sexta-feira, 1 de abril de 2016

OPERAÇÃO CARBONO 14

O jornalista Breno Altman, que nesta sexta-feira (1º) foi conduzido sob vara para depor na Polícia Federal, na 27ª fase da Operação Lava Jato, é uma das figuras mais influentes no PT e no governo federal. Ele é suspeito de envolvimento no repasse de R$6 milhões para o empresário Ronan Maria Pinto, do jornal Diário do Grande ABC, supostamente para impedir a publicação de denúncia do evolvimento de próceres do PT no assassinato do ex-prefeito petista de Santo André (SP) Celso Daniel.
Muito ligado a José Dirceu, Altman fez questão de acompanhar o ex-ministro até a superintendência da PF em São Paulo, em 2013, quando ele se apresentou para cumprir pena de prisão em regime fechado, determinada pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa.
O doleiro Alberto Yousseff revelou envolvimento de Breno Altman em repasses suspeitos de dinheiro. Em depoimento na CPI da Petrobras, a contadura Meire Poza, ligada a Youssef, contou que por três meses foi à casa de Altman pegar dinheiro em espécie para repassá-la a Enivaldo Quadrado, sócio da corretora Bônus Banval, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro. Foram três parcelas no valor de R$ 15 mil.
Meire admitiu também ter guardado um contrato  – apreendido pela Polícia Federal em seu escritório – de um "empréstimo" de R$ 6 milhões entre a 2 S Participações Ltda, empresa de Marcos Valério, e a Expresso Nova Santo André, de Ronan Maria Pinto, mas disse desconhecer sua utilização por Quadrado.
Breno Altman é diretor do site Opera Mundi e da revista Samuel, ligados ao PT, ao qual é filiado ao PT e compõe o diretório do partido em São Paulo. É "amigo pessoal" de Lula e Dirceu.
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