados pelas próprias câmeras do circuito interno. Após reclamações sobre a qualidade da imagem e enquadramentos que não favoreciam os políticos, dezoito câmeras de alta definição foram adquiridas em outubro por 1,2 milhão de reais. “O alto custo é justificado pela qualidade dos equipamentos, mas a necessidade de comprá-los deve ser questionada”, critica Police Neto.
A fachada de vidro do prédio, com quase 244 metros quadrados, ganhou revestimento à prova de bala. Realizada no mês passado, a reforma foi feita em caráter emergencial, ou seja, sem licitação, após quatro tiros terem sido disparados contra o edifício em julho. Pelos serviços, 1,5 milhão de reais foram pagos à Blindaço Blindagem Arquitetônica. Sem se identificar, a reportagem de VEJA SÃO PAULO cotou o mesmo trabalho na empresa e em outras duas concorrentes. Os orçamentos variaram de 750 000 a 900 000 reais (o da Blindaço). Segundo a companhia, a diferença no preço pago pela Câmara deveu-se à urgência da operação na época. “Tivemos de deslocar uma equipe extra para terminar tudo em cinco meses”, justifica Carlos Serrat, diretor comercial da Blindaço.
Até o leite oferecido na Câmara tem gosto suspeito. Cada um dos 21 800 litros do produto integral e desnatado consumidos anualmente por lá sai por 3,57 reais. É o dobro do preço atual no comércio varejista da cidade, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea). Em nota, a presidência da Câmara afirmou que o preço era de 3,78 reais em junho do ano passado, quando o contrato foi fechado, segundo uma pesquisa feita pela equipe responsável por essa licitação. O Cepea tem um dado bem diferente. De acordo com os seus técnicos, o valor médio do leite era, na verdade, de 1,79 real no período.
Mesmo com todo o amparo orçamentário, cada vereador ainda consome 135 000 reais por mês para pagar dezoito assessores e bancar os gastos do gabinete. Desde que voltaram às atividades, no começo do mês, os políticos analisaram catorze projetos, boa parte deles sem a menor relevância, e se reuniram nove vezes. O ritmo é lento e ainda deve piorar com a parada no Carnaval. Depois, ainda tem a Páscoa — e, claro, a Copa.
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INFORMAÇÃO E CONSCIÊNCIA

Do site de Marina Silva, artigo publicado na Folha de S.Paulo 
Fiquei contente, no ano passado, quando soube que uma brasileira residente no Canadá desenvolveu um aparelho para identificar substâncias alergênicas e agrotóxicas nos alimentos que consumimos. É bom saber que tais informações, hoje obtidas por especialistas em laboratórios sofisticados, podem estar à disposição de todos por meio de um instrumento de fácil manejo.
Não tenho uma visão salvacionista da tecnologia, mas acho que pode ser um instrumento para democratizar a informação e ajudar nas decisões da sociedade. Em nosso país temos o exemplo estarrecedor da desinformação sobre agrotóxicos. Há estimativas de que cada brasileiro consome, em média, 5,3 litros de substâncias que podem contaminar o leite materno, causar distúrbios hormonais, câncer de mama e de próstata, entre outros males.
É evidente que há controle econômico das informações. Afinal, a venda de agrotóxicos alcançou, em 2010, US$ 7,3 bilhões. O Brasil é campeão, consome 20% do agrotóxico produzido no mundo. É o paraíso dos grandes laboratórios, que aqui vendem vários produtos proibidos na Europa e EUA.
A liberação e fiscalização está a cargo do Ministério da Agricultura, Anvisa e Ibama, mas sofre restrições políticas e pressões econômicas. As decisões são tomadas longe da sociedade. Por exemplo, Anvisa e Ibama perderam em 2013 a competência legal de declarar emergência fitossanitária com um decreto presidencial (regulamentando uma lei oriunda de Media Provisória). Três dias depois da publicação do decreto, foi declarada uma emergência e dada autorização para importar toneladas de veneno produzido por um grande laboratório.
A bancada ruralista, em acordo com o governo, quer criar um órgão nos moldes da CTNBio para analisar a liberação de novos agrotóxicos.
As batalhas são nos bastidores. De um lado está a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), que congrega os fabricantes). Do outro, estão Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Fundação Oswaldo Cruz e Instituto Nacional do Câncer, que fazem pesquisas com alertas preocupantes sobre os efeitos dos agrotóxicos no organismo humano.
A contradição é evidente. A sociedade cria mecanismos de transparência e controle democrático, ampliados pela tecnologia muitas vezes desenvolvida de forma colaborativa. Os governos tomam posição oposta, defendendo acentuadamente os interesses da oferta.
Consciência, compromisso com a qualidade de vida e o ambiente saudável, inovações tecnológicas que dão poder aos cidadãos, essas são as condições para que todos possam influir nas decisões públicas, para dar a palavra à demanda por mais respeito à vida.
Se não defendemos nossa saúde, quem o fará?
Marina Silva, ex-senadora, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e candidata ao Planalto em 2010. Escreve às sextas na Folha de S.Paulo.
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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

QUAL VAQUINHA DEU MAIS DINHEIRO ?

Charge do Dalcio Machado, via Correio Popular
Os petistas são bons em muitas coisas, a mais recente prova dessa força foi a avalanche de dinheiro arrecadado em pouco tempo para o pagamento da multa que os mensaleiros receberam do STF.  
Para Cada petista condenado no processo do mensalão, parentes e amigos criaram um site para arrecadação, uma espécie de "vaquinha" virtual. E não é que o resultado surpreendeu a maioria dos brasileiros! Menos os companheiros petistas que acreditam em muitas coisas: entre elas, na capacidade da militância em arrecadar dinheiro com tanta facilidade em pouco menos de 20 dias.
A militância também acredita na inocência dos condenados José Dirceu, Delúbio Soares, João Paulo Cunha e José Genuíno. O companheirismo é tanto que, Dirceu precisava apenas de R$ 700 mil reais para pagar a multa, mas a generosidade dos companheiros não têm limite e o site Amigos do Zé Dirceu arrecadou em poucos dias mais de R$ 1 milhão. O excedente foi para a "vaquinha" de João Paulo Cunha.
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AS PEGADAS DE MATARAZZO

Por Pedro Marcondes de Moura, ISTOÉ
Os escândalos envolvendo as sucessivas gestões do PSDB à frente do Estado de São Paulo chegaram à antessala da cúpula tucana. Na última semana, após acatar a denúncia de corrupção do Ministério Público Federal em estatais de energia durante o governo de Mário Covas, o juiz federal Marcelo Cavali autorizou também a abertura de um novo inquérito para investigar o vereador tucano e serrista de primeira hora, Andrea Matarazzo. “Pessoas submetidas à sua esfera de comando hierárquico foram tidas como beneficiárias de propinas”, escreveu o magistrado na terça-feira 18. “Além disso, há ao menos indício de que o próprio partido político ao qual é filiado (o PSDB) e a própria Secretaria de Energia dirigida por ele – conquanto em curto espaço de tempo – tenham sido beneficiários de valores indevidos”, complementou. A decisão frustrou a tentativa de Matarazzo de encerrar as investigações. Para a Justiça e o MPF, há sim o que se apurar sobre a conduta do tucano. Documentos que aguardam apenas uma autorização do Tribunal de Bellinzona, na Suíça, para desembarcar no Brasil podem esclarecer a ligação de Matarazzo com o esquema operado para beneficiar a multinacional francesa Alstom.
A Polícia Federal já havia indiciado o tucano por corrupção passiva. Para o delegado Milton Fornazari, existem “indícios robustos” de que Matarazzo, então secretário estadual de Energia, se beneficiou do esquema criminoso comandado pela Alstom, que pagou R$ 23,3 milhões para agentes públicos paulistas em troca da obtenção, em 1998, de aditivo em um contrato firmado com a Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE). O acordo previa a instalação de equipamentos em subestações de energia. Entre os indícios da participação de Matarazzo, para os investigadores, consta um documento em que um diretor da Alstom detalha os destinos do suborno. O dinheiro teria como um dos alvos “a Secretaria de Energia”. Em outro papel recolhido na matriz na Alstom em poder de autoridades suíças e francesas, a divisão da propina novamente aparece. Dessa vez, a “SE” (identificada como Secretaria de Energia) aparece como beneficiária de 3% do suborno. Matarazzo, em depoimento ao MP ao qual ISTOÉ teve acesso, disse estar “indignado” e que “repele veementemente afirmações de que tenha recebido vantagens”, repetindo uma retórica comum entre políticos acusados de corrupção.
Na decisão proferida na última semana, o juiz federal pediu ainda que o MPF avance na apuração sobre a participação no esquema criminoso de três diretores da Alstom e de Eduardo José Bernini, ex-presidente da Eletropaulo. Se mais elementos forem encontrados, eles podem ter o mesmo destino de outras 11 pessoas que se tornaram esta semana, oficialmente, réus por participação nesse escândalo. Entre eles, José Sidnei Martini (ex-presidente da Empresa Paulista de Transmissão de Energia) e Celso Cerchiari (ex-diretor da EPTE), acusados de corrupção passiva pelo recebimento de quatro milhões de reais. Dos indiciados, quatro réus responderão por lavagem de dinheiro por simularem as consultorias fictícias, usadas para disfarçar o pagamento da propina. Outros cinco indiciados responderão pelos crimes de corrupção ativa. Na sexta-feira 21, a Justiça decretou o sequestro de R$ 32,4 milhões do patrimônio de cinco deles.
O escândalo no setor de energia é, segundo integrantes do Ministério Público e da Polícia Federal, o embrião de outra máfia que atuou em estatais paulistas: a dos trens. Além de contar com lobistas em comum e ter também a participação da multinacional francesa Alstom, o cartel na área de transporte sobre trilhos agiu durante as gestões tucanas no Estado. Como ISTOÉ mostrou em julho, o superfaturamento de contratos firmados com o Metrô paulista e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) gerou um prejuízo de, ao menos, R$ 425 milhões ao erário. Pelas irregularidades, dez pessoas são investigadas. Entre elas, o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS) e os secretários do governo Geraldo ­Alckmin: Edson Aparecido (PSDB), Rodrigo Garcia (DEM) e José Anibal (PSDB). Os quatro políticos, que negam envolvimento com as irregularidades, são acusados por Everton Rheinheimer, ex-dirigente da Siemens, de receber propina.
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MARCO FELICIANO DESISTE

Temendo um confronto nas urnas com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que disputará seu quarto mandato consecutivo ao Senado, o deputado fundamentalista religioso, Marco Feliciano (PSC-SP), desistiu de concorrer ao Senado Federal.
Nas eleições deste ano, há apenas uma vaga para o Senado e enfrentar um político como Suplicy que tem uma envergadura política consolidada, uma reputação ilibada, realmente é de causar temor em político do naipe de Marco Feliciano.
Feliciano é um político oportunista que galgou projeção nacional graças sua passagem turbulenta e descompromissada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM). O sonho de ser senador foi protelado, afinal, ser candidato a deputado federal é garantia de reeleição.
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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

SOBRAL EM GUERRA, MAS O QUE IMPORTA É VER A BANDA PASSAR

Do blog A Zebra
Fevereiro se despede com a chegada das festas carnavalescas, mas, também deixa aos sobralenses uma péssima estatística, a onda de violência sofrida por comerciantes, casas de particulares ou mesmo a guerra sem fim entre os bairros pelos mais variados motivos.
Em uma breve navegada pela blogsfera sobralense, nos damos de cara com inúmeras postagens noticiando o caos que se encontra a cidadezinha de Dom José, fato mais recente a briga entre torcidas com direito a tiroteio, as constantes "chuvas de balas" nas limitações de bairros distantes do centro da cidade.
Não precisa ser nenhum doutor em matemática, mas, apenas um senso de observação, para chegar a esses números, com apenas 9 semanas corridas do ano de 2014, e com um registro de 18 homicídios em Sobral, a média fica em 2 mortos por semana, ou ainda 1 pessoa assassinada a cada 3 dias na Princesa do Norte #sobral #insegurança
Vale lembrar que estamos há poucos dias do carnaval, onde a folia é liberada, o álcool e drogas dominam.
O trabalho do poder público em combate a violência é denominado "ao banho maria", o que nos deixa a sensação de que realmente o ano só começa pós carnaval, até lá o importante mesmo é ver a banda passar.
Legenda da foto: Governador do Ceará, Cid Gomes, o ex-secretário nacional de Portos, Leônidas Cristino e o prefeito de Sobral (CE), Clodoveu Arruda.
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82 ANOS DO VOTO FEMININO

A conquista do voto feminino no Brasil completa hoje 82 anos. Com a instituição do voto feminino em 24 de fevereiro de 1932, os primeiros passos foram dados para que a mulher marcasse presença no espaço político, comprovando sua competência na arte de fazer política.
Apesar da instituição, o voto feminino não era obrigatório, o que só ocorreu em 1946. A partir daí, a mulher entrou no campo político e entrou na disputa eleitoral, concorrendo à cargos de vereadora, prefeita, deputada, senadora governadora e presidente da República.
As pioneiras Alzira Soriano e Carlota Pereira de Queiroz desbravaram essa seara e foram eleitas. Em 1928, a potiguar Alzira Soriano foi a primeira prefeita eleita no Brasil. A paulista Carlota Pereira de Queiroz, em 1933 foi eleita a primeira deputada federal no país.
O caminho longo e árduo continua fazendo parte da trajetória política da mulher no Brasil e levou mais outras décadas para eleger a primeira senadora, Eunice Michiles, em 1979. Ela era suplente do senador João Bosco de Lima, após a morte do senador, ela assumiu. Por voto direto as senadoras eleitas foram Júnia Marise Azeredo Coutinho, por Minas Gerais e Marluce Pinto, por Roraima.
Para eleger a primeira governadora, o país demorou outra eternidade, em 1986,no Acre, Iolanda Fleming foi a primeira mulher a tomar posse como governadora. Eleita vice-governadora em 1983, com a saída do governador Nabor Júnior para disputar o Senado, ela se torna a primeira mulher a governar um estado brasileiro.
Em 1986, Maria Luiza Fontenele é eleita prefeita de Fortaleza (CE). É a primeira mulher a ser eleita prefeita de uma capital.
Quebrando todos paradigmas, Luiza Erundina, em 1988 é eleita a primeira mulher prefeita de São Paulo, a maior cidade da América Latina.
Disputando uma eleição majoritária na cabeça de chapa, Roseana Sarney, no Maranhão, foi eleita primeira governadora e entra para a história da política brasileira.
Benedita da Silva, primeira mulher negra a assumir cargo de senadora, em 1990 e, em 2002 é eleita vice-governadora do Rio de Janeiro e em seguida assume o cargo de governadora.
Enraizado de conceitos ultrapassados, o Brasil demorou 78 anos para eleger Dilma Rousseff, a primeira mulher chegar à Presidência da República. As mulheres trilharam um caminho, longo e árduo para conquistar o direito de votar.
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domingo, 23 de fevereiro de 2014

ESQUERDA, DIREITA, VOU VER !

O mundo continua em guerras, que explodem em todos os continentes, mesmo com formações, culturas, religiosidades, absolutamente diferentes, as motivações para estas inquietações, são, invariavelmente as mesmas: distanciamento das ações, atitudes e visão dos diversos Governos, com as necessidades e aspirações das populações.
Por que isto? Os governantes não conhecem as demandas do seu povo? O que seria um absurdo; Os Governantes desviam as prioridades, que deveriam ser, exatamente estas demandas, para atenderem questões ideológicas, que não constituem as necessidades imediatas e justas das suas populações? O que seria lamentável; os Governantes Estariam cegos, surdos e completamente desafinados com os anseios da sua gente, que utilizam, quando precisam, como massa de manobras, nos momentos necessários, com gestos e ações menores, apenas para se manterem no poder? O que seria desumano e imoral; os Governantes tentarão este modelo perverso até que a paciência do povo se transforme num furacão, e os retirem, quase sempre com perdas de vidas humanas em verdadeiros genocídios? O que seria um crime contra a humanidade... E o povo, quando tomará consciência destes propósitos escandalosos e assumirá a condução das suas próprias histórias, utilizando-se dos meios democráticos, que são as eleições, sem a necessidade da perda de tantas vidas, quase sempre, tão novas? Urge a movimentação popular, ordeira e consequente, não permitindo infiltrações mercenárias, disponibilizadas propositadamente, para desvirtuar as verdadeiras e justas motivações que justificam a indignação e protesto, na busca dos direitos cidadãos.
No nosso continente, em nome de uma falsa esquerda, que não passa, de ditaduras em andamento, em vários países, com supressão das liberdades individuais e coletivas, com uso de forças desproporcionais, para uma população, que a única arma que carrega, é o sonho de uma vida mais justa, mais fraterna, onde haja oportunidades e justiça social, ficam a discutir esta questão de ESQUERDA E DIREITA, como se isto fosse a solução das nossas questões.
O que é ESQUERDA? o que é DIREITA? A posição que sentavam os parlamentares num determinado parlamento de um País Europeu? Esta posição define verdadeiramente o nível de sensibilidade social e de agrupamentos de pessoas semelhantes, no pensar e no agir? Será verdade isto? O ser humano é tão moldável assim, que apenas ao mudar de partido, ou de que lado vai sentar, passaria a ser uma outra pessoa? Sem citar nomes, já que conhecemos todos, quem é a ESQUERDA brasileira? Quem são seus parceiros? Também o são?
Olha amigos, precisamos de planejamento de longo, médio e curto prazo, projetos, ações e financiamentos deles, em todos os segmentos e áreas de Governo, para sairmos desta mesmice, que já nos distanciou demais das necessidades estruturantes de um País, que merece ser grande, que precisa ser grande e que terá que ser grande no contesto internacional, preservando a sua autonomia, respeitando os seus cidadãos e construindo uma nação fraterna, igual e feliz.
E você meu Gavião? Que é o meu País! Que pena! Continua descendo a ladeira! Sofrendo de todos estes descasos! Que Deus nos Proteja! O povo vencerá! Um abraço, Joaquim Cunha.
Via Facebook , Joaquim Cunha, ex-prefeito de Gavião (BA) – Foi Presidente da Associação de Prefeitos da Região nordeste e Vice-Presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB).
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sábado, 22 de fevereiro de 2014

O PAGADOR DE PROMESSA

Da coluna do Ricardo Setti, Veja
Viva o dinheiro público! O deputado Vicentinho (SP), atual líder do PT na Câmara dos Deputados, resolveu pagar promessa ao pai já falecido, Francisco Germano da Silva, e fazer jogging às margens da rodovia BR-226, ao longo dos 28 quilômetros que separam Currais Novos e Acari, em seu Rio Grande do Norte Natal.
Vicentinho se orgulha de sua origem modesta, de ter começado do zero — foi vendedor de pães, trabalhador rural, operário de picareta na mão e lavador de carros, mas chegou, como operário qualificado, a presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da CUT, tornou-se deputado federal e estudou até formar-se em Direito.
Contudo, o vírus do poder, pelo jeito, contaminou Vicentinho. Para essa mera corrida, agora que é líder do PT na Câmara dos Deputados, havia, para sua segurança pessoal, duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal e outra, da Polícia Militar potiguar.
Sendo honeste com os leitores, não consegui apurar se Vicentinho SOLICITOU a escolta, ou se ela lhe foi concedida por alguma autoridade federal (no caso da Polícia Rodoviária) ou estadual (no da Polícia Militar).
Mas, vejam só:
1. É O FIM DA PICADA se Vicentinho houver SOLICITADO a escolta. Santo Deus, quem ele pensa que é? O papa? E tem medo do quê?
1. É O FIM DA PICADA, embora menos grave, se Vicentinho, mesmo sem haver solicitado, TENHA ACEITO a escolta. Escolta pra quê? Medo de quem? Para proteger alguém correndo no acostamento de uma rodovia? Milhares de brasileiros comuns fazem isso, tomando cuidado para não perturbar o trânsito e para não sofrer acidentes.
Se este for o caso, por que Vicentinho acha que é diferente dos outros?
O deputado, segundo seu perfil oficial na Câmara, nasceu em Santa Cruz, cidade próxima a Acari, onde viveu parte de sua juventude.
Do Blog:  Essa promessa paga pelo deputado Vicentinho (PT-SP), fez lembrar de outro pagador de promessa, o então prefeito de Murici (AL), Renan Filho, em setembro de 2007, após saber da absolvição de seu pai, o senador Renan Calheiros, foi  a Juazeiro do Norte (CE) para pagar promessa e agradecer ao Padre Cícero. Para os cearenses, "Padim Ciço".
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TEMPOS SOMBRIOS E OS MELICIANOS

Por Cilene Victor, via Facebook
Tentei dormir, mas não consegui porque alguma coisa me intrigava e por isso voltei para escrever essas palavras.
O menino acorrentado em um poste no Rio de Janeiro voltou à cena e, para o delírio da sociedade miliciana, foi flagrado tentando cometer delitos.
Para muitos, mazelas sociais são facilmente resolvidas com apreensão, prisão, punição, redução da maioridade penal e linchamento moral e físico.
Falando em linchamento, não vai demorar muito para alguém me chamar de vadia por causa destas palavras.
O que torna a nossa sociedade mais sombria que aquela de Karl Jaspers, Martin Heidegger, Walter Benjamin e Bertolt Brecht, quatro dos nomes retratados no fabuloso "Homens em Tempos Sombrios", de Hannah Arendt?
Talvez a resposta esteja na mediocridade dos que têm voz, inclusive nos meios de comunicação, alcançando picos de autoridade e fazendo ecos sem resistência.
Para Jasper, uma das grandes influências de Hannah Arendt, a capacidade crítica de alguns seres serve como resistência às garras exterminadoras do totalitarismo.
Nesta linha de Jasper, a escassez de seres com capacidade crítica significaria uma grande ameaça à sociedade, expondo-a ferozmente às garras do totalitarismo.
Na minha primeira aula de Jornalismo Opinativo, discutimos que não existe "todo mundo" e que como jornalistas, honestos, não podemos vestir a sociedade como opinião pública e, tampouco, fazer a opinião pública se passar por sociedade.
Como honestidade é mais fácil de alcançar do que a ética, então, o exercício parece bem fácil.
Gostaria que a existência de jornalistas milicianos, de educadores milicianos, de religiosos milicianos, de políticos milicianos fosse apenas o fim de um tempo e que a resistência dos que pensam fizesse dele apenas um passado constrangedor.
Cilene Victor, professora de jornalismo na Faculdade Cásper Líbero e comentarista do Jornal da Cultura.
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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A NATUREZA DA CULPA

Artigo de Marina Silva, publicado na Folha de S.Paulo
Recebo notícias preocupantes do Acre, onde a enchente dos rios já obriga muitas famílias a buscar abrigos públicos. Mais grave está em Rondônia: o rio Madeira espalha-se nas cidades e áreas rurais, cobrindo até um trecho da estrada federal e impedindo o transporte de pessoas e mercadorias.
No Sudeste, em São Paulo, o problema é mais complexo: se chove, a enchente traz destruição e ameaça vidas; se não chove, pode faltar água e eletricidade, com os reservatórios das usinas muito baixos.
Mas o mais preocupante é o despreparo de nosso país em lidar com situações que se repetem todos os anos –ainda mais com o agravamento dos eventos climáticos extremos, anunciados há bastante tempo. Uma enchente súbita pode ser um fenômeno natural, mas os prejuízos repetidos denunciam o descaso e a falta de planejamento.
O que vem depois da “criminalização” da natureza? A judicialização é impossível, pois não há como processar a chuva nem a seca. E a acusação de ser contra o progresso, de pessimismo ou até de ecoterrorismo pesa sobre todos os que tentam alertar para o desastre antes que ele aconteça.
Circulam na internet fotos impressionantes de enchentes em conjuntos habitacionais construídos há pouco tempo e ainda não ocupados. É um absurdo o desperdício dos recursos públicos que escorrem, literalmente, por água abaixo. Mas ai de quem ouse comparar esse descaso com o luxo do “padrão Fifa” exigido para a Copa. O governo parece querer restringir o debate ao desempenho da seleção ou, talvez, à escalação do time.
E, nas eleições, vamos debater qual partido tem o escândalo mais condenável? Se descuidarmos, até o grave problema da corrupção poderá desviar-se para a disputa política superficial, a troca de acusações, sem a busca sincera e eficaz de superação e mudança.
Já passa da hora de acordar. A crise não está batendo à porta, já entrou em casa. A evidência da crise ambiental conseguirá mudar a avidez pelo lucro imediato ou pela popularidade fácil das obras apressadas? Veremos que a crise de valores, base da desconexão com a natureza, é a mesma que nos empurra para o abismo da corrupção? Resta a esperança de que a indignação de amplas parcelas do povo seja a energia necessária para mudar o rumo dos acontecimentos.
O sonho não morreu. Nesta semana vi, na favela do Vidigal, uma comunidade mobilizada para limpar e embelezar o lugar, criar espaços de cultura e lazer por sua própria iniciativa. Em toda parte, há projetos e debates sobre energia, água, transporte, segurança e outros temas estratégicos. Só falta juntar as duas pontas: a ação das pessoas e a prospecção de novos rumos.
Para o bem de todos, espero que esse encontro aconteça logo.
Marina Silva, ex-senadora, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e candidata ao Planalto em 2010. Escreve às sextas na Folha de S.Paulo.
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FERRO VELHO

O deputado Heitor Férrer (PDT) voltou a criticar o Governo do Estado por este ter comprado a usina de etanol do Cariri, no Município de Barbalha. O parlamentar afirmou que o Governo, que gastou mais de R$ 15 milhões na compra do equipamento, não terá rentabilidade alguma com a sua aquisição.
Para o pedetista, o Governo comprou "um monte de ferro velho" da Usina Manoel Costa Filho com a promessa de que iria reativar o empreendimento, o que segundo disse, não foi feito. Na tribuna da Casa Legislativa ele fez a leitura de parte de matéria publicada no Diário do Nordeste, na semana passada, que mostra que o investimento feito pelo governador Cid Gomes não seria compensador.
No texto, a presidente da União da Indústria de cana-de-açúcar, Elizabeth Farina, afirma que não há rentabilidade que justifique a reativação ou a construção de novas usinas. Já Alexandre Figorino, diretor do Itaú, afirmou que não há retorno para esse tipo de investimento. "Quem fala são os especialistas e não eu, o deputado. Se fosse um bom negócio, empresários teriam feito a compra", lamentou o pedetista.
Ele informou ainda que vai solicitar do Poder Executivo, o nome dos interessados na reativação da usina. Em meados do ano passado, os deputados da Assembleia Legislativa, inclusive os de oposição presentes, com exceção de Férrer, autorizaram a compra do equipamento aprovando o projeto de lei encaminhada pelo Governo.
Aventura
Segundo disse, porém, quando os parlamentares votaram favoráveis na matéria, o fizeram porque achavam que isso beneficiaria ao Estado, o que, passado quase um ano não se concretizou. "Quando isso acontece, nós queremos é que dê certo, mas isso foi em 2013 e nada até agora", disse. O opositor chamou o Governo de "corretor, entrando em uma aventura descabida".
O pedetista disse ainda que é preciso que haja um contraponto, afirmando que adquirir a fábrica não é importante para o Estado, pois se trata apenas de "ruínas", visto que o Governo ainda irá procurar um comprador para o equipamento. "Governador, esse equipamento é de interesse privado e não público. A atividade econômica tem incumbência de ser do empresário. Convide empresários de outros estados para ver se eles têm interesse", desafiou.
O parlamentar chamou de "aventura com o dinheiro público" os gastos de até R$ 15 milhões para a aquisição da fábrica e disse está esperando uma resposta do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre questionamento feito dos atos do Governo para com a usina. Ely Aguiar (PSDC) lembrou que em 1990 a empresa tinha 1 600 funcionários e era tida como "a redenção do Cariri". "Quando essa mensagem veio para cá, eu questionei se o dinheiro não podia ser investido na compra de uma nova usina", disse.
O deputado Camilo Santana (PT) defendeu a compra do equipamento pelo Governo do Estado. Segundo ele, o negócio era defendida pela maioria da população daquela região, tanto que contou com o apoio de todos os parlamentares representantes do Cariri, na Assembleia, quando a matéria foi à votação.
Já o deputado Osmar Baquit (PSD) disse que a oposição sabe apenas reclamar da situação, e mesmo com a intervenção do Governo para melhorar a vida da população sempre haverá uma crítica feita pelos opositores. Ele chegou a perguntar ao deputado Heitor Férrer o que o Governo deveria fazer para contemplar os anseios do pedetista, em tom de ironia.
Heitor quer que a Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado diga o nome dos interessados na aquisição da usina.
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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

QUEM NÃO CHORA...

O deputado federal, Romário (PSB-RJ), que no semestre passado deixou a sigla por alguns dias, fez charminho, deu meia volta no quarteirão e voltou para o PSB.  A intenção do deputado não era mesmo mudar de legenda, se fosse o teria feito. Ele apenas colocou em prática o provérbio popular "Quem não chora, não mama". Pois já esta semana anunciou que será candidato ao Senado pelo Estado do Rio.
Mas desta vez será complicado, pois a disputa vai ser acirrada, já que os políticos veteranos tentarão chegar ao Senado com apenas uma vaga. O ex-jogador, tentou chamar atenção de seu partido para ter mais voz ativa na direção municipal ou estadual, além do expresso desejo de ser candidato ao governo do Rio de Janeiro nas próximas eleições.
Claro que a direção estadual do partido não iria arriscar tanto, mas para acalmar os ânimos, a direção deu de bandeja a presidência do partido no estado do Rio para ‘peixe’. Romário ficou feliz da vida! Assim como as águas de um rio muda o curso quando necessário, o baixinho  teve que adiar os planos e o objetivo de chegar ao mar foi apenas protelado. Quem sabe em 2018 ou 2022.
 Embora o PSB não queira ver o projeto de anos ir por água abaixo, Romário é neófito na política, não tem envergadura pra enfrentar uma disputa ao governo do Rio, com tubarões que sabem quando o mar não estar pra peixe. O desempenho parlamentar do ex-jogador deixa a desejar, mas não fique surpreso se ele for eleito senador, afinal, o que esperar de um eleitorado que elegeu Marcelo Crivela sobrinho de Edir Macedo?
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

EDUARDO AZEREDO RENUNCIA

O deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), réu no processo do chamado mensalão mineiro, renunciou ao seu seu mandato nesta quarta-feira (19).
Uma carta de renúncia foi entregue pelo advogado Renato Penido Azeredo, o primogênito do tucano, ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), por volta do meio-dia.
Na carta de renúncia, o parlamentar diz que não concorda com as acusações do processo de crimes de peculato e lavagem de dinheiro e critica o STF (Supremo Tribunal Federal) e a Procuradoria geral da República. Azeredo diz ainda que uma "tragédia desabou" sobre ele sobre sua família.
Na ação penal que tramita no Supremo, são investigadas denúncias de desvio de dinheiro público durante a campanha de Azeredo, então governador de Minas Gerais que disputava a reeleição, em 1998.
No último dia 7, o procurador-geral da República, RodrigoJanot, pediu a  condenação de Azeredo a22 anos de prisão. Ele teria desviado recursos do Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais), extinto, e das estatais mineiras Copasa e Cemig para sua campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998. Em valores atuais, seriam cerca de R$ 9 milhões.
Aliados do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que é pré-candidato tucano à Presidência da República, faziam pressão nos bastidores para que o caso do mensalão mineiro não atrapalhasse a campanha.
Ao ser questionado sobre a renúncia, Aécio negou nesta quarta que o partido tenha feito pressão para que Azeredo renunciasse. "Que eu saiba não, nenhuma [pressão]", disse Aécio. "A decisão é de foro íntimo, que tem de ser respeitada. Ele vai se dedicar agora à sua defesa. Eduardo é conhecido e reconhecido em Minas Gerais como um homem de bem", afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de Azeredo não renunciar se isto atrapalharia o cenário político e sua candidatura à Presidência da República, Aécio desconversou: "Não vejo nenhuma interferência."
Suplente
Se a renúncia se confirmar, o deputado João Bittar (DEM-MG) será efetivado na vaga de Azeredo. Hoje, Bittar é suplente. Ele ocupa a vaga deixada por Carlos Melles, que atualmente é Secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais.
No lugar de João Bittar, será chamado Ruy Adriano Borges Munis (DEM-MG). Mas existe a chance de o ex-deputado Edmar Moreira (PR-MG), conhecido por ter um castelo em Minas, assumir a vaga na Câmara.
Próximos passos
A denúncia da Procuradoria Geral da República foi aceita pelo Supremo em 2009. Outros acusados respondem a acusações na primeira instância da Justiça de Minas Gerais porque não têm foro privilegiado.
As alegações finais de Janot foram encaminhadas ao relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso, que deu prazo de 15 dias para a defesa apresentar os seus argumentos finais.
Em seguida, o ministro irá elaborar o seu voto, sem data para ser concluído. A partir daí, o processo segue para o revisor, ministro Celso de Mello, elaborar também o seu voto.
Embora não haja prazo, a expectativa no STF é de que o julgamento aconteça ainda no primeiro semestre deste ano.
Por Carlos Eduardo Cherem, do UOL, de Belo Horizonte, com informações da Agência Câmara e de Bruna Borges, de Brasília.
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

OLHO POR OLHO

A guerra entre os defensores e os opositores da ditadura militar no Brasil (1964-85) foi longa e suja. O que durante duas décadas não se soube é que o confronto derradeiro mobilizou menos de 40 combatentes de cada lado, foi silencioso — quase invisível — e durou 28 anos (1979 a 2007).
A última batalha dessa guerra foi travada por dois livros: Brasil: Nunca Mais — a “bíblia” sobre a tortura praticada pelas Forças Armadas — e o nunca publicado Orvil, a resposta do Exército, sobre a guerrilha e o terrorismo de esquerda.
Os bastidores dessa batalha, com detalhes de cortar o fôlego, estão reunidos em Olho por Olho – os livros secretos da ditadura. Na obra, o autor revela toda a tensão dos seis anos de trabalho sigiloso do Brasil: Nunca Mais.
E ainda esquadrinha com detalhes o conteúdo do Orvil, explica por que o livro nunca foi editado e apresenta seus guardiões, um grupo de civis e militares que durante 22 anos guardou em segredo quinze cópias do documento.
O jornalista, que obteve uma cópia do Orvil, mostra que, no livro, as Forças Armadas acabaram confessando uma série de crimes que tentavam esconder havia quatro décadas.
* Prêmio Jabuti 2010 (2º lugar/categoria Reportagem)
* Prêmio Vladimir Herzog 2009 (1º lugar/categoria Livro-reportagem)
Texto do Blog do Lucas Figueiredo, autor do livro.
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EQUIPE DO CQC AGREDIDA NO PIAUÍ

Pois é… O atual prefeito da cidade de Esperantina no Piauí, Lourival Bezerra, do PSDB, estaria exigindo que um empresário, cuja empresa fornecia alimento para as escolas da cidade, devolvesse 20% do valor que consta nas notas por ele emitidas para a prefeitura.
Este empresário filmou o prefeito recebendo a propina e o denunciou para o Ministério Público. Essa denúncia de recebimento de propina partiu de um jornalista chamado Gil Sobreira a partir de emails, SMSs, conversas por facebook e telefonemas. Foi então que a equipe do Proteste Já veio cobrir o caso.
Obviamente, o prefeito não quis conversar com a nossa equipe. Foi então que o jornalista Gil Sobreira, que há pouco tempo virou assessor de imprensa do prefeito, ligou dizendo que queria conversar com a gente. Isso mesmo! O mesmo jornalista que antes denunciava, depois de contratado, passou a ser porta voz informal do prefeito.
Nós do Proteste Já, entendendo que ele falaria pelo prefeito, não quis dar entrevista também. Foi agressivo, tentou me intimidar vindo falar perto do meu rosto, gritou, empurrou a mim e o cinegrafista, tentou tomar meu microfone, e deu um soco na câmera. Para o azar dele, machucou o dedo neste momento. Veio na minha direção e passou o dedo dele com sangue na minha camisa, talvez para tentar me incriminar mais tarde… “Jornalista” esperto ele, né?
Depois disso, berrou mais ainda, disse que nós que o tínhamos agredido, xingou minha mãe, me mandou pra um lugar mais longe… Mas tudo isso quando eu estava com o meu microfone longe. Imaginou que o áudio não seria captado. Não só o áudio, como todo show que ele deu dentro da Secretaria de Educação da cidade estão gravados.
A polícia chegou e apenas nós da equipe fomos para a delegacia fazer o boletim de ocorrência. O que é estranho. Se ele foi o agredido, porque não se assegurar com a lei, né?
Chegando ao hotel, encontrei este post na página dele do Facebook:
Print screen da página do “jornalista” Gil Sobreira (link).
Ou seja: como ele perdeu a razão por completo, agora me acusa de “xenofobia”. Eu que nem isso disse.
Como se fosse o suficiente o prefeito fugir e o assessor dele nos agredir, enquanto o produtor e eu estávamos na delegacia, recebemos uma ligação do câmera dizendo que o médico estava se recusando a assinar o exame de corpo de delito. Quando ele ameaçou dizer que íamos lá gravar a recusa, o médico mudou de ideia. E, realmente. Quando o produtor e eu chegamos à sala do médico, ele já estava finalizando o exame.
A política em Esperantina, no interior do Piauí (Brasil), é um lixo por causa de pessoas como o atual prefeito e o seu assessor/jornalista/vira-casaca! Um por aparecer num vídeo aceitando propina e fugir da reportagem por ter e ser alvo do MP por causa disso. Outro que nos convocam para mostrar algo podre na cidade, mandando provas e tudo, mas muda de ideia porque agora trabalha com seu antigo inimigo e o defende.
P.S.: O prefeito do PSDB, Lourival Bezerra, já foi cassado DUAS vezes. Clique aqui e aqui para ler as notícias.
P.S.2: Parece que depois que eu fiz este post, o “jornalista” apagou o conteúdo do facebook, pois aparece o alerta: Esteconteúdo está atualmente indisponível.
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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

AS CAUSAS DA EXPANSÃO DA VIOLÊNCIA

Caio Rocha, professor de História, especial para o blog Sou Chocolate e Não Desisto
A América Latina é uma das regiões do planeta que registram as maiores taxas de homicídios do mundo, superiores até das de nações que enfrentam graves distúrbios institucionais, políticos e econômicos na África e sudeste asiático. E deste conjunto, destaca-se o Brasil, a segunda maior economia do "Novo Mundo" e a de maior importância do hemisfério sul, com uma democracia consolidada, apesar de imperfeita.
Por mais que eu tenha diferenças de pensamento quanto à maneira como o país é administrado pela gestão do PT, reconheço que houve um aumento relativamente considerável da renda entre os segmentos mais pobres de nossa população, por meio de programas como o bolsa-família, além de democratização do acesso ao ensino superior, através de financiamentos públicos como PROUNI.
Mesmo com tantas facilidades para "ser alguém na vida", como explicar esta epidemia de assassinatos nas últimas duas décadas? Antes, os sociólogos consideravam como causa primária para a expansão da criminalidade a questão da desigualdade de riquezas entre classes, colocando em segundo plano de análises a historicidade das relações sociais e da maneira como o Estado foi capaz ou não de atender às demandas que ao longo do tempo apareceram.
Em plena Era Industrial, o Brasil ainda era uma nação escravista. Quando finalmente se extinguiu o regime escravocrata por força do decreto de 13 de maio de 1888 (Lei Áurea), o país que emergiu não foi um país capaz de integrar os ex-escravos ao mercado de trabalho.
Os grupos políticos, enclausurados em seus interesses egoístas e monopolistas não investiram em educação pública de qualidade e tampouco definiram uma política habitacional que contemplasse os marginalizados, para que estes pudessem ter condição de ascender por mérito e de seus saberes acumulados, o que certamente elevaria o nível de percepção de mundo que o conhecimento traz, além de senso de responsabilidade e maturidade política que traria obrigatoriamente a modernização de suas práticas.
As oportunidades não dadas aos pobres na execução planejamentos governamentais das administrações públicas ao longo de nossa história imprimiram na mentalidade social de que é mais conveniente se recorrer à jeitinhos, alimentando assim a cultura da corrupção. E isso inibe um protagonismo social, aliena o próprio funcionamento do regime democrático.
O verdadeiro combustível para esta explosão de assassinatos frios é a debilidade e o arcaísmo de nossas instituições políticas que não amadureceram ao longo de 125 anos de República, preservando muitas de suas características oligárquicas intactas.
Nossa legislação oferece brechas que abrem margem à impunidade, comprometendo a isonomia do Estado no acesso à justiça. Hoje, torna-se necessária uma legislação excessivamente punitiva, bem como simplificação dos trâmites burocráticos para dar à justiça mais agilidade, porém somente punir não basta.
Deve-se ter na justiça uma clava forte, mas sobretudo repensar as nossas práticas do cotidiano. Chegamos ao fundo do poço e se não sairmos dele, voltaremos ao estado de barbárie.
Este ano é de eleições e a reflexão que cada um de nós deve fazer é: estes que estão no Senado, Câmara dos Deputados, governos estaduais ou a presidência da república de fato estão sintonizados com os anseios da sociedade? Se não, é um crime contra a pátria reelegê-los. Ao cidadão, cabe pesquisar as suas biografias, uma vez que dentro em breve baterão em suas portas e não se vender à eles.
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17 ANOS SEM DARCY RIBEIRO

Há 17 anos faleceu em Brasília, vítima de um câncer, o antropólogo Darcy Ribeiro. Ele revolucionou a educação no Rio de Janeiro quando foi vice-governador. Darcy planejou, criou e dirigiu a implantação dos Centros Integrados de Ensino Público (CIEP).
O CIEP era um projeto visionário que elevou a educação para uma qualidade ímpar ao governo de Leonel Brizola. Nos CIEP´s a criança tinha educação em tempo integral, com muitas atividades recreativas e culturais.
Entre os vários livros escritos por Darcy Ribeiro, um se tornou clássico da antropologia brasileira, O Povo Brasileiro, o qual faz uma reconstituição minuciosamente da formação do Brasil e do povo brasileiro, desde a chegada dos portugueses, africanos.
Fundador da Universidade de Brasília, Darcy Ribeiro também foi ministro da Educação no governo João Goulart, vice-governador do Rio de Janeiro – 1983 a 1987 – e exerceu o mandato de senador pelo Rio de Janeiro, de 1991 até 1997, quando faleceu.
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domingo, 16 de fevereiro de 2014

UMA SAÍDA TÉCNICA

A saída da ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas teve como motivo principal, a recusa da ministra em não atender as ordens do PT para afagar com verbas federais as mídias sociais, principalmente os chamados "blogs sujos", que estão na rede para defender e exaltar o governo federal.
Helena entende que a escolha pra distribuição da verba publicitária que o governo federal injeta nos veículos de comunicação, deveria continuar com critério técnico, assim como herdou a pasta do governo Lula.
Mas o PT está sedento para inflar as redes sociais e blogs neste ano eleitoral. A pressão foi tanta que a ministra-chefe enviou carta de demissão à presidente Dilma, que, de imediato aceitou.
Os ventos não estão favoráveis para a família Chagas neste início de ano; o pai da ex-ministra-chefe, Helena Chagas, o renomado jornalista Carlos Chagas foi demitido do SBT.
Crítico ferrenho do governo petista, a demissão de Carlos Chagas parece não ter motivação política, o SBT está num processo de contenção de gastos, também demitiu outro titã do jornalismo, José Nêumanne Pinto.
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22 ANOS SEM JÂNIO QUADROS

Memória - Há 22 anos morria Jânio Quadros.  Internado com grave crise respiratória e circulatória, Jânio ficou 13 dias no Hospital Albert Einstein. O corpo de Jânio foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Jânio Quadros, foi presidente da República do Brasil por apenas sete meses em 1961, governador do Estado de São Paulo e duas vezes prefeito da capital paulista, era um político populista com forte estilo pessoal.
Jânio costumava aparecer em público com os sapatos trocados. Nos palanques das campanhas eleitorais levava uma vassoura, com a qual iria "varrer" a corrupção do país. Esse símbolo o acompanhou durante toda sua carreira política.
Entre os discursos de campanha, comia sanduíches de mortadela e pão com banana, numa tentativa de identificar sua imagem com o eleitorado mais pobre.
Jânio procurou sempre se diferenciar dos outros políticos. Vestia roupas surradas, usava cabelos compridos, deixava a barba por fazer, os ombros cheios de caspa e exibia caretas ao fotógrafos.
Sua sintaxe era um caso à parte. Em seus discursos, procurou sempre utilizar um vocabulário apurado, recheado por frases de efeito. É um enigma saber como conseguia se comunicar de forma eficiente com seus eleitores, a maioria sem instrução escolar.
Chefe do Executivo, fosse municipal, estadual ou federal, o autoritarismo e o carisma foram seus traços característicos. Seus bilhetinhos, com ordens a subordinados, se tornaram célebres.
Jânio chegou à presidência da República de forma muito veloz. Em São Paulo, exerceu sucessivamente os cargos de vereador, deputado, prefeito da capital e governador do estado. Tinha um estilo político exibicionista, dramático e demagógico. Conquistou grande parte do eleitorado prometendo combater a corrupção e usando uma expressão por ele criada : varrer toda a sujeira da administração pública. Por isso o seu símbolo de campanha era uma vassoura.
Foi eleito presidente em 3 de outubro de 1960, pela coligação PTN-PDC-UDN-PR-PL, para o mandato de 1961 a 1965, com 5,6 milhões de votos - a maior votação até então obtida no Brasil - vencendo o marechal Henrique Lott de forma arrasadora, por mais de dois milhões de votos.
Porém não conseguiu eleger o candidato a vice-presidente de sua chapa, Milton Campos (naquela época votava-se separadamente para presidente e vice). Quem se elegeu para vice-presidente foi João Goulart, do Partido Trabalhista Brasileiro. Os eleitos formaram a chapa conhecida como chapa Jan-Jan.
No dia 21 de agosto de 1961 Jânio Quadros assinou uma resolução que anulava as autorizações ilegais outorgadas a favor da empresa Hanna e restituía as jazidas de ferro de Minas Gerais à reserva nacional. Quatro dias depois, os ministros militares pressionaram a Quadros a renunciar: “Forças terríveis se levantaram contra mim…”, dizia o texto da renuncia.
No ano seguinte à renúncia Jânio foi candidato a governador de São Paulo sendo derrotado por seu velho desafeto Ademar de Barros. Com a eclosão do Regime Militar de 1964 foi um dos três ex-presidentes a ter seus direitos políticos cassados ao lado de João Goulart e Juscelino Kubitschek.
Após fazer declarações à imprensa em Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, em julho de 1968, o ex-presidente foi detido pelo Exército Brasileiro, por ordem do então Ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva.
Recuperou os direitos políticos em 1974, mas manteve-se afastado das urnas inclusive nas eleições legislativas de 1978, ano em que seus simpatizantes (agrupados sob o denominado "Movimento Popular Jânio Quadros") o levaram a visitar o bairro paulistano de Vila Maria, tradicional reduto "janista".
Em novembro do ano seguinte manifestou a intenção de concorrer à sucessão de Paulo Maluf ao governo do estado de São Paulo filiando-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (agora uma agremiação conservadora de direita, tendo pouca relação com a antiga legenda de Getúlio e Jango) tão logo foi efetivada a reforma partidária.
Jânio da Silva Quadros nasceu em Campo Grande, 25 de janeiro de 1917 e faleceu em São Paulo, 16 de fevereiro de 1992.
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sábado, 15 de fevereiro de 2014

A VERDADE SOBRE O ÓDIO AO CAPITALISMO

Caio Rocha, professor de História, especial para o blog Sou Chocolate e Não Desisto

Não adianta negar: o capitalismo é o MELHOR sistema econômico já criado pelo homem. Em sua forma democrática, aliada à hábitos culturais saudáveis, onde se valorizam o trabalho e a honestidade e onde há rejeição ao conceito de vida fácil, quando o Estado é isônomo, eficiente e liberal, há excelentes indicadores sócioeconômicos.
Países que experimentaram esta coletivização dos meios de produção (fábricas, bancos), provaram que a doutrina socialista é incompatível com a democracia e com a sobrevivência do próprio povo que o adota.
Vejam o caso da República Bolivariana da Venezuela, governada por Nicolás Maduro, cria de Chavez, o anticapitalista que implantou uma ditadura no país, coisa que seu sucessor manteve após sua morte. Outro exemplo é Cuba, que exporta escravos médicos para outros países e manda para o paredão quem é contra o Regime.
Há um desrespeito contumaz às liberdades individuais. Na Coréia do Norte, o chefe do país ordenou que o próprio tio fosse devorado por cachorros famintos. E a URSS, implantada por Lenin, que matou ucranianos de fome no Holodomor, além dos expurgos stalinistas que mataram milhões? E a China de Mao? Aliás, no tocante à China, vale ressaltar que graças à SUPERIORIDADE do capitalismo, milhões têm saído da linha da pobreza, reflexo das reformas iniciadas por Deng Xiaoping. É questão de tempo para a ditadura chinesa cair e finalmente se extinguir o partido comunista de lá.
O caminho para um país virar socialista é um só:
Pessoas se revoltam com as políticas econômicas e sociais dos políticos mal intencionados, que habilmente canalizam o ódio para os donos do capital. Surgem "intelectuais" que instigam as massas a saírem às ruas para derrubar a ordem estabelecida em nome de uma "igualdade".
Ao tomarem o poder, os comunistas MATAM todos aqueles que se posicionem contra a nova organização social. Estando tudo estatizado, os trabalhadores outrora explorados* relaxam. E dizem: "Estamos livres da opressão da burguesia maldita".
Cai a produtividade e instaura-se uma crise econômica que o Estado tenta resolver obrigando pessoas a trabalharem. Para evitar que a sociedade tome ciência das violências e arbitrariedades que acontecem, os meios de comunicação são estatizados e passa a prevalecee a informação oficial, ou a versão dos fatos dos grupos que comandam o governo.
Eu não sei como haja quem apoie esta utopia sem pé e nem cabeça. Eu acredito em um mundo melhor, sem pobreza, mas para que isso aconteça, é preciso desenvolver as estruturas econômicas. O certo é fazer com que os pobres ENRIQUEÇAM, dando a eles meios para tal.
Investir em educação de qualidade é fundamental, bem como ampliar os investimentos em infraestrutura. Os fatores culturais determinam os fatores econômicos. Certas práticas ou mentalidades são geradoras de pobreza. Deve-se acabar com este culto ao pobrismo que impera aqui.
Um empresário que gera milhares de empregos faz mais bem à sociedade que mil pessoas doando cestas básicas.
Mas sobre o dinheiro, faço a seguinte reflexão:
Não é errado enriquecer. Errado é roubar o que não lhe pertence, conseguir as coisas de forma fácil, colocá-lo acima das leis e das relações humanas, consumir de forma irresponsável e não ter ética.
No fundo, estes partidos de esquerda não odeiam e nem querem o capitalismo, já que suas cúpulas são compostas de pessoas que não dispensam vinho francês, carros de luxo, viagens internacionais e todas as benesses que a "sociedade burguesa" propicia. É um apenas retórico. Os filiados sim que defendem o socialismo, inocentemente, a bem da verdade, são a massa de manobra destes intelectuais orgânicos.
Querem uma sociedade perfeita. Como de boas intenções o inferno está cheio, não deem créditos à utopias tolas. Se querem uma vida melhor, estudem, trabalhem e poupem.
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OS NÚMEROS DA VIOLÊNCIA NO CEARÁ

Dez outdoors espalhados por Fortaleza revelam os números da violência no Ceará, segundo levantamento do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol/CE).
A publicidade faz parte de uma campanha para divulgar o que o sindicato classifica como “uma série de irregularidades no sistema de segurança pública na Capital e Interior”.
Segundo o Sinpol/CE, a campanha tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para a necessidade de uma polícia judiciária estruturada.
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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A PAZ ESSENCIAL

Artigo de Marina Silva, publicado na Folha de S.Paulo
Democracia pressupõe liberdade de expressão, organização e manifestação. Isso inclui o novo sujeito político que emerge agora que a internet quebra as formas clássicas de intermediar a informação, tornando cada um, ao mesmo tempo, autor e protagonista de sua narrativa. Mas essa inclusão põe também um imperativo ético: a democracia só se realiza numa cultura de paz, condição para que a contribuição desse novo sujeito seja produtiva e inédita de fato.
Feita a escolha, o pacifismo tem muitos meios de se expressar. Na ação institucional de quem tem alguma função pública, na ação policial e até na desobediência civil dos movimentos sociais, a escolha de meios pacíficos é sempre possível, mesmo que difícil.
Lembro quando tomamos essa decisão, há muitos anos, no movimento liderado por Chico Mendes. Quase todo mês velávamos um companheiro assassinado –índios, seringueiros, agricultores e moradores dos bairros pobres das cidades. Fomos estimulados a portar armas, iniciar uma guerrilha, retrucar com violência. Tomamos outro caminho.
O movimento seringueiro criou o “empate”, às vezes, com a participação de mulheres e crianças se colocando entre os serradores e as árvores, sob a mira de jagunços. Certa vez, a polícia veio nos retirar, ficamos parados e cantamos o hino nacional. Perdemos todas as batalhas; em paz, ganhamos a guerra.
Chico foi morto, mas venceu. Se tivesse aderido às armas, não organizaria as comunidades, não fundaria escolas nem cooperativas. Morreria, talvez num tiroteio, mas sua morte não seria lamentada, suas ideias não se disseminariam nem teriam resultado.
Na violência, todos perdem. O fazendeiro que arma jagunços para expulsar índios, o policial que espanca presos, o jornalista que divulga preconceitos, o religioso que estimula a intolerância, o parlamentar que cria leis contra o povo, todos pensam que estão avançando, mas promovem o retrocesso. Dura pouco seu ganho de poder, dinheiro, voto e audiência. Mas dura muito, e fica de herança para seus filhos, a sociedade autoritária e violenta que ajudaram a criar.
Vivemos numa democracia superficial, debatemo-nos com o entulho gerado nos anos de ditadura. Gritos de guerra animam avanços de uma facção contra a outra, tendo o atraso como resultado geral. Os ganhos de uns levam à derrota de todos. A caracterização do adversário como inimigo resulta em guerra.
Podemos mudar. Cada um de nós pode fazer a escolha por uma democracia profunda, assentada no respeito pelo outro, qualquer outro. Podemos ser militantes da paz, nosso caminho e nosso alimento. E a teremos em casa, no trabalho e nas ruas; na maleta, na mochila, na mente, no coração.
Marina Silva, ex-senadora, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e candidata ao Planalto em 2010. Escreve às sextas na Folha de S.Paulo.
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MORRE JORGE WILHEIM

Internado desde dezembro depois de sofrer um acidente de carro, Jorge Wilheim faleceu na madrugada desta sexta-feira 14.  O velório, que acontece no Hospital Albert Einstein até 14h, será precedido do enterro no Cemitério Israelita, no Butantã, previsto para 14h30.
Nascido na cidade italiana de Trieste, em 1928, aos 12 anos mudou-se com a família para o Brasil. Dos 85 anos em que viveu, 60 foram dedicados à arquitetura, ao urbanismo e à administração pública.
Wilheim é responsável por um legado de emblemáticos projetos e obras, entre os quais o Vale do Anhangabaú, o Parque Anhembi e o Pátio do Colégio, de 1975. Da sua prancheta também saíram os projetos de muitas das referências arquitetônicas e urbanas que conhecemos, tais como: a sede do Clube Hebraica (1961), o Teatro de Arte Israelita-Brasileiro (1961), o Serviço Social das Indústrias (Sesi) - Vila Leopoldina (1974), a sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (1975), o centro de diagnósticos do Hospital Albert Einstein (1978/85), o prédio do Jockey Clube São Paulo, a Galeria Ouro Fino.
Como um dos renovadores da urbanística no País, Wilheim sempre teve distinta atuação profissional, ocupando diversos cargos e funções no Instituto dos Arquitetos do Brasil. Foi vencedor dos prêmios Tarsila do Amaral (1956), Governador do Estado (1964), IAB de Urbanismo (1965 e 67), IAB para Ensaio (1965 e 67), Ordem do Mérito de Brasília (1985) e Pensador de Cidades Luiz Antonio Pompéia (2010).
Na década de 1950, recém-formado arquiteto pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, enfrentou o desafio de projetar uma nova cidade para 15 mil pessoas no Mato Grosso, com a finalidade de desenvolver a região. A cidade Angélica é hoje considerada modelo de planejamento urbano.
Formulador no Brasil do chamado “planejamento estratégico” - conceito criado pelos teóricos Manuel Castells e Jordi Borja - uma de suas contribuições pioneiras foi a criação dos Planos Diretores. Foi responsável por mais de 20 planos urbanísticos, destacando-se os de Curitiba, Goiânia, Natal, São Paulo, Campinas e São José dos Campos, entre outros.
Na esfera pública, organizou a Secretaria do Meio Ambiente do estado de São Paulo (a primeira do Brasil) e, durante sua gestão, estruturou o órgão que compreendeu a CETESB, a Fundação Florestal, três institutos de pesquisa (Florestal, Botânico e Geológico) e a Polícia Florestal. Foi também responsável pela implantação do programa PróAlcool.
No campo político, foi secretário de Economia e Planejamento do estado de São Paulo (1975-1979, na gestão de Paulo Egydio), e duas vezes secretário de Planejamento da capital paulista (nas gestões Mário Covas e Marta Suplicy).
Suas principais marcas no governo de São Paulo foram a criação do Procon, da Fundação Seade, da EMTU, e do “Passe do Trabalhador”, hoje conhecido como Vale Transporte. Foi também presidente da Emplasa, Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo, onde elaborou o primeiro Plano Metropolitano da cidade.
Como secretário de Planejamento de São Paulo, criou o pioneiro Passe do Idoso, o Cadastro Cultural das Referências Urbanas, o Conselho de Política Urbana, o Fundurb, o Plano Diretor Estratégico e os 31 planos estratégicos das subprefeituras de São Paulo.
Conteúdo da revista Carta Capital
Do Blog:  a ministra da Cultura, Marta Suplicy publicou nota de pesar em sua página no Facebook.
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SINTOMAS DE PERSEGUIÇÃO POLÍTICA

Tem sintomas de perseguição política a condenação que ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins recebeu do Ministério Público Eleitoral. Segundo o MPE, Luizianne Lins, então prefeita da capital cearense em 2012, teria praticado abuso de poder.
Segundo a sentença, a ex-prefeita teria usado o cargo "para desequilibrar a disputa eleitoral em prol do Elmano de Freitas e Antônio Mourão", candidato e vice, respectivamente, na chapa encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores. A decisão do MPE torna Luizianne Lins inelegível por 8 anos. Luizianne vai recorrer da decisão.
A decisão do MPE, causa estranheza; veio uma semana depois de circular na imprensa cearense que Luizianne Lins, a estrela maior do PT no Ceará, poderia disputar o governo do estado a pedido do ex-presidente Lula, caso o PROS do governador Cid Gomes e o PMDB do senador Eunício Oliveira não cheguem a um nome de consenso eleitoral.
A ex-prefeita é desafeto político da oligarquia Ferreira Gomes que domina o Ceará há algum tempo. Com desafetos políticos ou ex-aliados, os Ferreira Gomes costumam agir sorrateiramente, principalmente quando tem seus interesses contrariados.  
Lembrei da frase que é atribuída ao ex-governador do Ceará, Virgílio Távora: “ Amigo meu não tem defeito. Inimigo se não tiver, eu coloco”. Outra frase que pode ilustrar bem esse caso, é atribuída – há controvérsia – ao ex-presidente da República, Getúlio Vargas: “Aos amigos tudo. Aos inimigos, a lei”.
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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ÓDIO E VIOLÊNCIA

Um vídeo gravado em audiência pública com produtores rurais, em Vicente Dutra (RS), registra discursos de deputados da bancada ruralista estimulando que agricultores usem de segurança armada para expulsar indígenas do que consideram ser suas terras.
“Nós, os parlamentares, não vamos incitar a guerra, mas lhes digo: se fartem de guerreiros e não deixem um vigarista desses dar um passo na sua propriedade. Nenhum! Nenhum! Usem todo o tipo de rede. Todo mundo tem telefone. Liguem um para o outro imediatamente. Reúnam verdadeiras multidões e expulsem do jeito que for necessário”, diz o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS). “A própria baderna, a desordem, a guerra é melhor do que a injustiça”, defende.
Ele afirma que o movimento pela demarcação de terras indígenas seria uma “vigarice orquestrada” pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Moreira diz também que tal movimento seria patrocinado pelo Ministério Público Federal, o qual, segundo ele, defenderia a “injustiça”.
No vídeo, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Luís Carlos Heinze (PP-RS), diz que índios, quilombolas, gays e lésbicas são “tudo que não presta”.
“Quando o governo diz: ‘nós queremos crescimento, desenvolvimento. Tem de ter fumo, tem de ter soja, tem de ter boi, tem de ter leite, tem de ter tudo, produção’. Ok! Financiamento. Estão cumprimentando os produtores: R$ 150 bilhões de financiamento. Agora, eu quero dizer para vocês: o mesmo governo, seu Gilberto Carvalho, também é ministro da presidenta Dilma. É ali que estão aninhados quilombolas, índios, gays, lésbicas. Tudo o que não presta ali está aninhado”, discursa Heinze.
Ele também sugere a ação armada dos agricultores. “O que estão fazendo os produtores do Pará? No Pará, eles contrataram segurança privada. Ninguém invade no Pará, porque a brigada militar não lhes dá guarida lá e eles têm de fazer a defesa das suas propriedades”, diz o parlamentar. “Por isso, pessoal, só tem um jeito: se defendam. Façam a defesa como o Pará está fazendo. Façam a defesa como o Mato Grosso do Sul está fazendo. Os índios invadiram uma propriedade. Foram corridos da propriedade. Isso aconteceu lá”.
Promovida pelo também deputado ruralista Vilson Covatti (PP-RS), que pertence à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara, a audiência pública aconteceu em novembro do ano passado e seu tema foi o conflito dos produtores rurais com os indígenas do povo Kaingang, que vivem na Terra Indígena Rio dos Índios, de 715 hectares.
Em dezembro do ano passado, produtores rurais do Mato Grosso do Sul organizaram um leilão para arrecadar recursos para a contratação de seguranças privados para impedir a ocupação de comunidades indígenas. O evento recolheu mais de R$ 640 mil e foi apoiado pela bancada ruralista. Parlamentares como a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), estiveram presentes e defenderam a iniciativa.
Veja o vídeo.
Do Blog da Apib – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil
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TRUCULENTO E ARROGANTE

Atual secretário de Saúde do Ceará, ex-ministro Ciro Gomes (PROS), continua demonstrando que em seu currículo faz falta um curso de boas maneiras. A truculência, arrogância e ignorância  são suas fiéis companheiras. Talvez use até como um mantra.
Numa recente inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Fortaleza, Ciro usou o que tem melhor: arrogância e truculência. O secretário se irritou com um manifestante que estava gravando o evento.
Sem meias palavras, Ciro parte pra cima do manifestante que segurava a câmera, tentou empurrar com o braço e sem conseguir, esbravejou: “Vai circulando, vai circulando”. O jovem tenta argumentar: “Por que você está me agredindo?”, com dedo em riste, Ciro Gomes diz “Não estou te agredindo não”.
Em seguida, o manifestante é abordado por dois correligionários do secretário que tentam impedir as gravações, um deles faz ameaça: “Faz o protesto de vocês numa boa, senão a galera vai pra cima”.
Não é a primeira vez, nem será a última que Ciro Gomes, o Napoleão de Hospício (como diz o amigo Ricardo Soares – é a melhor definição que já ouvi para as grotescas verborrágicas desse perturbado político cearense) demonstrou seu desequilíbrio. Veja o vídeo.
Veja alguns vídeos que mostram o descontrolado Ciro Gomes: vídeo 1, vídeo 2, vídeo 3, vídeo 4, vídeo 5 e vídeo 6.
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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

MENTIRA TEM PERNAS CURTAS

Por Eduardo Bresciani, O Estado de S. Paulo
Brasília - Assessor do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) até dezembro passado, quando foi demitido, Wellington de Oliveira diz em entrevista exclusiva ao Estado que vai procurar a Polícia Federal para mudar seu depoimento sobre a autoria de um vídeo de apoio ao pastor Feliciano veiculado em março do ano passado com ataques contra outros parlamentares, como Jean Wyllys (PSOL-RJ).
Oliveira diz ter sido orientado pela equipe do pastor a mentir e negar a autoria do vídeo. Agora, contará ser o responsável pela produção e ter encaminhado a Feliciano o material antes da publicação na internet. A PF investiga o caso a pedido dos deputados atacados. "Vou procurar a Polícia Federal e desmentir a história do vídeo", diz o ex-assessor. "Ele (Feliciano) adorou, comprou a ideia e mandou realizar o vídeo, inclusive aprovou por e-mail, só não queria assumir como nosso."
O vídeo chama de "rituais macabros" manifestações feitas contra o pastor e afirma que Wyllys, opositor do deputado, tem "preconceito contra cristãos".
O material diz ainda que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, antes da presidência de Feliciano, havia sido comandada por simpatizantes de movimentos homossexuais e usa imagens de seminário sobre sexualidade na infância dizendo que ele estimularia a pedofilia.
O vídeo postado na internet traz também imagens dos deputados Érika Kokay (PT-DF) e Domingos Dutra (SDD-MA), também adversários de Feliciano.
Oliveira diz que a produção do vídeo fez parte de um projeto maior que não foi adiante, segundo o relato dele, porque o pastor não queria assumir a autoria das críticas e preferia vê-las disseminadas como "viral" na rede.
Feliciano figurou nas manchetes ao longo de 2013 ao assumir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Sua chegada ao cargo gerou protestos de movimentos da área que o acusam de "racista" e "homofóbico" por declarações publicadas nas redes sociais. Oliveira trabalhou ao lado dele por nove anos realizando a produção do programa de TV e a assessoria de imprensa na Câmara. Atuou também como pastor em Ribeirão Preto.
Fantasmas. Oliveira também confirma a existência de ao menos onze funcionários fantasmas no gabinete de Feliciano. As suspeitas foram reveladas em março do ano passado pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo Oliveira, pessoas ligadas às igrejas do pastor recebem da Câmara sem realizar qualquer trabalho relativo à atuação do parlamentar. O ex-assessor diz que o deputado usa dinheiro da Câmara para pagar salários a pastores e outros funcionários, além de dívidas relativas a serviços prestados antes do mandato. "Todos estes que listei fazem o trabalho para a igreja, para o escritório particular, nada para a política, para o mandato." 
Segundo Oliveira, do atual gabinete, Adilson Brito, André Oliveira, Rafael Octávio e Roseli Octávio atuam somente para as igrejas de Feliciano na região de Orlândia (SP), berço político do deputado pastor. Os salários deles vão até R$ 3,5 mil. Roseli Octávio é bispa na sede da Catedral do Avivamento, em Orlândia, enquanto seu filho, Rafael, atua na igreja em Franca (SP). Brito atua em Guará (SP) e André Oliveira, em São Joaquim da Barra (SP).
Oliveira cita ainda outros exemplos de pessoas que trabalham para Feliciano diretamente, sem ligação com a política. Wagner Guerra, que tem salário de R$ 8,6 mil, cuida das contas pessoais e da agenda do deputado, não tendo qualquer relação com o gabinete. Marina Octávio, mulher de Guerra e filha de Roseli, também está lotada no gabinete. O ex-assessor diz que faz as denúncias na busca de "moralizar" o meio religioso e por uma "crise de consciência" após ter convivido com os desvios.
Feliciano nega ter orientado o ex-assessor Wellington de Oliveira a produzir o vídeo com ataques a adversários e diz que só soube do material ao recebê-lo por e-mail. "Se ele está dizendo que foi ele, que assuma. Eu não sei quem fez, mas que ficou bom, ficou", disse.
Ele chamou de "falácia" a acusação de que funcionários do gabinete trabalham para as igrejas. "Essas pessoas trabalham para mim como deputado. O trabalho na igreja é voluntário." Chefe de gabinete, Talma Bauer chamou de "leviandade" as acusações de Oliveira. Adilson Brito disse que trabalha na "área política", mas não explicou que serviço realiza. Os outros funcionários citados não foram localizados ou não responderam às ligações.
Veja o vídeo.
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AMEAÇAS NA WEB

A família do humorista Fábio Porchat, do grupo Porta dos Fundos pediu ajuda ao Congresso Nacional, para investigar supostas ameaças que o humorista estaria recebendo na web após postar um vídeo onde ironiza policiais militares.
A esquete do grupo Porta dos Fundos “Dura”, que mostra dois policiais sendo humilhados por dois cidadãos comuns, as críticas partiram da página “Blog do Soldado”, página não oficial de apoio à Polícia Militar, se autodenomina “o blog defensor dos policiais militares”.
O pedido de ajuda foi feito pelo pai do humorista, o ex-deputado Fábio Porchat, que procurou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e relatou que em uma das ameaças, o humorista seria “metralhado” com um fuzil.
Temendo pela vida do filho que sofre ameaças apócrifas e anônimas nas redes sociais, disse o pai de Fábio Porchat. Em outro trecho das ameaças, sugere que “ Fábio leve umas porradas pela humilhação aos policiais militares”.
O senador Álvaro Dias disse que vai solicitar ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, medidas que preserve a vida e a integridade física de Fabio.  Segundo o senador, também enviará ofícios para a OAB e ao Google, onde o blog está hospedado.
Após a divulgação dessa notícia, o blog Sou Chocolate e Não Desisto fez uma busca para encontrar o endereço do "Blog do Soldado", a página foi removida. Com certeza, após grande repercussão na mídia, o autor tenha excluído a ou desativado a página.
Veja o vídeo “Dura”.
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