Na boca de quase todo bom esquerdista, quem se opõe aos seus
projetos de perpetuação de poder é qualificado "gentilmente" como
fascista ou nazista. É bem verdade que desconhecem o significado dos conceitos
em pauta, mas tenho prazer de explicá-los de maneira sucinta:
Nazismo e Fascismo foram regimes totalitários implantados
por Adolf Hitler e Benito Mussolini na Alemanha e Itália entre as décadas de 20
e 30 do século passado. Ambos tinham como características centrais a censura à
imprensa, perseguição aos opositores, forte sentimento nacionalista, uso dos
aparelhos de Estado para exaltar líderes, a economia era fortemente controlada
pelo Poder Executivo, valorizaram o militarismo, o espírito coletivista, etc.
Já eu defendo exatamente o contrário: ampla liberdade de
imprensa, de expressão e de opinião, meu sentimento nacionalista não me faz ter
um amor irracional à pátria ao ponto de odiar outros povos ou ignorar os erros
cometidos por nossos compatriotas, sou contra o uso do Estado para fins de
auto-promoção e minha linha ideológica é exacerbadamente antipopulista, defendo
a separação dos poderes e sou contra o alistamento militar obrigatório, pois
viola o direito do indivíduo de escolher se quer ou não pegar em armas.
Também sou defensor da autonomia do indivíduo em tomar
decisões sobre sua vida. Considero inaceitável qualquer tentativa do Estado em
interferir na livre-escolha, quando estas não ferem ao próximo e à sociedade.
Na área econômica, acredito no livre-mercado e sou favorável à desestatização.
Resumindo: O pensamento de Direita que me compactuo é o do
Estado Mínimo, porém eficiente. Ao ser qualificado como "fascista" e
"nazista" há um paradoxo conceitual, já que fascismo e nazismo
praticaram exatamente o contrário, o Estado Máximo. Portanto, é necessário uma
dose de coerência nas adjetivações.
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