Da Folha de S.Paulo
O personagem tratado pelo codinome "santo" em planilhas da Odebrecht que listam pagamento de propina é o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), segundo a revista "Veja" que circula a partir deste sábado (26). A publicação diz ter confirmado essa informação com três fontes que participam do acordo de delação da Odebrecht, considerado o mais explosivo da Lava Jato.
O personagem tratado pelo codinome "santo" em planilhas da Odebrecht que listam pagamento de propina é o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), segundo a revista "Veja" que circula a partir deste sábado (26). A publicação diz ter confirmado essa informação com três fontes que participam do acordo de delação da Odebrecht, considerado o mais explosivo da Lava Jato.
A Folha revelou em março que o apelido "santo"
aparecia associado a uma obra do governo Alckmin de 2002, a duplicação da
rodovia Mogi-Dutra. Papéis apreendidos com o executivo da empreiteira Benedito
Barbosa da Silva Jr. traziam as seguintes anotações: "valor da obra =
68.730.000 (95% do preço DER)". Logo a seguir aparecia: "custos c/
santo = 3.436.500". A palavra "apóstolo", que havia sido escrita
originalmente na página, foi rasurada e trocada por "santo".
O codinome "santo" também é citado em e-mail de
2004, enviado por um executivo da Odebrecht que gerenciou a construção da linha
4 - Amarela do Metrô, chamado Marcio Pelegrino. Ele diz na mensagem que era
preciso fazer um repasse de R$ 500 mil para a campanha "com vistas a
nossos interesses locais". O executivo diz que o beneficiário do suposto
suborno era o "santo".
Nenhum dos delatores da Odebrecht contou ter discutido
repasse de propina diretamente com o governador, ainda segundo a revista.
A assessoria de Alckmin diz à Folha que a obra foi feita por
outra empreiteira, a Queiroz Galvão, e que os delatores isentam o governador.
Ainda segundo a nota, "apenas os tesoureiros das campanhas, todos
oficiais, foram autorizados pelo governador Geraldo Alckmin a arrecadar
fundos".
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