Todos os pedidos atingem ainda os vice-governadores eleitos.
Em Minas Gerais, o procurador regional eleitoral Patrick
Salgado acusa a campanha encabeçada por Pimentel de ter sido "ilicitamente
impulsionada por inaceitável abuso de poder econômico". Salgado baseou-se
em decisão do próprio Tribunal Regional Eleitoral do Estado, que reprovou as
contas de Pimentel e seu vice, Antônio Andrade (PMDB), por considerar que os
gastos com a campanha extrapolaram R$ 10,1 milhões o limite de despesas de R$
42 milhões previsto inicialmente.
Na ação dos promotores cearenses, Camilo Santana (PT) é
acusado de utilizar irregularmente recursos públicos do Fundo de Combate à
Pobreza para a construção de banheiros quando era secretário no segundo governo
de Cid Gomes (PROS). O procurador Rômulo Conrado questiona também recursos de
convênios estaduais repassados a municípios.
No Pará, o governador reeleito Simão Jatene (PSDB) e seu
vice, Zequinha Marinho (PSC), têm três pedidos de cassação de mandato. Eles
respondem por gastos excessivos com a Secretaria de Comunicação da atual
gestão, por demissões no Hospital Ophir Loyola em período vedado por lei e por
irregularidades no Cheque Moradia. A ação da Procuradoria Regional Eleitoral
afirma que os candidatos exerceram influência nas eleições com entrega do
benefício em troca de votos.
O Ministério Público Eleitoral do Piauí entrou com 10 ações,
dentre elas a que pede a cassação do mandato do governador eleito, Wellington
Dias (PT), e da vice, Margarete Coelho (PP). De acordo com o procurador
regional eleitoral Kelston Lages, a ação descreve abuso de poder econômico e
compra de votos. Em setembro deste ano, Polícia Rodoviária Federal em
Barreiras, na Bahia, apreendeu R$ 180 mil em espécie sob os cuidados de um dos
assessores de Dias.
Na Paraíba, o governador reeleito Ricardo Coutinho (PSB) foi
notificado por nove ações de investigação judicial eleitoral na Justiça
Eleitoral. Em uma delas, o procurador Rodolfo Alves, que também pediu a
cassação da vice Lígia Feliciano (PDT), propõe que a servidora Francisca de
Lucena Henriques teria "conclamado prestadores de serviços a apoiarem a
reeleição para garantir manutenção de empregos", além de citar
irregularidades em distribuição de kit escolar no Estado.
No Amapá , uma das ações movidas pela Procuradoria Regional
Eleitoral contra o governador eleito Waldez Góes (PDT) é por uso indevido dos
meios de comunicação durante a campanha eleitoral. O grupo Beija-Flor de rádio
e televisão, pertencente à família do ex-senador Gilvan Borges (PMDB), teria
direcionado, segundo o texto, a programação de suas 16 emissoras de rádio e
duas de televisão a favor do candidato com manifestações explícitas de apoio.
As ações de investigação judicial eleitoral podem resultar
na cassação do registro ou diploma e na inelegibilidade dos candidatos eleitos.
(Colaboraram Janaína Araújo, Luciano Coelho, Marcelo Portela). Via A Tarde, com informações
são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário