sexta-feira, 10 de julho de 2015

CONVERSANDO COM MÃE DILMA

Olá mãe Dilma!
Spassíba, kharachó. A u tibiá? Ave eu pensava que a senhora também falava russo. Eu estou dizendo: vou bem, obrigado. E a senhora? Cadê seu tradutor? Falando em tradutor a senhora tem escutado o que povo anda falando do seu governo? Eu mesmo que não digo. Eu não. Mamãe disse que tem coisas que a gente não fala para uma mulher.
Os aposentados estão trocando os nomes dos seus bichinhos de estimação pelos dos senadores que autorizaram o reajuste das suas aposentadorias pelo salário mínimo. Cá pra nós, a vovó Dilma Jane o padrinho estavam criticando a senhora. Isso. Não traga mais a Vodka dele. Deixe-o na pinga mesmo.
Nada disso, a senhora não vai cair, não vai cair, não vai. Amarre-se ao poste, no pé da mesa, mas não caia. E por favor, acalme-se. Apegue-se com Santo Expedito, chame São Jorge, chame o pessoal das bolsas, do minha vida sem casa, do cartão minha vida melhor... Chame o povo que a senhora ajudou. É mesmo mãe, nessas horas todo mundo some. Menos este seu filho.
Sim, acalme-se eu vou ligar para o presidente da Grécia e me informar como ele conseguiu dar um cano no mercado. A senhora deveria ter guardado algumas mentiras para essas horas difíceis. Mãe o dólar está disparando, o Congresso está se mexendo, os tucanos estão armando uma fogueira e o povo brasileiro dizendo que vai abanar. Tadinha da minha mãe.
De uma coisa a senhora tenha certeza. Se restar neste país uma pessoa fiel à senhora bondosa, esse cara sou eu. Ficarei do seu lado até que todas as luzes se apaguem e que todas as portas se fechem. Mãe reaja! Saia desse poço e reze o credo nas costas do Edu Cunha. A senhora balança, escorrega na lama, mas não cai.
Quando terminar de falar com o Putin, ligue-me, pois estou com saudade da minha magrela do coração valente. Grande abraço mãe Dilma.
Charge do Sinfrônio
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