Nota de esclarecimento de Marina Silva
O artigo “A doação indireta da OAS para Marina Silva”,
publicado no blog Política com Ciência do site da Veja na quinta-feira, 23 de
junho, traz informações equivocadas sobre a campanha de 2010. Pelo teor do
texto publicado, o autor tomou como base a manchete da Folha de S.Paulo de 14
de junho, também equivocada, que afirmou que em 2010 Marina não queria ter sua
campanha vinculada a empreiteiras e por isso teria recusado doação da OAS.
Na prestação de contas feita ao TSE, a candidatura recebeu
doação de empreiteiras, como Camargo Correia, Andrade Gutierrez, Promon S/A e
Construcap, no valor total de R$ 3.150 milhões. Não havia motivos, à época,
para que apenas a OAS não aparecesse na contabilidade da campanha, que assumiu
compromisso público de não aceitar doações de indústrias do tabaco e de
armamentos, além de receber apenas contribuições financeiras que seguissem
todos os trâmites legais. Leia a nota que Marina enviou e foi publicada pela
Folha.
Outra informação equivocada no artigo é sobre a campanha ter
recebido doação indireta da OAS por meio do Comitê Financeiro do PV-RJ. Esta
ilação foi feita a partir da notícia veiculada nos jornais de que o
ex-presidente da OAS Léo Pinheiro faria acordo de delação premiada e que nele
constaria que a empresa teria feito doações ilegais para a campanha de 2010.
Afirmamos que esta é uma informação mentirosa. Segundo o que teria dito Léo
Pinheiro, ele teria firmado esse acordo em reunião com Guilherme Leal, vice na
chapa em 2010, e com o então deputado Alfredo Sirkis, do PV do Rio de Janeiro.
A reunião, segundo relatos de Sirkis e de Leal, ocorreu por iniciativa de Léo
Pinheiro, que disse ter interesse em conhecer a posição da candidatura sobre a
economia brasileira e questões ambientais.
Para constar, a OAS realmente fez duas doações no valor de
R$ 200 mil ao Comitê Financeiro Único Eleitoral do Rio de Janeiro, o que foi
formalmente registrado nas prestações de contas, que foram analisadas e
aprovadas pelo TSE. Essas doações, segundo Alfredo Sirkis, serviram para apoiar
a campanha no Estado do Rio de Janeiro, as de governador, deputados federais e
estaduais. No entanto, nos gastos declarados pelo Comitê Financeiro do Rio não
há nenhum repasse para o PV Nacional ou para a campanha de Marina Silva. Não
houve, portanto, repasse indireto de verbas da OAS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário