segunda-feira, 27 de junho de 2016

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Nota de esclarecimento de Marina Silva
O artigo “A doação indireta da OAS para Marina Silva”, publicado no blog Política com Ciência do site da Veja na quinta-feira, 23 de junho, traz informações equivocadas sobre a campanha de 2010. Pelo teor do texto publicado, o autor tomou como base a manchete da Folha de S.Paulo de 14 de junho, também equivocada, que afirmou que em 2010 Marina não queria ter sua campanha vinculada a empreiteiras e por isso teria recusado doação da OAS.
Na prestação de contas feita ao TSE, a candidatura recebeu doação de empreiteiras, como Camargo Correia, Andrade Gutierrez, Promon S/A e Construcap, no valor total de R$ 3.150 milhões. Não havia motivos, à época, para que apenas a OAS não aparecesse na contabilidade da campanha, que assumiu compromisso público de não aceitar doações de indústrias do tabaco e de armamentos, além de receber apenas contribuições financeiras que seguissem todos os trâmites legais. Leia a nota que Marina enviou e foi publicada pela Folha.
Outra informação equivocada no artigo é sobre a campanha ter recebido doação indireta da OAS por meio do Comitê Financeiro do PV-RJ. Esta ilação foi feita a partir da notícia veiculada nos jornais de que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro faria acordo de delação premiada e que nele constaria que a empresa teria feito doações ilegais para a campanha de 2010. Afirmamos que esta é uma informação mentirosa. Segundo o que teria dito Léo Pinheiro, ele teria firmado esse acordo em reunião com Guilherme Leal, vice na chapa em 2010, e com o então deputado Alfredo Sirkis, do PV do Rio de Janeiro. A reunião, segundo relatos de Sirkis e de Leal, ocorreu por iniciativa de Léo Pinheiro, que disse ter interesse em conhecer a posição da candidatura sobre a economia brasileira e questões ambientais.
Para constar, a OAS realmente fez duas doações no valor de R$ 200 mil ao Comitê Financeiro Único Eleitoral do Rio de Janeiro, o que foi formalmente registrado nas prestações de contas, que foram analisadas e aprovadas pelo TSE. Essas doações, segundo Alfredo Sirkis, serviram para apoiar a campanha no Estado do Rio de Janeiro, as de governador, deputados federais e estaduais. No entanto, nos gastos declarados pelo Comitê Financeiro do Rio não há nenhum repasse para o PV Nacional ou para a campanha de Marina Silva. Não houve, portanto, repasse indireto de verbas da OAS.
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