O jornalista Breno Altman, que nesta sexta-feira (1º) foi
conduzido sob vara para depor na Polícia Federal, na 27ª fase da Operação Lava
Jato, é uma das figuras mais influentes no PT e no governo federal. Ele é
suspeito de envolvimento no repasse de R$6 milhões para o empresário Ronan
Maria Pinto, do jornal Diário do Grande ABC, supostamente para impedir a
publicação de denúncia do evolvimento de próceres do PT no assassinato do
ex-prefeito petista de Santo André (SP) Celso Daniel.
Muito ligado a José Dirceu, Altman fez questão de acompanhar
o ex-ministro até a superintendência da PF em São Paulo, em 2013, quando ele se
apresentou para cumprir pena de prisão em regime fechado, determinada pelo
então presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa.
O doleiro Alberto Yousseff revelou envolvimento de Breno
Altman em repasses suspeitos de dinheiro. Em depoimento na CPI da Petrobras, a
contadura Meire Poza, ligada a Youssef, contou que por três meses foi à casa de
Altman pegar dinheiro em espécie para repassá-la a Enivaldo Quadrado, sócio da
corretora Bônus Banval, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por
lavagem de dinheiro. Foram três parcelas no valor de R$ 15 mil.
Meire admitiu também ter guardado um contrato – apreendido pela Polícia Federal em seu
escritório – de um "empréstimo" de R$ 6 milhões entre a 2 S
Participações Ltda, empresa de Marcos Valério, e a Expresso Nova Santo André,
de Ronan Maria Pinto, mas disse desconhecer sua utilização por Quadrado.
Breno Altman é diretor do site Opera Mundi e da revista
Samuel, ligados ao PT, ao qual é filiado ao PT e compõe o diretório do partido
em São Paulo. É "amigo pessoal" de Lula e Dirceu.
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