Por Marcelo Freixo, deputado estadual – PSOL – RJ, via
Facebook
A Justiça Federal poderia ter dado uma grande contribuição
na luta por cidadania, respeito e diversidade religiosa. Não o fez. Em vez
disso, expôs nossa herança escravocrata e preconceituosa ao negar que os cultos
afrobrasileiros sejam religiões. A decisão fortalece a violência, a perseguição
e a intolerância.
O Candomblé e a Umbanda são religiões, e muito mais do que
isso. Nossa história passa pelos terreiros, pela riqueza de suas narrativas
coloridas e musicais, por seus batuques, pela luta contra o racismo e pela
resistência de milhões de africanos e de seus filhos e filhas de santo.
Há pouco tempo, a polícia invadia estes espaço sagrados,
destruía, agredia e prendia seus adeptos, mas o povo de santo resistiu. Hoje,
nos deparamos com uma sentença judicial que dá fôlego a discursos de ódio e ao
fundamentalismo religioso. Mas o povo de santo resistirá, porque a história dos
terreiros é a história da resistência.
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