A peça publicitária divulgada no último domingo (2), nas
redes sociais para o Dia Internacional das Prostitutas com a frase “Eu sou feliz
sendo prostituta”, foi tirada do ar a pedido do ministro da Saúde, Alexandre
Padilha. Em seguida, o ministro determinou a demissão do diretor do
departamento responsável pela peça, Dirceu Greco.
A campanha foi criada pelo Departamento de DSTs, Aids e
Hepatites Virais do ministério, chefiado por Greco, em uma oficina com as
profissionais do sexo, em março deste ano. A pasta justificou que o
departamento veiculou a campanha sem a aprovação da Comunicação Social do
ministério e que o texto não atendia o foco da campanha, que era a saúde dessas
profissionais.
Na última terça-feira (4), o panfleto da campanha com a
frase “Eu sou feliz sendo prostituta” virou alvo dos deputados da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias da Câmara, por iniciativa do presidente, o pastor
deputado Marcos Feliciano (PSC-SP) viu a oportunidade de azucrinar o ministério
da Saúde, quer esclarecimentos sobre a peça publicitária.
Autor do projeto de lei para curar os homossexuais, o deputado evangélico João Campos (PSDB-GO)
fez duras críticas e acusou a presidente Dilma de não cumprir compromissos
assumidos na campanha eleitoral e fez uma comparação a situação com uma hipotética
campanha sobre a pedofilia.
— Eu estou imaginando aqui os títulos das próximas
campanhas: "sou adúltero e sou feliz", "sou incestuoso,
sigam-me", "sou polígamos, me acompanhem", "sou pedófilo,
observem-me, sou feliz, estou realizado" — afirmou Campos.
Outro parlamentar evangélico que engrossou o coro foi Marcos
Rogério (PDT-RO), classificando a campanha de apologia: “Ainda que a prática da prostituição não seja
crime, o que o governo faz através de uma campanha midiática, publicitária é
uma apologia ao crime, apologia à prostituição”.
Mas a demissão de Dirceu Greco da campanha por Padilha gerou protestos nos profissionais da área; por enquanto dois diretores adjuntos do Departamento de DST e Aids pediram demissão. Segundo Greco, há pressão religiosa na saúde e sua demissão foi motiva porque a política desenvolvida em sua gestão não “coadunava com a política conservadora do atual governo”.
Mas a demissão de Dirceu Greco da campanha por Padilha gerou protestos nos profissionais da área; por enquanto dois diretores adjuntos do Departamento de DST e Aids pediram demissão. Segundo Greco, há pressão religiosa na saúde e sua demissão foi motiva porque a política desenvolvida em sua gestão não “coadunava com a política conservadora do atual governo”.
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