Artigo de Joaquim Cunha
A vida é muito simples. Nem sempre acontece o que
gostaríamos, mas temos que admitir que ela sempre é perfeita no que tem que
ser. não teria nem graça se assim não o fosse. Enganam-se os que imaginam que o
que achamos que somos coincide com o que os outros acham que somos. Por isto
mesmo devemos ser verdadeiramente o que somos e que nenhuma eventual conquista
ou perda, em qualquer que seja a situação, possam nos conduzir ao sentimento de
grandeza ou pequenez, mesmo porque os motivos e as circunstancia que nos
conduzem a uma ou outra situação, nem sempre nos afirmarão como tal.
Temos motivações para comemorarmos a Proclamação da
República? será que todos tem consciência desta data e do seu real significado?
vivemos realmente numa República? Tão degradada como nunca antes neste País!
A liberdade, por exemplo, é um estado de espírito antes de
qualquer outra coisa. Alguém pode se sentir livre quando se encontra preso a
tantas demandas da vida, que ás vezes o torna tão prisioneiro quanto ou pior,
que internos de verdadeiras masmorras espalhadas por aì?
Me parece que a nossa maior liberdade é a de consciência,
por que ainda que estejamos literalmente presos, estaremos sempre livres!
Experimentemos fazer um filme da nossa vida com todos os
seus acontecimentos. Você o assistiria com tranquilidade? faria algumas
ressalvas em seu conteúdo? seria capaz de exibí-lo publicamente sem qualquer
constrangimento?
Pois é, este filme é você! o assista, reflita e verifica se
o que acha que és, verdadeiramente o é.
Tivemos recentemente um pleito eleitoral onde numericamente
houve vencedor e vencido. Mas aqui pra nós, você voltaria da Austrália ou
ficaria por lá? as circunstancias apontam ética e moralmente outros vencedores:
A decência, a verdade, a coerência, a sinceridade e a esperança de mudança
desejada por 81% dos brasileiros, motivações pelas quais o Povo continua nas
ruas e com certeza abraçando e aplaudindo quem as representou.
Como vês, este conceito de vencidos e vencedores é muito
relativo!
Precisamos sempre vencermos a nós mesmos, o que é uma grande
tarefa!
Se conseguirmos, com certeza estaremos cumprindo o nosso
papel enquanto gente e adquirindo respeito, afeto, aplauso, mesmo porque são
merecedores destes sentimentos, somente os que inspiram admiração.
A esperança deve nos manter sempre fortes e dispostos a
lutar, não contra a ninguém, mas a favor da paz, da compreensão, do bem comum,
da solidariedade e do amor e respeito ao próximo.
Cuidemos da nossa alma e procuremos contribuir para que
outros também o façam, pois somente assim poderemos construir uma nova ordem
social, moral e ética.
Que Deus nos fortaleça!
Um abraço, Joaquim Cunha.
Joaquim Cunha, ex-prefeito de Gavião (BA) – Foi Presidente
da Associação de Prefeitos da Região nordeste e Vice-Presidente da União dos
Municípios da Bahia (UPB).
Nenhum comentário:
Postar um comentário