O ministro da Defesa Civil, Nelson Jobim que serviu a três governos consecutivos – FHC, Lula e Dilma – entregou sua carta de demissão a presidente Dilma Rousseff. Conhecido como ministro falastrão, ele acumulou frases polêmicas nesse período que ocupou a pasta. Mas a situação de Jobim se agravou nos últimos meses com declarações que desagradaram o Palácio do Planalto.
Em junho, no aniversário de 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Nelson Jobim disse: “Nelson Rodrigues dizia que, no seu tempo, os idiotas chegavam devagar e ficavam quietos. O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento".
E as frases do ex-ministro causando mal-estar entre os membros do governo não pararam: em recente entrevista afirmou que na eleição presidencial de 2010 não votou em Dilma Rousseff, mas em seu amigo tucano, o ex-governador de São Paulo José Serra.
Mas o estopim para a demissão do chefe da Defesa Civil foi as declarações a revista Piauí que chega às bancas nesta sexta-feira (5). Ele disse que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti é fraquinha e que, a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann nem sequer conhece Brasília.
Ele estava em Manaus e num telefonema da presidente Dilma, Jobim voltou para Brasília e num curto espaço de tempo, aproximadamente seis minutos em reunião com a presidente, entregou-lhe a carta de demissão, evitando assim, ser demitido pela chefe do governo federal. Para substituir Nelson Jobim, o escolhido foi o ex-chanceler do governo Lula, Celso Amorin.
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