quarta-feira, 4 de março de 2015

POR QUE NÃO SOMOS NAZISTAS OU FACISTAS

Por Caio Rocha, professor de História, via Facebook
Na boca de quase todo bom esquerdista, quem se opõe aos seus projetos de perpetuação de poder é qualificado "gentilmente" como fascista ou nazista. É bem verdade que desconhecem o significado dos conceitos em pauta, mas tenho prazer de explicá-los de maneira sucinta:
Nazismo e Fascismo foram regimes totalitários implantados por Adolf Hitler e Benito Mussolini na Alemanha e Itália entre as décadas de 20 e 30 do século passado. Ambos tinham como características centrais a censura à imprensa, perseguição aos opositores, forte sentimento nacionalista, uso dos aparelhos de Estado para exaltar líderes, a economia era fortemente controlada pelo Poder Executivo, valorizaram o militarismo, o espírito coletivista, etc.
Já eu defendo exatamente o contrário: ampla liberdade de imprensa, de expressão e de opinião, meu sentimento nacionalista não me faz ter um amor irracional à pátria ao ponto de odiar outros povos ou ignorar os erros cometidos por nossos compatriotas, sou contra o uso do Estado para fins de auto-promoção e minha linha ideológica é exacerbadamente antipopulista, defendo a separação dos poderes e sou contra o alistamento militar obrigatório, pois viola o direito do indivíduo de escolher se quer ou não pegar em armas.
Também sou defensor da autonomia do indivíduo em tomar decisões sobre sua vida. Considero inaceitável qualquer tentativa do Estado em interferir na livre-escolha, quando estas não ferem ao próximo e à sociedade. Na área econômica, acredito no livre-mercado e sou favorável à desestatização.
Resumindo: O pensamento de Direita que me compactuo é o do Estado Mínimo, porém eficiente. Ao ser qualificado como "fascista" e "nazista" há um paradoxo conceitual, já que fascismo e nazismo praticaram exatamente o contrário, o Estado Máximo. Portanto, é necessário uma dose de coerência nas adjetivações.
Bookmark and Share

Nenhum comentário:

Postar um comentário