O julgamento do governador Camilo Santana (PT) e de seu
antecessor Cid Gomes (PDT) só acontecerá na segunda-feira (15) às 17h. Mas o
provável resultado já levanta polêmica. A razão é que um dos acusados de crime
eleitoral, Cid, está fazendo pressão junto aos juízes do Tribunal Regional
Eleitoral(TRE) para assegurar a improcedência do pedido de cassação de Camilo
feito pelo Ministério Público Federal, através do procurador Marcelo Monte.
Na sexta-feira (12), Cid tentou conversar com a relatora do
processo de cassação de Camilo e dele mesmo, a desembargadora Naílde Pinheiro.
Queria um encontro reservado. Seu desejo foi inútil. E não foi atendido.
Independente, ética e comprometida com uma Justiça séria, a
desembargadora Naílde Pinheiro só o teria recebido em seu próprio gabinete no
Tribunal de Justiça (TJ) do Ceará numa reunião ocorrida ontem à tarde.
Poderoso, e ciente que controla os destinos políticos do Estado, o
ex-governador do Ceará foi demonstrar a sua preocupação com a ação apresentada
pelo procurador Marcelo Monte.
O processo tem um parecer com um relatório com 80 páginas.
Lá, as provas dos convênios firmados na gestão de Cid para favorecer a eleição
de Camilo comprovariam segundo o Ministério Público Eleitoral, o uso da máquina
pública para favorecer o então candidato do governador.
A relatora, desembargadora Naílde Pinheiro ouviu atentamente
todas as justificativas apresentadas pelo acusado Cid Gomes, que não estava
acompanhado de seu advogado no processo, André Costa. Estava sozinho. A
relatora não disse nada. Se manisfestará apenas nos autos, como manda o bom
direito.
TRE
A investigação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pode
resultar na cassação dos mandatos de Camilo Santana e da vice, Izolda Cela
(PDT), além de decretar a inelegibilidade dos dois e de Cid Gomes.
Do Ceará News 7
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