Eduardo Cunha disse a Michel Temer na segunda-feira o que
este blog antecipou aqui no domingo:
– Segundo a Folha: “que iria esperar o comportamento dos
três deputados petistas no Conselho de Ética para só então decidir o que fará
com os pedidos de impeachment”.
– Segundo o Valor: “que despachará o requerimento de
impeachment de Dilma conforme os votos do PT no Conselho de Ética”.
Ou seja: só a desmoralização do Conselho salva o mandato de
Dilma Rousseff.
A Folha acrescenta que “o chefe da Câmara só deve mexer no
vespeiro do impeachment nos dias seguintes. Não quer parecer revanchista. Mas
já contabilizava os três votos do PT no Conselho de Ética como contrários a
ele.”
Os votos são os dos petistas Léo de Brito, Valmir
Prascidelli e Zé Geraldo (foto), que participam da reunião do Conselho nesta
terça-feira para analisar a continuidade do processo de cassação.
Trio Conselho
A solução para Cunha não parecer revanchista é receber o
apoio dos três e, mesmo assim, acatar o pedido de impeachment.
Seria um belíssimo nó tático no PT. O problema – só para
ele, claro – é que depois os petistas certamente seriam revanchistas na hora de
cassá-lo de fato.
O Palácio do Planalto pediu a deputados do partido que
convençam os três mosqueteiros da ética “a não entrarem em conflito direto com
Cunha”.
Para isso, relembro, eles terão de assumir o desgaste de
apoiar o presidente da Câmara em uma votação aberta e transmitida ao vivo pelas
emissoras de TV.
Obedientemente, Zé Geraldo disse à Folha que o PT pode
salvar Cunha “em nome da governabilidade”:
“Vamos analisar todo o cenário, sabemos tudo o que está em
jogo e, naturalmente, sabemos que somos da bancada do governo”.
Léo de Brito, por sua vez, ainda diz que pretende manter a
posição de votar pela continuidade do processo, seguindo o relatório de Fausto
Pinato (PRB-SP).
Na hora do aperto, no entanto, a gente sabe que o PT “faz o
diabo” (Dilma) ou “qualquer coisa” (Lula) para se manter no governo.
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