Vice-governador do ex-presidente Tancredo Neves e seu
sucessor à frente do governo de Minas Gerais quando o mineiro lançou-se
candidato por eleição indireta na sucessão do general João Batista de
Figueiredo, último presidente da ditadura militar, o ex-governador Hélio
Garcia, 85, morreu por volta de 8h desta segunda-feira (6), no Hospital da
Unimed, em Belo Horizonte. O velório do ex-governador será realizado no
cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte, a partir de 14h. A cerimônia de
cremação do corpo está prevista para 17h.
Os últimos anos de vida do ex-governador foram de reclusão.
Com problemas de saúde, Garcia não saía de casa. Há alguns anos, o
ex-governador foi diagnosticado com mal de Alzheimer e teve problemas
circulatórios, osteoporose e insuficiência coronária. Usava marcapasso em
decorrência de uma arritmia.
Garcia havia sido internado na semana passada para
tratamento de uma embolia pulmonar e estava com a saúde fragilizada. Ele deu
entrada no Hospital da Unimed no dia 28 de maio e seu quadro se agravou.
Garcia começou a vida política em 1963 como deputado
estadual. Foi ainda prefeito de Belo Horizonte em 1983. Antes de se aposentar,
era filiado ao PTB. Foi também da UDN, Arena, PP e PMDB.
Ele foi governador de Minas Gerais entre 1984 e 1987 (quando
substituiu Tancredo Neves), e entre 1991 e 1995, em eleição direta. Garcia foi
um dos principais articuladores de um acordo político em Minas Gerais que
garantiu a repetição no Estado das negociações que viabilizaram a formação da
Aliança Democrática, coligação do PMDB com a Frente Liberal para o lançamento
da candidatura indireta de Tancredo Neves à Presidência em 1984.
Pouco afeito a holofotes, o ex-governador deixou para o
folclore político uma coleção de frases de efeito. "Política deve ser
feita à noite, de chapéu e sobretudo, dentro de um táxi em movimento" era
uma delas.
Via UOL, com Conteúdo Estadão
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